Prática Discursiva Ideológica no Filme Invictus e a Construção do Estado-nação na África do Sul
DOI:
https://doi.org/10.35956/v.24.n2.2024.p.84-98Palavras-chave:
Ideologias linguísticas. Invictus. Estado-nação. Discurso.Resumo
O estudo analisa a prática discursiva e ideológica das personagens do filme Invictus e a construção do Estado-nação na África do Sul. São analisados os fenômenos, linguísticos e extralinguísticos, de natureza sociocultural, identitária e ideológica. O quadro teórico é pós-colonial (Said, 1996), modernista (Fairclough, 2001, Irvine e Gal, 2000; 2019; Woolard, 2021; Heller; McElhinny, 2017 e Bourdieu, 2008). A pesquisa é qualitativa, de paradigma interpretativo (Mckinley, 2020). Durante a análise do corpus, foi usado o método filológico, a análise estilística, semiótica e hermenêutica. Discutido o corpus, o estudo mostra que o imaginário, as representações socioculturais e ideológicas envolvem a transformação da relação dum signo entre recursos linguísticos e as imagens sociais com as quais eles estão ligados. Por isso, se assume a prática discursiva de Madiba como ideológica, pois é um discurso investido ideologicamente, que incorpora significações que contribuem para reestruturar as relações de poder.
Referências
Agha, A. 2003. The social life of cultural value. Language & communication, v. 23 (3-4), p. 231-273.
Aguiar e Silva, V. M. de. 2007. Teoria da Literatura. 8ª Ed. Coimbra: Livraria Almedina.
Bardin, L. 1977. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bonnin, J.; Unamuno, V. 2021. Debating translanguaging: A contribution from the perspective of minority language speakers. Language, Culture and Society, n. 3(2), p. 231–254.
Bourdieu, P. 2008. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. 2ª. Ed. São Paulo: Editora da USP.
Bresser-Pereira, L. C. 2017. Estado, estado-nação e formas de intermediação política. Lua Nova, São Paulo, v. 100, p. 155-185. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/ 0102-155185/100
Carvalho, J. 2008. A Construção da Identidade de uma Nação por Meio da Língua Escrita e Falada. Revista Fórum Identidades, v. IV. UFS: Gepiadde.
Carvalho, J. 2018. A Construção da Identidade de uma Nação por Meio da Língua Escrita e Falada. Revista Fórum Identidades, v. IV. UFS: Gepiadde.
Da Cunha, L. L. 2012. Reflexões da era apartheid e pós-apartheid na comunicação contemporânea. (Trabalho de conclusão de curso não publicado). Curso de Comunicação Social. São Paulo: UAM.
Da Luz, N. 2013. Por dentro da África. Disponível em: https://www.pordentrodaafrica.com/cultura/ shosholoza-a-musica-sagrada-que-embala-as-torcidas sul africanas. Acesso em 8 de Agosto de 2022.
De Melo, R. M.; Albuquerque, A. 2016. “Invictus”: Uma lição sobre análise de contingências, p. 111-133. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/309549713. Acesso em 3 de Agosto de 2022.
Ducrot, O.; Todorov, T. 1982. Dicionário das Ciências de Linguagem. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Fabrício, B. F. 2006. Lingüística aplicada como espaço de “desaprendizagem”: descrições em curso: In:Moita Lopes, L. P. (Org.). Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, p. 45-65.
Fairclough, N. 2001. Discurso e mudança social. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2001.
Ferreira, L. O. 2013. Estado-Nação, poder e modernidade: revisitando conceitos. Medicinas indígenas e as políticas da tradição: entre discursos oficiais e vozes indígenas. Rio de Janeiro: Fiocruz, p. 29-48.
García, O.; Lin, A. M. Y. 2016. Translanguaging in bilingual education. In: García, O; A. M. Y.
Lin.Y; May, S. (Eds.). Bilingual and Multilingual Education – Encyclopedia of Language and Education. Switzerland: Springer, p. 117-130.
Gundane, L. 2019. O ideário naturalista do século XIX. Perspectiva teórica na representação em “Zambeziana- Cenas da Vida Colonial. Revista Internacional de Língua Portuguesa. N 36, Série IV, p. 20-37.
Gundane, L. 2022. As Intersecções Semântico-pragmáticas no Léxico: uma Análise das Escritas Fixas em Bancas e/ou Barracas na Cidade de Maxixe – Moçambique. In: Langa, C.; Timbane, A. (Eds.). Estudos linguísticos e literários sobre Moçambique. Itapiranga/SC: Schreiben, p. 118-134.
Gundane, L.; Chilundo, N. 2024. Ideologias e atitudes linguísticas para ensino do Gitonga na Escola Primária do 1.º e 2.º Graus de Marrambone– Moçambique. In: Severo, C. G.; Nhampoca,E. A. C.; Bernardo, E. P. J. (Org). Políticas linguísticas educacionais em contextos africanos. Belo Horizonte: Mazza edições, p. 66-93.
Guthrie, M. 1967-71. Comparative Bantu: An Introduction to the Comparative Linguistics and Prehistory of the Bantu Languages. Hants: Gregg International Publishers.
Helal, R.; Amaro, F. 2011. Construindo a Nação Arco Íris1: esporte e identidade nacional em Invictus. Lumina, v. 5, nº1, p. 1-14.
Heller, M.; Mcelhinny, B. 2017. Language, capitalism, colonialism: toward a critical history. University of Toronto Press.
Irvine, J.; Gal, S. 2000. Language ideology and linguistic differentiation. Kroskrity, P. V (ed.), Regimes of language: Ideologies, polities, and identities. School of American Research Press, p. 35-84.
Irvine, J.; Gal, S. 2019. Signs of difference: Language and Ideology in Social Life. Cambridge: Cambridge University Press.
Kristeva, J. 1998. História da Linguagem. Lisboa: Edições 70.
Macaringue, I. E. 2020. Alfredo. Políticas linguísticas e políticas educacionais: Prefiguração e performatização de identidades em Moçambique. Tese (Doutorado em Sociedade, Cultura e Fronteiras). UNIOESTE: Foz do Iguaçu.
Moita Lopes, L. P. 2013. Ideologia linguística: como construir discursivamente o português no século XXI. In: Moita Lopes, L. P. (Org.). Português no século XXI: ideologias linguísticas. Parábola, p. 18-52.
Moita Lopes, L. P. 2013. Ideologia linguística: como construir discursivamente o português no século XXI. In: Moita Lopes, L. P. (Org.). Português no século XXI: ideologias linguísticas. São Paulo: Parábola, p. 18-52.
Park, J. 2021. In Pursuit of English: Language and Subjectivity in Neoliberal South Korea. Oxford: Oxford University Press.
Said, E. 1996. Orientalismo. O oriente como invenção do ocidente. [Trad. Tomás Rosa Bueno]. São Paulo: Companhia de Letras.
Silva, D.; Lee, J. 2021. Marielle, Presente’: Metaleptic Temporality and the Enregisterment of Hope in Rio de Janeiro. In: Journal of Sociolinguistics, v. 25 (2), p. 179-97.
Silva, E. 2013. Tensões sociolinguísticas na comunidade portuguesa/lusófona de Toronto. In: Moita Lopes, L. P. (Org.). Português no século XXI: ideologias linguísticas. São Paulo: Parábola, p. 169-191.
Woolard, K. A. 2021. Language ideologies. In: Stanlaw, J. (Org.). The International encyclopedia of linguistic Anthropology.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Lucério Sarmento Gundane

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os/As autores/as conservam os direitos autorais e garantem a RALED o direito de ser a primeira publicação do trabalho licenciado por uma Creative Commons Attribution License que permite compartilhar o trabalho com reconhecimento de sua autoria e a publicação inicial nesta revista.