A dimensão discursiva do racismo no Brasil e práticas narrativas de resistência
DOI :
https://doi.org/10.35956/v.24.n2.2024.p.27-47Mots-clés :
Discurso., Análise de Narrativa., Relações Étnico-raciais., Racismo., Práticas de Resistência.Résumé
In the light of contemporary Black scholars, this paper discusses the concept of race as a construction sustained by everyday and institutional discourses that naturalize racialized asymmetrical relations. Drawing on the theoretical and methodological framework of Narrative Analysis, the data derive from three contexts: police violence in Rio de Janeiro and the struggle for justice by the mothers of victims of this type of violence; the corporate/business environment and its policies for the inclusion of the Black population; and the racial tensions in the context of Protestant faith in Brazil. The analysis indicates several discursive disputes surrounding the category of race and the narrative practices that function as forms of resistance in each analyzed context.
Références
Almeida, S. L. 2019. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento.
Araújo, E.P. 2020. Cada Luto, uma Luta: narrativas e resistência de mães contra a violência policial. Rio de Janeiro: Numa Editora.
Barbosa, J.C. 2002. Negro não entra na Igreja: espia da banda de fora. Protestantismo e escravidão no Brasil Império. Piracicaba. Editora UNESP.
Bakhtin, M. 1979. Marxismo e filosofia da linguagem: Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec.
Butler, J. 1990. Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. Routledge, New York.
____. 2019. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica.
De Fina, A. 2021. Doing narrative analysis from a narratives-as-practices perspective. Narrative Inquiry, v, 31, n. 1, p. 49-71.
Estrella, A. 2020. Muertos Civiles: Mourning the Casualties of Racism in the Dominican Republic. Anthrosource . p 41-57. 2020. Volume 28.
Evaristo, C. 2017. Becos da Memória. Rio de Janeiro: Pallas.
Fanon, F. 2008. Pele negra, máscaras branca. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA.
Foucault, M. A. 1997 [1969]. Arqueologia do saber. Tradução de L. F. B. Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Gergen, M.M.; Gergen, K. J. 2006. Investigação qualitativa: tensões e transformações. In: Denzin,
N. K., Lincoln, Y. S. (Org.). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens, pp. 367-388, Porto Alegre: Artmed.
Gomes, N. L. 2005. “Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão”. In: BRASIL. Educação anti-racista: caminhos abertos pela lei federal nº10.639/03, pp. 39-62 Brasília: MEC.
____. 2019. Escravidão: do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares. vol. 1; 1a. ed. Rio de Janeiro: Globo Livros.
Hall, S. 2015. Raça: o signo flutuante. Tradução de Liv Sovik, em colaboração com Katia Santos. Conferência. Goldsmiths College: London, Media Education Foundation.
____. 2006. A identidade cultural da pós-modernidade. São Paulo: DP&A.
Jacob, C.R.; Hees, D.R; Waniez, P. 2013. Religião e Território no Brasil: 1991/2010. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio.
Kilomba, G. 2019 [2008]. Memórias da Plantação: Episódios de Racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó.
Labov, W.; Waletsky, J. 1967. Narrative Analysis: oral versions of personal experience. In Helm, J. (org.) Essays of the verbal and visual arts, pp. 12-14. Seattle: University of Washington Press.
____. 1972. The transformation of experience in narrative syntax. In: Language in the inner city. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.
Linde, C. 1993. Life stories: the creation of coherence. Oxford: OUP.
Lorde, A. 2009. Textos Escolhidos. Herética Edições Lesbofeministas Independentes. I Am Your Sister – Collected and unpublished writings of Audre Lorde. Oxford University Press.
Mbembe, A. 2018. Necropolítica. São Paulo: N-1 Edições.
Melo G. C. V; Silva JR, P. M.; Marques, A. S. 2022. Discursos sobre raça: quando as teorias queer nos ajudam a interrogar a norma. In: Melo, G. C. V.; Jesus, D. M. Linguística Aplicada, raça e interseccionalidade na contemporaneidade. Rio de Janeiro: Mórula.
Misse, M. 2001. “Autos de Resistência”: uma análise dos homicídios cometidos por policiais na cidade do Rio de Janeiro (2001-2011)”. Relatório Final de Pesquisa – Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflitos e Violência Urbana. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mimeo.
Moita Lopes, L.P. (Org.). 2006. Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial.
Morris, A. 1984. The origins of the Civil Rights Movement: Black communities organizing for change. New York: Free Pess.
Oliveira, M. D. A. 2015. Religião mais negra do Brasil: por que os negros fazem opção pelo pentecostalismo? Viçosa: Ultimato.
Orsi, G. O. 2020. “Não há negros na Argentina”: o mito da homogeneidade racial argentina. Simbiótica, v.9, n.2, mai.-ago./2022 Vitória: Brasil.
Polese, P. 2020. Machismo, racismo, Capitalismo Identitário: as estratégias das empresas para as questões de gênero, raça e sexualidade. São Paulo: Hedra.
Souza, A. L. S. 2009. Letramentos de Reexistência: culturas e identidades no movimento hip-hop. Tese (doutorado em Letras) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas: São Paulo.
Veiga, E. 23/08/2020. O Brasil vive a banalização da morte? Deutsche Welle, Brasil.
Téléchargements
Publié
Numéro
Rubrique
Licence
© Liana de Andrade Biar, Etyelle Pinheiro de Araújo, Alexandre Florêncio dos Santos, Cleide Maria de Mello 2024

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Los/as autores/as conservan los derechos de autor/a y garantizan a RALED el derecho de ser la primera publicación del trabajo al igual que licenciado bajo una Creative Commons Attribution License BY-NC-ND 4.0 que permite a otros compartir el trabajo con un reconocimiento de la autoría del trabajo, copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Os/As autores/as conservam os direitos autorais e garantem a RALED o direito de ser a primeira publicação do trabalho licenciado por uma Creative Commons Attribution License BY-NC-ND 4.0 que permite compartilhar o trabalho com reconhecimento de sua autoria e cópia e redistribuição do material em qualquer meio ou formato.