Orações relativas em Nheengatú ou Ingatú
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v11i02.28115Palabras clave:
Relativização. Nheengatú. Tupí-Guaraní. Contato linguístico. Sintaxe.Resumen
A língua Nheengatú (Ingatú), versão modificada do antigo Tupinambá falado no século XVII da costa do estado do Maranhão ao baixo rio Tocantins, estado do Pará, desenvolveu-se como língua franca, sob influência do Português e de falantes de diferentes línguas que a adotaram, seja como primeira língua, seja como língua adicional. Das diversas mudanças ocorridas na história do Tupinambá que resultou no Nheengatú moderno, destaca-se o desenvolvimento de orações relativas decorrentes do contato com o Português. Essas orações relativas apresentam características peculiares de interesse para os estudos linguísticos tipológicos, e de natureza histórica, principalmente por se ter acesso às estruturas do antigo Tupinambá, permitindo a identificação da natureza e direções das mudanças ocorridas. O presente estudo aborda as orações relativas da língua Nheengatú em uma perspectiva descritiva e tipológica, a partir de dados coletados na cidade de São Gabriel da Cachoeira, sede do município de São Gabriel, Amazonas, junto a duas mulheres de origem Baré (Aruák), para as quais o Nheengatú é a língua materna e se apresenta em suas respectivas falas como uma variedade mais conservadora da língua. A descrição orienta-se pela tipologia de orações relativas proposta por Keenan e Comrie (1977, 1979), Keenan (1985), e Givon (1990). Beneficia-se também das contribuições aos estudos tipológicos das orações relativas feitas por Lehmann (1986).
Referencias
Cabral, A. S. A. C.; Rodrigues, Aryon Dall'igna . 2003. Dicionário Asuriní do Tocantins - Português. 1. ed. Belém, PA: UFPA/IFNOPAP e UnB/IL/LALI, v. 1. 267p..
Comrie, B. and Keenan Edward L.. 1979. Noun Phrase Accessibility Revisited. Language, Vol. 55, No. 3: 649-664.
Cruz, Aline da. 2011. Fonologia e Gramática do Nheengatú: A língua geral falada pelos povos Baré, Warekena e Baniwa. Tese de Doutorado. Vrije Universiteit Amsterdam.
Keenan, Edward L. 1985. Relative clauses. In Language Typology and Syntactic
Description, vol. II: Complex Constructions, ed. by Timothy Shopen, 141-70.
Cambridge University Press.
Keenan, Edward L. and Bernard Comrie. 1977. NP accessibility and universal grammar.
Linguistic Inquiry 8.63-100.
Payne, Thomas Edward. 1997. Describing morphosyntax: A guide for field linguists. Cambridge: Cambridge University Press.
Rodrigues, A. D.. 2010. A estrutura do Tupinambá. In: Cabral, Ana Suelly A.C.; Rodrigues, Aryon D. (Org.). Línguas e Culturas Tupí 2. Campinas, SP: Curt Nimuendajú; Brasília, DF: LALI/UnB, 2010. p. 167-203.
Rodrigues, A. D.. Argumento e Predicado Em Tupinamba. BOLETIM DA ASSOCIACAO BRASILEIRA DE LINGUISTICA, v. 19, p. 57-66, 1996.
Rodrigues, A. D.. [1953] 2010. Morfologia do Verbo Tupí. In: Revista Brasileira de Linguística Antropológica, vol. 3, n. 1:63-86.
Rodrigues, A. D.. Línguas Brasileiras: Para O Conhecimento das Línguas Indígenas. São Paulo: LOYOLA, 1986. v. 1.
Solano, Eliete de J. B.. Descrição Gramatical da Língua Araweté. 2009. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade de Brasília.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Revista Brasileira de Linguística Antropológica

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en RBLA aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, y el trabajo se licencia simultáneamente bajo la Creative Commons Attribution License, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista. .
b) Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este diario.
c) Se permite y se anima a los autores a publicar su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como incrementar el impacto y la citación de el trabajo publicado.