A “mulher casada” nos confessionários Tupí (séculos XVI-XVII)
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v1i2.12370Palabras clave:
Jesuítas. manuais de confissão. língua Tupí. mulheres casadas. sexualidade.Resumen
Os manuais de confissão aplicados aos índios do Novo Mundo entre os séculos XVI e XVII eram estruturados na forma de perguntas sobre os dez mandamentos da Lei de Deus. Devido à grande quantidade de perguntas e a seu detalhamento, o sexto mandamento, relacionado à sexualidade, aparentemente era o mais importante para os jesuítas que o aplicaram entre os penitentes Tupinambá aldeados sob o domínio da coroa portuguesa. Classificados em categorias, os penitentes tinham de responder a perguntas específicas do seu sexo e de sua condição (casado ou solteiro). As perguntas direcionadas à s mulheres casadas em dois confessionários Tupí jesuíticos, o de José de Anchieta (Cardoso 1992) e o de Antônio de Araújo (1686) nos permitirão apreender a representação do comportamento feminino construída pelos confessores, projetada nas perguntas relativas à s ações, palavras e pensamentos impróprios.
Referencias
Anchieta, José de. [s.d.].1992. Doutrina cristã. Tomo 2: Doutrina autógrafa e confessionário. Obras Completas 10o vol. Introdução histórico-literária, tradução e notas do Pe. Armando Cardoso SJ. São Paulo: Edições Loyola.
Anchieta, José de. [1584]1989. Informação dos casamentos dos índios. In: Anchieta. Textos históricos. Pesquisa, introdução e notas. Pe. Hélio
Abranches Viotti. Obras Completas. volume 9. São Paulo: Edições Loyola.
Anônimo.1751. Vocabulario de lingoa brasilica. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional.
Anônimo.1771. Diccionario da Lingua geral do Brasil que se falla em todas as villas, lugares e aldeas deste vastissimo Estado. Escrito na Cidade do Pará. Coimbra: Biblioteca da Universidade de Coimbra.
Anônimo. s.d. Dicionario da Lingua Brazilica. Biblioteca da Universidade de Coimbra. ms. 94.
Anônimo. s.d. Prosódia. Lisboa: Academia de Ciências de Lisboa.
Araújo, Antônio de. [1618] 1952. Catecismo na Língua Brasílica. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Araújo, Antônio de. 1686. Catecismo Brasilico da doutrina Christãa, com o cerimonial dos Sacramentos, & mais actos Parochiaes. Lisboa: Officina Miguel Deslandes.
Ayrosa, Plínio. [1621] 1938. Vocabulário na língua brasílica. Manuscrito Português-Tupí do século XVII, coordenado e prefaciado por Plínio Ayrosa. São Paulo: Departamento de Cultura.
Ayrosa, Plínio (org.). 1934. Diccionário Portuguez-Brasiliano e BrasilianoPortuguez. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado. (Separata da Revista do Museu Paulista, vol. 18, 1934).
Azpilcueta, Martin 1552. Manual de confessores & penitentes Coimbra: Ioannes Alvarez, 2 volumes.
Azoulai, Martine. 1993. Les Péchés du Nouveau Monde. Les manuels pour la confession des Indiens XVI-XVII siècle. Paris: Éditions Albin Michel S.A.
Barbosa, Pe. A. Lemos.1956. Curso de Tupí Antigo. Gramática, Exercício, Textos. Rio de Janeiro: Livraria São José.
Bluteau. Vocabulário Português e Latino. UERJ. CD.
Durston, Alan. 2007. Pastoral quechua. The history of Christian translation in colonial Peru, 1550-1650. Indiana: University of Notre Dame Press.
Fernandes, Florestan. 1989. Organização Social dos Tupinambá. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.
Fernandes, M. L. C. 1990. As artes da Confissão. Em torno dos manuais de confessores do século XVI em Portugal. Humanística e Teologia 11:47-80. Porto.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en RBLA aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, y el trabajo se licencia simultáneamente bajo la Creative Commons Attribution License, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista. .
b) Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este diario.
c) Se permite y se anima a los autores a publicar su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como incrementar el impacto y la citación de el trabajo publicado.