Poética de la migrancia y la dictadura: el exilio y la diáspora en las obras de Julián Fuks y Francisco Maciel

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-4018585

Palabras clave:

dictadura militar, justicia transicional, literatura brasileña contemporânea, Julián Fuks, Francisco Maciel

Resumen

El artículo aborda el tema del exilio y de las migraciones, en relación con la dictadura militar, en dos autores de literatura brasileña contemporánea: Julián Fuks y Francisco Maciel. Los conceptos de postmemoria (Hirsch, 2008) y privatización del trauma (Seligmann-Silva, 2014) son utilizados en el análisis de la novela A resistência (Fuks, 2015). En su intento de construir la memoria familiar (relacionada con el exilio de los padres argentinos y con la adopción de un niño), esta novela retrata, ante las dificultades formales de escribir el libro, los problemas políticos del proceso de justicia transicional en Brasil, en comparación con Argentina. En cambio, la discriminación racial contra la población negra es el tema central en el libro de Francisco Maciel. La represión política consideró que el movimiento negro representaba una amenaza para la seguridad nacional. El artículo examina el tema de las migraciones negras en el trabajo de Maciel en términos de la diáspora (Hall, 2003), y explica cómo se convierte no sólo en un tema sino también en una forma literaria en la novela Não adianta morrer (Maciel, 2018).

Referencias

ABREU, Caio Fernando. Os sobreviventes. In: ABREU, Caio Fernando. Morangos mofados. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 13-18.
ATENCIO, Rebecca (2014). Memory’s turn: reckoning with dictatorship in brazil. Madison: University of Wisconsin Press.
AXAT, Julián (2010). A desobediência biopoética e o direito de resistência. Prisma Jurídico. São Paulo, v. 9, n. 2, p. 241-252, jul./dez.
BRASIL (1978a). Força Aérea Brasileira. Centro de Informações da Aeronáutica. Informação no 975 CISA-RJ. Documento confidencial VAZ.43A.171. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 9 out.
BRASIL (1978b). Força Aérea Brasileira. Centro de Informações da Aeronáutica. Informação no 277/A-2/IV COMAR. Documento confidencial VAZ.30A.191. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 16 out.
BRASIL (2014a). Comissão Nacional da Verdade. Relatório. Brasília: CNV. v. 1.
BRASIL (2014b). Comissão Nacional da Verdade. Relatório. Textos temáticos. Brasília: CNV. v. 2.
BRASIL (2014c). Comissão Nacional da Verdade. Relatório. Mortos e desaparecidos políticos. Brasília: CNV. v. 3.
BUBUL, Zózimo (2009). Zózimo Bubul. In: COSTA, Haroldo (Org.). Fala, crioulo: o que é ser negro no Brasil. Rio de Janeiro: Record. p. 238-242.
DOMENECK, Ricardo (2014). A literatura brasileira sob regimes autoritários. Deutsche Welle Brasil, Berlin, 1o abr. Disponível em: http://p.dw.com/p/1BZTM. Acesso em: 10 fev. 2018.
FERNANDES, Pádua (2015). Literatura e justiça: Julián Axat e os desaparecidos na Argentina. In: CEI, Vitor; DAYRELL, João Guilherme; AZARA, Michel Mingote Ferreira de (Org.) A literatura e a vida: por que estudar literatura? Vila Velha: Praia; RCG. p. 109-135.
FIGUEIREDO, Eurídice (2017). A literatura como arquivo da ditadura brasileira. Rio de Janeiro: 7 Letras.
FORA Videla! (1980). 50-Z-00-15337. Acervo DEOPS/SP. São Paulo: Arquivo Público do Estado de São Paulo, 19 ago.
FUKS, Julián (2011). Procura do romance. Rio de Janeiro: Record.
FUKS, Julián (2015). A resistência. São Paulo: Companhia das Letras.
FUKS, Julián (2016). Os olhos dos pobres. São Paulo: La Sofía Cartonera; Malha Fina Cartonera; Mariposa Cartonera.
FUKS, Julián (2018). “Brasileiro desconhece os riscos de regimes autoritários”. Deutsche Welle Brasil, Berlin, 19 jun. Disponível em: https://p.dw.com/p/2zlD4?maca=pt-BR. Acesso em: 13 fev. 2019.
GINZBURG, Jaime (2009). A ditadura militar e a literatura brasileira: tragicidade, sinistro e impasse. In: SANTOS, Cecilia MacDowel; TELES, Edson; TELES, Janaína de Almeida. (Org.) Desarquivando a ditadura: memória e justiça no Brasil. São Paulo: Hucitec. v. 2, p. 557-568.
HALL, Stuart (2003). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Tradução de Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da Unesco no Brasil.
HALL, Stuart (2019). Essential essays volume 2: identity and diaspora. Durham: Duke University Press.
HIRSCH, Marianne (2008). The generation of postmemory. Poetics Today, Durham, v. 29, n. 1, p. 103-128, Spring.
MACIEL, Francisco (2000). Entre dois mundos. In: MACIEL, Francisco et al. Entre dois mundos. São Paulo: Estação Liberdade. p. 11-28.
MACIEL, Francisco (2001). O primeiro dia do ano da peste. São Paulo: Estação Liberdade.
MACIEL, Francisco (2017). Não adianta morrer. São Paulo: Estação Liberdade.
MILES, Tshombe (2017). Abdias Nascimento e a tradição intelectual afrodiaspórica: no combate ao racismo. Tradução de João Miguel Lima. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 48, n. 2, p. 106-136, jul./dez.
NASCIMENTO, Abdias (2016). O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva.
SANTOS, Joel Rufino (2009). Joel Rufino dos Santos. In: COSTA, Haroldo (Org.). Fala, crioulo: o que é ser negro no Brasil. Rio de Janeiro: Record, p. 28-31.
SÃO PAULO (Estado) (2015). Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”. Relatório. Perseguição à população e ao movimento negros. São Paulo: Alesp. Disponível em: https://bit.ly/2m1vVEW. Acesso em: 5 fev. 2019. Tomo I, parte II.
SARLO, Beatriz (2007). Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Tradução de Rosa Freire D’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG.
SBT ressuscita e mata “Brasil, ame-o ou deixe-o” em vinheta relâmpago (2018). Folha de S. Paulo, São Paulo, Ilustrada, 6 nov. Disponível em: https://bit.ly/2SRvMjt. Acesso em: 6 fev. 2019.
SELIGMANN-SILVA, Márcio (2014). Imagens precárias: inscrições tênues de violência ditatorial no Brasil. Estudos de literatura brasileira contemporânea, Brasília, n. 43, p. 13-34, jan./jun.
TAVERNINI, Emiliano (2018). Poesía, política y memoria en la Argentina reciente: la colección Los Detectives Salvajes (2007-2015). Tesis (Magíster en Historia y Memoria) ”“ Universidad Nacional de la Plata, Buenos Aires.
TELES, Edson (2015). Democracia e estado de exceção: transição e memória política no Brasil e na África do Sul. São Paulo: Fap-Unifesp.
TONUS, Leonardo (2007). La bâtarde dans les romans de/sur l’immigration au Brésil. In: COLLOQUE INTERNATIONAL DU SEMINAIRE D’ETUDES LUSOPHONES : “La voix des femmes dans les cultures de langue portugaise ”“ Penser la différence”, 26-27 mars, Université Paris-Sorbonne). Actes... Paris: Université Paris-Sorbonne. Disponível em: http://crimic-sorbonne.fr/img/pdf/tonus.pdf. Acesso em: 17 fev. 2019.
UNITED NATIONS (UN) (2006). Commission on Human Rights. Promotion and protection of human rights: study on the right to the truth. Report E/CN.4/2006/91. Geneva: UN, 8 Feb.

Publicado

2019-10-30

Cómo citar

Poética de la migrancia y la dictadura: el exilio y la diáspora en las obras de Julián Fuks y Francisco Maciel. (2019). Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, 58, 1-12. https://doi.org/10.1590/2316-4018585