A ESCURIDÃO E A MADRESSILVA: MANIFESTAÇÕES LÍRICAS NA NARRATIVA DE QUENTIN COMPSON EM O SOM E A FÚRIA, DE WILLIAM FAULKNER
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v5i1.24940Palavras-chave:
Narrador. Narrativa poética. Monólogo interior. Fluxo de consciência. William Faulkner.Resumo
O presente artigo objetiva a análise da narrativa de Quentin Compson, no romance O som e a fúria (2004), do escritor americano William Faulkner, no que tange à s teorias da narrativa poética propostas por Jean-Yves Tadié (1978) e Ralph Freedman (1971). Assim, pretende-se analisar o modo como estrutura-se a voz lírica de Quentin, por meio das técnicas de fluxo de consciência e monólogo interior, pela verticalização sintática, pela projeção lírica do narrador nos espaços e pelo recurso à s imagens, símbolos e metáforas, articuladas à diegese.
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