Migração ambiental, (i)mobilidade e adaptação às secas no Seridó Potiguar
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v15n3.2024.55532Palavras-chave:
Migração Ambiental, Imobilidade, Secas, Adaptação, Meios de SubsistênciaResumo
Este artigo analisa a decisão de migração no período da seca de 2011-2016 no Seridó Potiguar, Rio Grande do Norte, Brasil, considerando características socioeconômicas, demográficas e percepções sobre a seca. Os dados são oriundos de uma pesquisa domiciliar com representatividade amostral para a zona urbana da região. Utilizando modelos de regressão logística binária para a análise, os resultados revelam que as mulheres têm menor probabilidade de migrar em comparação aos homens durante a seca. Trabalhadores de setores não agrícolas também têm uma probabilidade maior de migrar. Há uma maior probabilidade de migração entre aqueles que a percebem como o principal problema ambiental da cidade, e entre os que presenciaram problemas de saúde relacionados à falta de água em casa destaca a seca como um fator fortemente associado à migração, sendo esta última uma estratégia de diversificação dos meios de subsistência das famílias, especialmente no contexto das secas e mudanças climáticas.
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