COMPARANDO OS ESTILOS DE APRENDIZAGEM E DE ENSINO NAS AULAS DE FÍSICA DE DUAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS NA CIDADE DA BEIRA EM MOÇAMBIQUE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rpf.v9i1.52536

Palavras-chave:

Estilos de aprendizagem VAK. Ensino e Aprendizagem da Física. Estrategias de ensino.

Resumo

A persistência de dificuldades na aprendizagem das ciências naturais é uma realidade antiga. Diversas estratégias têm sido implementadas no ensino de física para mitigar a abstração no entendimento de conceitos, descrição de fenômenos e interpretação de leis. Contudo, cada aluno tem uma maneira única de assimilar os conteúdos apresentados na aula, assim como cada professor possui preferências específicas na preparação e condução das aulas. Muitas vezes, os estilos de ensino e de aprendizagem não coincidem empiricamente. Neste estudo, buscou-se compreender as distintas preferências dos alunos para a aprendizagem dos conteúdos na aula. Os resultados fornecem reflexões valiosas para a elaboração de planos de aula, levando em consideração as necessidades individuais dos alunos. O foco está nos estilos de aprendizagem VAK (Visual, Auditivo e Cinestésico), identificados por pesquisas do programa de Neuropsicologia, que se baseiam na utilização de canais sensoriais como visão, audição, tato e movimento. Os alunos visuais aprendem preferencialmente através de estímulos visuais, enquanto os auditivos assimilam melhor através estímulos auditivos. Por outro lado, os cinestésicos aprendem fazendo. Este estudo inferiu o estilo VAK predominante em alunos de duas escolas secundárias moçambicanas, considerando variáveis como gênero, estratégias de ensino adotadas nas aulas de física e interesse pela matéria. A pesquisa envolveu uma amostra de 159 alunos da 8ª a 12ª classe, com idades entre 12 e 20 anos, sendo 87 homens e 72 mulheres. Constatou-se que a maioria dos alunos apresenta um estilo de aprendizagem voltado para a prática (cinestésico), enquanto as aulas foram identificadas como predominantemente auditivas, baseadas na exposição de conteúdos e ditado de apontamentos.

 

Referências

AKPLOTSYI, R.; MAHDJOUBI, L. Effects of learning styles on engaging children in school projects. Association of Researchers in Construction Management, ARCOM 2011 - Proceedings of the 27th Annual Conference, v. 1, p. 331-339, 2011. Disponível em: <https://uwe-repository.worktribe.com/output/959319>. Acesso em: 15 fev. 2024.

ÁLVAREZ-MONTERO, F. J. et al. Learning styles and the human brain: what does the evidence tell us? Learning Styles and the Human Brain, v. 10, p. 144, 2018. doi: <https://doi.org/10.31124/advance.7149161.v1>.

BAKRI, R. A. et al. Exploring the impact of VAK learning style on teenager level language learners in Indonesia. Journal of Language Teaching and Research, v. 10, n. 4, 2019. doi: <https://doi.org/10.17507/jltr.1004.17>.

BARBE, W. B.; MILONE, M. N. What We Know about Modality Strengths. Educational Leadership, v. 38, 1981. Disponível em: <https://api.semanticscholar.org/CorpusID:142628541>. Acesso em: 30 jan. 2024.

BROWN, H. D. Principles of Language Learning And Teaching. TESOL Quarterly, n. 4, p. 240242, 2000. Disponível em: <https://gustavorubinoernesto.com/wp-content/uploads/2020/06/H-Douglas-Brown-Principles-of-Language-Learning-and-Teaching.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2024.

CARBO, M. Research in reading and learning style: Implications for exceptional children. APA PsycNET American Psychological Association, v. 49, n. 6, p. 486494, 1983. doi: <https://doi.org/10.1177/001440298304900601>.

CELCE-MURCIA, M. Teaching English as a second or foreign language. Heinle & Heinle, 2001. Disponível em: https://www.scribd.com/document/500424276/Celce-Murcia-Mariam-teaching-English-as-a-Second-or-Foreign-Language. Acesso em: 5 fev. 2024.

COLETTI, G. F.; TEIXEIRA, N. F.; AMARAL, K. B. Learning styles and teaching strategies in gastronomy and hospitality: an initial proposal. Applied Tourism, v. 6, n. 1, p. 1217, 2021. doi: <https://doi.org/10.14210/at.v6n1.p12-17>.

DUCKETT, I.; AGENCY, G. BRITAIN. L. AND S. D. Learning Styles: A Perspective. Learning and Skills Development Agency, 2005. Disponível em: <https://dera.ioe.ac.uk/id/eprint/7800/1/AssessmentforLearning.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2024.

DUNN, R.; DUNN, K. J. Teaching Students Through Their Individual Learning Styles: A Practical Approach. Reston Publishing Company, 1978. doi: <https://doi.org/10.12691/education-5-4-6>.

FONTOURA, A. M. EdaDe: educação de crianças e jovens através do design. f.357. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2002.

GHOLAMI, S.; BAGHERI, M. S. Relationship between VAK learning styles and problem-solving styles regarding gender and students fields of study. Journal of Language Teaching and Research, v. 4, n. 4, 2013. doi: <https://doi.org/10.4304/jltr.4.4.700-706>.

GILAKJANI, A. P. A Match or Mismatch Between Learning Styles of the Learners and Teaching Styles of the Teachers. International Journal of Modern Education and Computer Science, v. 4, n. 11, p. 5160, 2012. doi: <https://doi.org/10.5815/ijmecs.2012.11.05>.

HO-TTECKE, D. How and What Can We Learn From Replicating Historical Experiments? A Case Study. Science & Education, v. 9, n. 4, p. 343362, 2000. doi: <https://doi.org/10.1023/A:1008621908029>.

HSIAO, T.; OXFORD, R. L. Comparing Theories of Language Learning Strategies: A Confirmatory Factor Analysis. The Modern Language Journal, v. 86, n. 3, p. 368383, 1 set. 2002. doi: <https://doi.org/10.1111/1540-4781.00155>.

JEGATHA DEBORAH, L.; BASKARAN, R.; KANNAN, A. Learning styles assessment and theoretical origin in an e-learning scenario: a survey. Artificial Intelligence Review, v. 42, n. 4, p. 801819, 2014. doi: <https://doi.org/10.1007/s10462-012-9344-0>.

JOSE, B. J. A. Os Problemas do Ensino Escolar em Moçambique e soluções estratégicas para o Século XXI. Beira, 2015. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/os-problemas-do-ensino-escolar-em-mocambique-e-solucoes-estrategicas-para-o-seculo-xxi/132851>. Acesso em: 30 ago. 2023.

LEITE, W. L.; SVINICKI, M.; SHI, Y. Attempted Validation of the Scores of the VARK: Learning Styles Inventory With MultitraitMultimethod Confirmatory Factor Analysis Models. Educational and Psychological Measurement, v. 70, n. 2, p. 323339, 2009. doi: <https://doi.org/10.1177/0013164409344507>.

LEMOS DE SOUZA, L.; SÉRGIO VASCONCELOS, M. Modelos organizadores do pensamento: uma perspectiva de pesquisa sobre o raciocínio moral com adolescentes autores de infração. Psicologia em Estudo, 2003. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/pe/a/

Vy9FQ4Ygtbpzwwdg45GKWC/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 1 fev. 2024.

MILLER, P. Learning Styles: The Multimedia of the Mind. Research PUB TYPE Reports Descriptive (141) EDRS PRICE MF01/PC01 Plus Postage, 2001. Disponível em: <https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED451140.pdf>. Acesso em: 5 fev. 2024.

POPOV, O. Ensino de física na escola moçambicana. República de Moçambique, Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação, Projecto de Investigação do Ensino das Ciências Naturais, 1993.

ÜLTANIR, E.; ÜLTANIR, Y. G.; ÖREKECI TEMEL, G. The examination of University students learning styles by means of Felder-Silverman Index. Egitim ve Bilim, v. 37, n. 163, 2012.

Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/282770528>. Acesso em: 5 fev. 2024.

WILLIS, C. Literature review on the use of VAK learning strategies. University of Cumbria, v. 4, n. 2, p. 90-94, 2017. Disponível em: <https://ojs.cumbria.ac.uk/index.php/step/article/view/378>. Acesso em: 5 fev. 2024.

Downloads

Publicado

2025-02-11

Como Citar

COMPARANDO OS ESTILOS DE APRENDIZAGEM E DE ENSINO NAS AULAS DE FÍSICA DE DUAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS NA CIDADE DA BEIRA EM MOÇAMBIQUE. Revista do Professor de Física, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 183–192, 2025. DOI: 10.26512/rpf.v9i1.52536. Disponível em: https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/rpf/article/view/52536. Acesso em: 22 fev. 2025.