Quilombos: the land is life and freedom

Autores

Palavras-chave:

Quilombo, Racismo, Territórios contestados, Resistência

Resumo

Since Brazil's imperial era, the enslaved Black African population has sought ways to resist the horrors of slavery. Some of these groups were called quilombos, a word originating from the Bantu language, which means camp or fortress. This essay addresses the main dilemmas currently faced by Brazilian quilombos, such as the dispute over land, the fight against violence, and the violation of rights, as well as the study highlights the resistance processes created by these people to remain in the territory. This essay articulates some Afro-Brazilian intellectuals' thoughts as the discussions' main articulators. The theoretical framework of the study is based on the Afrodiasporic epistemic perspective. It is concluded that land and territory have a crucial meaning for the existence of quilombola communities, so it is urgent to implement public policies that recognize, respect, and guarantee the strengthening and preservation of quilombola communities in Brazil.

Biografia do Autor

  • Amanda dos Santos Pereira, Universidade Federal de São Carlos

    Graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Mestra e doutoranda em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos (PPGTO/UFSCar).

Referências

ARAÚJO, Roberta Lima Machado de Souza. Determinantes sociais de doenças e agravos nas comunidades quilombolas de Feira de Santana-BA. 2017. Dissertação (Mestrado em Saúde 205 Coletiva) — Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2017.

ARRUTI, José Maurício. Conceitos, normas e números: uma introdução à educação escolar quilombola. Revista Contemporânea de Educação, v. 12, n. 23, p.107- 141. 2017.

BRASIL. Decreto-lei n° 4.887, de 20 de novembro de 2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Brasília, DF: Presidência da república, 2003. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4887.htm. Acesso em: 03 jul. 2024.

BRASIL. Decreto-lei n° 6.040, de 07 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional para o Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais. Brasília, DF: Presidência da república, 2007. Disponível em 207 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2007/d4887.htm. Acesso em: 03 jul. 2024.

BRASIL. Decreto-lei n° 6.261, de 12 de março de 2004. Dispõe sobre a gestão integrada para o desenvolvimento da Agenda Social Quilombola no âmbito do Programa Brasil Quilombola, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da república, 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6261.htm. Acesso em: 03 jul. 2024.

CUNHA, Felipe Gibson.; ALBANO, Sebastião Guilherme. Identidades quilombolas: políticas, dispositivos e etnogêneses. Revista de Estudios Latinoamérica, v.64, n.1, p. 153-184, 2017.

DIAS, Vercilene Francisco. Eu Kalunga: pluralismo jurídico e proteção da identidade étnica e cultural quilombola. In: DEALDINA, S.S (Org.). Mulheres quilombolas: territórios de existências negras femininas. São Paulo: Sueli Carneiro: Jandaíra, 2020. p.75-85.

FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. Certificação quilombola. Brasília, 2023. Disponível em http://www.palmares.gov.br/?page_id=37551. Acesso em: 15 jul. 2024.

FURTADO, Marcella Brasil.; PEDROZA, Regina Lúcia Sucupira.; ALVES, Cândida Beatriz Cultura. Identidade e subjetividade quilombola: uma leitura a partir da psicologia cultural. Psicologia & Sociedade, v. 26, n. 1, p.106–115, 2014. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000100012.

FERNANDES, Saulo Luders.; GALINDO, Dolores Cristina Gomes.; VALENCIA, Liliana Parra. Identidade quilombola: Atuações no cotidiano de mulheres quilombolas no agreste de alagoas. Psicologia em Estudo, v. 25, n. 1, e45031, 2020. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v25i0.45031.

GOMES, Flávio dos Santos. Mocambos e quilombos: uma história do campesinato negro no Brasil. São Paulo: Claro Enigma, 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/novo-portal-destaques.html?destaque=37339. Acesso em: 11 jul. 2024.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Quilombos das Américas: articulação de comunidades afrorrurais : documento síntese. – Brasília : Ipea : SEPPIR, 2012.

MATOS, W.S.; EUGENIO, B.G. Comunidades quilombolas: elementos conceituais para sua compreensão. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, Macapá, v. 11, n. 2, p. 141-153, 2018.

MIRANDA, Sérgio Vinícius Cardoso.; OLIVEIRA, Jannefer Leite.; SAMPAIO, Cristina Andrade.; NETO, João Felício Rodrigues. Cartografa das condições de trabalho de homens quilombolas e as intersecções para a informalidade e a saúde mental. Interface, Botucatu, v. 25, n. 1, e200478, 2021.

MUNANGA, Kabengele. Origem e histórico do quilombo em África. In: MOURA, Clóvis (Org.). Os quilombos na dinâmica social do Brasil. Maceió: EDUFAL, 2001. p. 21‐31.

NASCIMENTO, Beatriz. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. In: RATTS, A (Org.). Eu sou Atlântica. São Paulo: Imprensa Oficial/Kuanza, 2016.

____________________. O Quilombismo. São Paulo: Editora Perspectiva, Rio de Janeiro: Ipeafro, 2019.

PEREIRA, Amanda dos Santos. Racismo e justiça ocupacional: Construção de identidade e engajamento ocupacional de mulheres negras quilombolas. 2022. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional, Universidade Federal de São Carlos, 2022.

PEREIRA, Amanda dos Santos.; ALLEGRETTI, Maitê.; MAGALHÃES, Lilian. “Nós, mulheres quilombolas, sabemos a dor uma da outra”: uma investigação sobre sororidade e ocupação. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 30, p. e3318, 2022. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO254033181.

PEREIRA, Amanda dos Santos.; MAGALHÃES, Lilian. A vida no quilombo: trabalho, afeto e cuidado nas palavras e imagens de mulheres quilombolas. Interface - Comunicação, Saúde, Educação v. 27, e210788,2022. https://doi.org/10.1590/interface.210788.

PEREIRA, Amanda dos Santos.; MAGALHÃES, Lilian. Os impactos dos racismos nas ocupações da população negra: reflexões para a terapia e a ciência ocupacional. Saúde Soc, v.32, n.2, e220400pt, 2023. https://doi.org/10.1590/S0104-12902023220400pt.

SANTOS, Antônio Bispo. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília: INCTI/UnB, 2015.

SILVA, Givânia Maria. Mulheres quilombolas: afirmando o território na luta, resistência e insurgência negra feminina. In: DEALDINA, S.S (Org.). Mulheres quilombolas: territórios de existências negras femininas. São Paulo: Sueli Carneiro: Jandaíra, 2020. p.51-58.

SILVA, Givânia Maria.; SOUZA, Bárbara Oliveira. Quilombos e a luta contra o racismo no contexto da pandemia. Boletim de Análise Político-Institucional, v.1, n. 21, p. 85-91,2021.

SILVA, Simone Resende; NASCIMENTO, Lisangela Kati. Negros e territórios quilombolas no Brasil. Cadernos CEDEM, v.3, n.1, p.23-37, 2012.

SOARES, Maria Raimunda Penha. Lutas e resistências quilombolas no Brasil: um debate fundamental para o Serviço Social. Revista em pauta, v.18, n.46, p. 52 - 67,2020. https://doi.org/10.12957/rep.2020.52007

Downloads

Publicado

12/30/2024

Como Citar

Quilombos: the land is life and freedom . Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 67–76, 2024. Disponível em: https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/revistapos/article/view/54738. Acesso em: 22 fev. 2025.