RE) BUILDING MASCULINITIES:
THE MARIA DA PENHA LAW AND DISCUSSION ON MALE CONFIGURATIONS
Keywords:
Gender, Masculinities, Domestic violence, Public politicsAbstract
This research discusses aspects of masculinities and the Maria da Penha Law, which is an important tool of denaturalization and gender desensitization. By noting the relevancy of the Law on the deconstruction and problematization of the patriarchy in the Brazilian society, the Law's progress is demonstrated by allowing perpetrators of domestic violence to attend education and rehabilitation centers, and the possibility for the judge to determine trips to rehabilitation programs. In this work, reflections are made on gender and masculinities, considering the studies of the anthropologist Connell (1995, 2013; 2015), Nascimento (2018), Woodward (2011), Zanello (2018), among others, because masculinities are complex practical social configurations, which can be changed according to the social scenario of men, in observation of the gender hierarchies and multiple discriminations that cross their bodies. Based on the hypothetical deductive method, bibliographic review and interdisciplinary research, the work emphasizes the importance of public policies in the (re) construction of masculinities, in order to debate, based on culture, domestic and family violence against the woman.
References
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo. v.1, 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
BRASIL. Lei n. 13.984/2020. Altera o art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para estabelecer como medidas protetivas de urgência frequência do agressor a centro de educação e de reabilitação e acompanhamento psicossocial. Brasília: Presidente da República, 2020. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13984.htm>. Acesso em: 25 jul. 2021.
BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei n. 11.340/2006. Coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. Brasília: Presidência da República, 2006.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
CARVALHO FILHO, S. A Masculinidade em Connell: os mecanismos de pensamento articuladores de sua abordagem teórica. Identidades, Rio de Janeiro, p. 1-8, 2008.
CONNELL, R; PEARSE, R. Gênero: uma perspectiva global. 3. ed. São Paulo: Nversos, 2015.
CONNELL, R. W. Políticas da Masculinidade. Educação e Realidade, Porto Alegre, p. 185-206, jul/dez. 1995.
CONNELL, R. W.; MESSERSCHIMDT, J. W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas: Florianópolis, 2013.
GALET, C; SEFFNER, F. DOIS OLHARES SOBRE MASCULINIDADES NO AMBIENTE ESCOLAR: Brasil e Espanha. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, [S.L.], v. 11, n. 2, p. 767-782, 1 jul. 2016. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação. http://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.n2.p767.
HAMLIN, C.; VANDENBERGHE, F. Vozes do Sul: entrevista com Raewyn Connell. Cadernos Pagu, Campinas, v. 40, p. 345-358, 2013.
LIMA, D. C.; BUCHELE, F.; CLÍMACO, D. de A. Homens, Gênero e Violência Contra a Mulher. Saúde Soc., São Paulo, v. 17, n. 2, p. 69-81, 2008.
LIMA, G. Q. de; WERLANG, B. S. G. Mulheres que sofrem violência doméstica: contribuições da psicanálise. Psicol. estud. [online]. 2011, vol.16, n.4, pp.511-520. ISSN 1413-7372. https://doi.org/10.1590/S1413-73722011000400002.
NASCIMENTO, M. Essa história de ser homem: reflexões afetivo-políticas sobre masculinidades in CAETANO, M. e JUNIOR, P. M. da S. De guri a cabra macho: masculinidades no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2018.
SARTRE, J.P. O Existencialismo é um humanismo. In: Os Pensadores. 3.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
SCHRAIBER, L. B. et al. Homens, masculinidade e violência: estudo em serviços de atenção primária à saúde. Rev Bras Epidemiol, São Paulo, v. 4, n. 15, p. 790-803, 2012.
SILVA, C. S. Identidades: relação entre as masculinidades, gênero e violência. Revista X, Curitiba, v. 14, n. 4, p. 184-199, 2019.
WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual in Tomaz Tadeu SILVA (organizador). Identidade e diferença – a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
MARQUES, S. M. dos S. et al. Núcleo Maria da Penha: apoio às mulheres, UNIOESTE campus de Francisco Beltrão. In: XIX SEMINÁRIO DE EXTENSÃO DA UNIOESTE., 19., 2019, Toledo. Anais do XIX Seminário de Extensão da Unioeste. Toledo: 2019. Disponível em: <https://www5.unioeste.br/eventos/seu/anais/XIX_SEU_Anais.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2021.
ZANELLO, V. Saúde mental, gênero e dispositivo: cultura e processos de subjetivação. Curitiba: Apris, 2018.