Território, Materialidade e Atitude Linguística
ferramentas da Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé nos contextos das Terras Indígenas Massaco, Rio Omerê e Tanaru – Rondônia, Amazônia brasileira
DOI :
https://doi.org/10.26512/rbla.v14i1.43924Mots-clés :
Isolados, Recente Contato, Território, Materialidade, Atitude LinguísticaRésumé
A Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé atua em três territórios: na TI Rio Omerê, região etnoambiental onde vivem as Akuntsú e os Kanoé do Omerê, povos de recente contato; na TI Massaco, área de indígenas em situação de isolamento; e no território do indígena do Tanaru. A atuação da Frente garante a proteção e a autonomia desses indígenas e a preservação de sua integridade no mais amplo sentido. Para as Akuntsú e para os Kanoé, a intervenção foi vital para a salvaguarda de suas vidas, tendo em vista que no final da década de 1970 a expansão econômica adentrou, sistematicamente, nos seus territórios tradicionais. Para os isolados das TIs Massaco e Tanaru, a não intervenção por meio do contato, descortinou-se bem-sucedida e, desde 1990 (Amorim 2016), há a garantia de seus direitos, preservando a decisão dessas parcialidades humanas em se manterem em situação de autonomia frente à sociedade nacional. Dessa forma, o presente artigo busca um exercício analítico de compreender as três realidades em perspectiva, refletindo sobre questões contextuais em um horizonte histórico, linguístico e indigenista. Compreendemos que, nesses contextos, os povos de recente contato e os indígenas em situação de isolamento refletem processos históricos de resistências no médio e baixo rio Guaporé.
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© Revista Brasileira de Linguística Antropológica 2022
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