Transitividade e auto-representação em um debate político

Autores

  • Sara Regina Scotta Cabral Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.26512/les.v16i1.7525

Palavras-chave:

discurso político, linguística sistêmico-funcional, transitividade, processos relacionais

Resumo

Debates em campanhas políticas são práticas discursivas comuns em processos eleitorais que se prestam à análise tanto semiótica quanto linguística. Ao optarmos pela segunda possibilidade, pretendemos demonstrar como ocorre a representação de si e do outro construída por dois candidatos á Presidência do Brasil. O debate, transmitido em cadeia nacional pela TV brasileira ”“ Globo -, foi posteriormente transcrito e disponibilizado no site g1.globo.com. Para análise, usou-se o aparato teórico da Linguística Sistêmico Funcional de Halliday (1994) e Halliday e Matthiessen (2004; 2014) no que se refere ao sistema de transitividade, especialmente processos e participantes. Os resultados apontam para representações diferentes entre os dois candidatos: enquanto um se constrói, linguisticamente, como alguém que possui atributos suficientes para dirigir a nação, outro se constrói como o candidato que acredita na sua capacidade de realizar mudanças.

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Biografia do Autor

  • Sara Regina Scotta Cabral, Universidade Federal de Santa Maria

    Profa. Dra. em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria. Pós-Doutora em Linguística Aplicada aos Estudos da Linguagem pela PUC-SP. Atualmente é Profa. Adjunta do Departamento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

2015-06-29

Edição

Seção

Artigos de pesquisa

Como Citar

Transitividade e auto-representação em um debate político. (2015). Cadernos De Linguagem E Sociedade, 16(1), 9-35. https://doi.org/10.26512/les.v16i1.7525