A POLIFONIA ANCESTRAL:
OS SABERES NO DISCURSO DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA VOZ DE KOPENAWA
DOI :
https://doi.org/10.26512/les.v25i2.51385Mots-clés :
Discurso, Povos originários, Ethos, Retextualização, Polifonia AncestralRésumé
Neste artigo abordamos, na perspectiva do discurso, o "ethos" discursivo na obra do líder Indígena Davi Kopenawa. O discurso indígena é retextualizado em textos escritos para transmitir conhecimentos aos não-indígenas no plano do ethos, isto é, a projeção da imagem que um falante projeta de si mesmo em seu discurso. O texto explora a polifonia ancestral, a diversidade de vozes nos discursos dos povos originários, e como o ethos do "indígena multisciente" é construído ao apresentar conhecimentos de forma acessível aos brancos. Concluímos que a transformação do discurso em texto escrito objetiva preservar a memória e alertar sobre questões ambientais.
Palavras-chave: Discuro. Povos originarios. Ethos. Retextualização. Polifonia ancestral.
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