A POLIFONIA ANCESTRAL:

OS SABERES NO DISCURSO DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA VOZ DE KOPENAWA

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DOI :

https://doi.org/10.26512/les.v25i2.51385

Mots-clés :

Discurso, Povos originários, Ethos, Retextualização, Polifonia Ancestral

Résumé

Neste artigo abordamos, na perspectiva do discurso, o "ethos" discursivo na obra do líder Indígena Davi Kopenawa. O discurso indígena é retextualizado em textos escritos para transmitir conhecimentos aos não-indígenas no plano do ethos, isto é, a projeção da imagem que um falante projeta de si mesmo em seu discurso. O texto explora a polifonia ancestral, a diversidade de vozes nos discursos dos povos originários, e como o ethos do "indígena multisciente" é construído ao apresentar conhecimentos de forma acessível aos brancos. Concluímos que a transformação do discurso em texto escrito objetiva preservar a memória e alertar sobre questões ambientais.

Palavras-chave: Discuro. Povos originarios. Ethos. Retextualização. Polifonia ancestral.

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  • Jair Ferrari Junior, Unesp

     

         

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Publié

2024-12-29

Comment citer

A POLIFONIA ANCESTRAL: : OS SABERES NO DISCURSO DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA VOZ DE KOPENAWA. (2024). Cadernos De Linguagem E Sociedade, 25(2), 88-107. https://doi.org/10.26512/les.v25i2.51385