Nietzsche e Lutero: consciência, culpa e justificação
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v5i2.12594Resumen
A concepção de eu consciente é uma das grandes críticas que Nietzsche apresenta à Modernidade. O eu consciente, mediante as noções de verdade, de moral e de fim subjuga a pluralidade subjetiva do indivíduo. Tanto a consciência - Bewusstsein - no seu sentido biológico, o produto mais inacabado do desenvolvimento físico, como a consciência - Gewissen - no sentido moral, os interditos frente à manifestação dos instintos, Nietzsche as considera como expressões da décadence da Modernidade. A Reforma Protestante, propugnada por Lutero, ao ressuscitar o Cristianismo fundado na fé, na graça e na Escritura, opõe-se ao Renascimento. Este último teria sido a chance de a cultura elevar-se, ao ressuscitar os antigos ideais gregos. Nietzsche entende que Lutero, ao centrar-se na noção de um eu consciente da culpa e ao centrar-se em que unicamente pela fé se é capaz de submeter-se à graça justificante de Deus crucificado, concede a palma da vitória ao sacerdote ascético. Em que medida têm sentido as acusações de Nietzsche, de que, mediante o eu consciente, Lutero diviniza a morte, a dor e o sofrimento, em detrimento da subjugação da vida?
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