A metáfora da língua ferida e dilacerada em Torto arado (2018) de Itamar Vieira Junior, como herança destituída do discurso do poder colonial-patriarcal

Autores

Palavras-chave:

metáfora; língua ferida; língua dilacerada; discurso; violência; narrativa afro-brasileira

Resumo

Este artigo tem como objetivo abordar o romance Torto arado (2018) de Itamar Vieira Junior a partir da metáfora da linguagem ferida-dilacerada, entendendo tal metáfora como a conotação da violência contida na discursividade do poder colonial-patriarcal. Nesse sentido, este trabalho foi estruturado em duas partes, a primeira referente à linguagem ferida, na qual se revelam as estruturas do discurso patriarcal-colonial, obedientes aos fechamentos ontoteleológicos. Enquanto isso, no segundo, a língua dilacerada é entendida como uma destituição violenta do discurso hegemônico. Nesse sentido, as conclusões deste trabalho expõem a forma como o texto de Vieira Junior deixa inacabada a ação de demissão, projetando um futuro predatório de vontades concorrentes.

Referências

BUTLER, Judith (2001). El grito de Antígona. Traducido por Esther Oliver. Barcelona: El Roure.

CIXOUS, Hélèn (2015). La llegada a la escritura. Traducido por Irene Agoff. Buenos Aires: Amorrortu.

DAVIS, Angela (2016). Mujeres, raza y classe. Madrid: Akal.

DERRIDA, Jacques (1968). La diferencia/ [différance]. Santiago de Chile: Escuela de Filosofía Universidad ARCIS. Disponible en: Disponible en: https://www.philosophia.cl/biblioteca/Derrida/La Diferencia.pdf Consultado el: 1 marzo 2024.

» https://www.philosophia.cl/biblioteca/Derrida/La Diferencia.pdf

DERRIDA, Jacques (1989). La escritura y la diferencia. Traducido por Patricio Peñalver. Barcelona: Anthropos.

DERRIDA, Jacques (2023). Espectros de Marx. Traducido por José Miguel Alarcón y Cristina de Peretti. Barcelona: Trotta.

DUARTE, Eduardo de Assis (2008). Literatura afro-brasileira: um conceito em construção. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 31, p. 11-23. Disponible en: Disponible en: https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9430/8332 Consultado el: 1 marzo 2024.

» https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9430/8332

FOUCAULT, Michel (1997). El pensamiento del afuera. Traducido por Manuel Arranz Lázaro. Pre-textos, Valencia.

VIEIRA JUNIOR, Itamar (2012). Dias. Salvador de Bahía: Caramurê.

VIEIRA JUNIOR, Itamar (2017). A oração do carrasco. Itabuna: Mondrongo.

VIEIRA JUNIOR, Itamar (2018). Torto arado. Alfragide: Grupo Leyda.

VIEIRA JUNIOR, Itamar (2023a). Salvar o fogo. Alfragide: Todavia.

VIEIRA JUNIOR, Itamar (2023b). La esclavitud y el colonialismo son los eventos fundadores de Brasil [Entrevista concedida a] Bernardo Gutiérrez. CTXT Revista Contexto, Paraty, n. 303, 26 dez. 2023. [on-line]. Disponible en: Disponible en: https://ctxt.es/es/20231201/Politica/45047/itamar-vieira-junior-salvar-o-fogo-literatura-brasil-entrevista.htm Consultado el: 1 marzo 2024.

» https://ctxt.es/es/20231201/Politica/45047/itamar-vieira-junior-salvar-o-fogo-literatura-brasil-entrevista.htm

Publicado

08/10/2025

Como Citar

A metáfora da língua ferida e dilacerada em Torto arado (2018) de Itamar Vieira Junior, como herança destituída do discurso do poder colonial-patriarcal. (2025). Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, 74. https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/estudos/article/view/59325