CAPITAL INCORPORADOR COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA CIDADE: OS RESIDENCIAIS FECHADOS

Autores/as

  • Eliane Silva dos Santos Doutoranda em Geografi a pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) Presidente Prudente – SP
  • Ellen Tamires Pedriali Colnago Mestranda em Geografi a pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) Presidente Prudente – SP

DOI:

https://doi.org/10.26512/2236-56562018e40172

Palabras clave:

Estado, capital incorporador, planejamento urbano, segregação, autossegregação

Resumen

O presente trabalho apresenta uma reflexão teórica sobre a atuação do Estado como agente no processo de regulação, implementação de políticas de desenvolvimento urbano, e o capital incorporador como agente fomentador de projetos imobiliários de grandes impactos sobre a dinâmica urbana; ambos atuando como agentes produtores do espaço urbano. O capital incorporador altera o ambiente construído da cidade, atuando como agente produtor de novos produtos imobiliários: lançamento de espaços residenciais fechados. A ausência de políticas fundiárias adequadas tem levado o aumento especulativo do espaço urbano, produto das relações capitalistas, predominando os interesses das classes dominantes, produzindo espaços cada vez mais excludentes. O planejamento urbano da maior parte das cidades contemporâneas está voltado para o mercado da classe média e alta de interesses de empreendedores, contribuindo para a segregação urbana e a exclusão territorial da população de baixa renda, como também os mecanismos de autossegregação. 

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Publicado

2022-01-21

Número

Sección

Articulo

Cómo citar

CAPITAL INCORPORADOR COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA CIDADE: OS RESIDENCIAIS FECHADOS. (2022). Revista Espacio Y Geografía, 21(2), 301:326. https://doi.org/10.26512/2236-56562018e40172