AMPLIANDO A ESCALA DE CONSERVAÇÃO: AVALIAÇÃO DE ÁREAS POTENCIAIS E PROPOSTA DE AMPLIAÇÃO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGÃOS, RJ

Autores/as

  • Ernesto Bastos Viveiros de Castro Parque Nacional da Serra dos Órgãos
  • Bruno Henriques Coutinho Cooperativa de Trabalho Estruturar
  • João Crisóstomo Oswaldo Cruz Cooperativa de Trabalho Estruturar
  • Flavio Souza Brasil Nunes Cooperativa de Trabalho Estruturar
  • Leonardo Esteves de Freitas Cooperativa de Trabalho Estruturar
  • Georg Meier Institute for Technology in the Tropics, Cologne University of Applied Sciences

DOI:

https://doi.org/10.26512/2236-56562008e39836

Palabras clave:

Parque Nacional da Serra dos Órgãos, conservação, Mata Atlântica, áreas protegidas, consulta pública

Resumen

Este trabalho apresenta os estudos desenvolvidos no projeto “Parque Nacional da Serra dos Órgãos: ampliando a escala de conservação” cujo objetivo foi realizar estudos para subsidiar uma proposta de ampliação do parque. O artigo discute metodologias utilizadas para a identificação e avaliação de áreas potenciais para ampliação, o processo de consulta pública e os resultados alcançados. A intenção é contribuir para o debate sobre a necessidade de conservação da Mata Atlântica e a efetividade da criação e ampliação de Unidades de Conservação como estratégia para conter a degradação ambiental causada pela expansão das atividades humanas. O estudo concluiu que existem áreas relevantes para ampliação (8.991,07 ha, ou 84,7% em relação à área original de 10.619,13 ha) e que a população consultada é favorável a esta proposta.

Referencias

AGUIAR, A. P.; CHIARELLO, A. G.; MENDES, S. L. & MATOS, E. N., (2005). Os Corredores Central e da Serra do Mar na Mata Atlântica brasileira. In: GalindoLeal, C. & Câmara, I.G. (eds) Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. Belo Horizonte: S.O.S. Mata Atlântica e Conservação Internacional, p. 119-132.

ALLEN C. R., PEARLSTINE L. G. & KITCHENS W. M. (2001) Modeling viable mammal populations in gap analysis. Biological Conservation, 99: 135–144.

ARZOLLA, F. A. R. P; de PAULA, G. C. R.; RESENDE, M. A. C. S. & BRITO, V. C. (2004). Contribuições para a discussão sobre a desafetação de áreas em unidades de conservação da natureza de proteção integral. In: IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, 2004, Curitiba. Anais... FBPN, Rede Pró-UC, p. 631-640.

BARBORACK, J. R. (1997). Mitos e realidade da concepção atual da áreas protegidas na América latina. In: Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, 1997, Curitiba. Anais... IAP, UNILIVRE, Rede Pró-UC, p. 39-47.

BENCKE, G. A.; MAURICIO, G. N. ; DEVELEY, P. & GOERCK, J. (2006). Áreas importantes para a conservação das aves no Brasil. Parte I - Estados do domínio da Mata Atlântica. 1. ed. São Paulo: SAVE Brasil. 494 p.

BRASIL. (1965). Código Florestal. Lei Federal nº 4.665, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal.

BRASIL. (2000). Lei Federal nº 9985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o , incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

BRASIL. (2006). Lei Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.

BRITO, D. & GRELLE, C. E. V. (2006). Estimating minimum area of suitable habitat and viable population size for the northern muriqui (Brachyteles hypoxanthus). Biodiversity and Conservation 15: 4197–4210.

BRUNER, A. G.; RAYMOND, E.; GULLISON, R. E.; RICE, R. E. & FONSECA, G. A. B. (2001) Effectiveness of Parks in Protecting Tropical Biodiversity. Science, 91: 125- 128.

CHIARELLO, A. G. (2000). Density and population size of mammals in remnants of Brazilian Atlantic Forest. Conservation Biology, 14: 1649–1657.

CPRM; EMBRAPA SOLOS; DRM. (2001). Diagnóstico Geoambiental do Estado do Rio de Janeiro. CD-ROM.

CRONEMBERGER, C. & VIVEIROS de CASTRO, E. B. (Org.). (2007) Ciência e Conservação na Serra dos Órgãos. Brasília: Editora IBAMA, 298 pp.

CUNHA, A. A. (2004). Conservação de mamíferos na Serra dos Órgãos: passado,presente e futuro. In: IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. 2004, Curitiba. Anais... FBPN e Rede PróUC, 1: 213-224.

DANTAS, M. E.; SHINZATO, E.; MEDINA, A. I. M.; SILVA, C. R.; PIMENTEL, J.; LUMBRERAS, J. F.; CALDERANO, S. B. & CARVALHO FILHO, A. (2005). Diagnóstico Geoambiental do Estado do Rio de Janeiro. In: Oficina Internacional de Ordenamento Territorial Mineiro - CYTED (Ciência y Tecnologia para el Desarollo Cooperacion IberoAmericana),1., 25-28 abr. 2005. Rio de Janeiro. CD-ROM, Sessão 4, 35 p.

EKEN, G; BENNUN, L; BROOKS, T. M.; DARWALL, W.; FISHPOOL, L. D. C.; FOSTER, M.; KNOX, D.; LANGHAMMER, P.; MATIKU, P.; RADFORD, E.; SALAMAN, P.; SECHREST, W.; SMITH, M. L.; SPECTOR, S. & TORDOFF, A. (2004). Key Biodiversity Areas as Site Conservation Targets. BioScience, 52(12): 1110-1118.

FBPN; REDE PRÓ-UC. (2007). Moção de Apoio à Ampliação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. In: V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. 2007, Foz do Iguaçu. Anais... http://internet.boticario.com.br/Internet/staticFi-les/ Fundacao/pdf/VCBUC_MOCAO_6.pdf.

GALANTE, M. L. V.; BEZERRA, M. M. L. & MENEZES, E. O. (2002). Roteiro Metodológico de Planejamento: Parque Nacional, Reserva Biológica, Estação Ecológica. Brasília: IBAMA. 136 p.

GARCIA, V. L. A. & ANDRADE-FILHO, J. M. (2002). Muriquis no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Neotropical Primates, 10(2): 97,

ESTRUTURAR. (2007). Sexto Relatório de Atividades do Projeto Caminhos da Fauna – Fase 2. Projetos Caminhos da Fauna. 9 p.

FERNANDES, M. C. (1998). Geoecologia do Maciço da Tijuca-RJ: uma abordagem Geo-hidroecológica. 141p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

IBGE. (2000). Censo demográfico 2000. ESTATCART - CD-ROM, IBGE.

LESER, C. (2005). Mapeamento operacional de tipos de biótopos com dados do HRSC – problemas e concepções de solução. In: Blaschke, T. & Kux, H. Sensoriamento remoto e SIG avançados, novos sistemas sensores e métodos inovadores. São Paulo. Oficina de Textos. 286 p.

MITTERMEIER, R. A.; ROBLES GIL, P.; HOFFMANN, M.; PILGRIM, J.; BROOKS, T.; MITTERMEIER, C.G.; LAMOREUX, J. & FONSECA, G. A. B. (2005). Hotspots Revisited. Earth’s biologically richest and most endangered terrestrial ecoregions. 392pp.

MMA. (2002). Biodiversidade Brasileira – Avaliação e Identificação de Áreas e Ações Prioritárias para Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de benefícios da Biodiversidade Brasileira. Brasília: MMA/SBF. 404pp.

MMA. (2006). Portaria nº 350, de 11 de dezembro de 2006. Reconhece o mosaico de unidades de conservação da Mata Atlântica Central Fluminense.

MORSELLO, C. (2001). Áreas protegidas públicas e privadas: seleção e manejo. São Paulo: AnnaBlume, FAPESP. 344 pp

MYERS, N.; MITTERMEIER, R. A.; MITTERMEIER, C. G.; FONSECA, G. A. B. & KENT, J. (2000). Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, 403: 853-858.

RIBEIRO, M. B. N. & VERÍSSIMO, A. (2007) Padrões e causas do desmatamento nas áreas protegidas de Rondônia. Natureza & Conservação, 5(1): 15-26,

RODRIGUES, E.; CAINZOS, R. L. P.; QUEIROGA, J. & HERRMANN, B. C. (2006) Conservação em paisagens fragmentadas. In: Cullen Jr., L., Valladares-Pádua, C. & Rudran, R. (orgs.) Métodos de estudos em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Ed. da UFPR, p. 481-514.

SOS MATA ATLÂNTICA; INPE; INSTITUTO SÓCIO AMBIENTAL. Atlas de evolução dos remanescentes florestais e ecossistemas associados no Domínio da Mata Atlântica no período 2001-2005. http://www.sosmatatlantica.org.br.

TEIXEIRA, M. C. C. (2007) Parques e pessoas: uma política de boa vizinhança. In: Medeiros, R.; Irving, M.A. (eds.). Áreas Protegidas e Inclusão Social: tendências e perspectivas. Rio de Janeiro, 3 (1): 114-116.

TERBORGH, J. & VAN SCHAIK, C. (2002). Por que o Mundo necessita de Parques. In: Terborgh et al. (org.) Tornando os parques eficientes: estratégias para conservação da natureza nos trópicos. Curitiba: Ed. UFPR/Fund. O Boticário, 518pp.

TERRA NOVA; APA PETRÓPOLIS / IBAMA. (2005). Mapeamento de vegetação e uso do solo da APA Petrópolis em escala 1:10.000. Relatório Final. Petrópolis.

TORRECILHA, S. (2000). Processos participativos na criação de unidades de conservação. In: II Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, 2000, Campo Grande. Anais... FBPN, Rede Pró-UC, p. 142-149

Publicado

2022-01-21

Número

Sección

Articulo

Cómo citar

AMPLIANDO A ESCALA DE CONSERVAÇÃO: AVALIAÇÃO DE ÁREAS POTENCIAIS E PROPOSTA DE AMPLIAÇÃO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGÃOS, RJ. (2022). Revista Espacio Y Geografía, 11(1), 115-145. https://doi.org/10.26512/2236-56562008e39836