Utopia e destruição, ruína e progresso
a condição de marginalidade social no filme A Margem (1967), de Ozualdo Candeias
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i37.34202Palavras-chave:
História e cinema. Marginalidade social. Modernização.Resumo
O filme A Margem, de Ozualdo Candeias, relata o cotidiano de quatro indivíduos moradores de uma região periférica da cidade de São Paulo. A partir das considerações de Marc Ferro, Eduardo Morettin e Ismail Xavier, o artigo elege caminhos para a mobilização do cinema como fonte do conhecimento histórico. Na investigação, principal ênfase se dá para a construção da experiência dos marginalizados, a qual aparece tensionada entre a constituição de vínculos de solidariedade e a incapacidade de reagirem coletivamente à s opressões. Além disso, o filme também é investigado como perspectiva crítica acerca do processo de modernização da cidade de São Paulo, intensificado a partir dos anos 50.
Referências
A MARGEM. Direção e Produção: Ozualdo Candeias (1967). São Paulo, Programadora Brasil, 2010, DVD, P&B
ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. 21ª edição. Rio de Janeiro/RJ, Editora Record, 2000.
ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. Metrópole e cultura: São Paulo no meio do século XX. São Paulo: EDUSP, 2015.
AUMONT, Jacques ... et al. A estética do filme (trad. Marina Appelzeller). Campinas/SP, Papirus, 2012.
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”. IN:__________. Magia e Técnica, Arte e Política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Brasiliense, 1985.
BERNARDET, Jean-Claude Bernardet. “O filme de lugar nenhum”. Folha de São Paulo, São Paulo, Caderno Mais!, 28 jun. 2002, p.2.
_________. O voo dos anjos: Bressane, Sganzerla. São Paulo : Brasiliense, 1991.
COUTO, José Geraldo. “Ozualdo Candeias termina O Vigilante”. Folha de São Paulo, São Paulo, Ilustrada, 1 jun. 1993, p.5.
FERRO, Marc. Cinema e História (Trad. Flávia Nascimento). Rio de Janeiro/RJ: Paz e Terra, 1992.
GALVÃO, Maria Rita. Burguesia e cinema: o caso Vera Cruz. São Paulo/SP, Civilização Brasileira, 1981.
MACHADO JR., Rubens. “Uma São Paulo de revestrés: sobre a cosmologia varziana de Candeias”. Revista Significação, nº 28, 2001, p. 111-131.
MORETTIN, Eduardo. “O cinema como fonte histórica na obra de Marc Ferro”. IN: CAPELATO, Maria Helena ... [et al.] (orgs.). História e Cinema: dimensões históricas do audiovisual. São Paulo: Alameda, 2011, p. 39-64.
PUPPO, Eugenio. Ozualdo Ribeiro Candeias 80 anos. São Paulo/SP, Heco Produções, 2002.
RAMOS, Fernão. Cinema Marginal (1968/1973): a representação em seu Limite. São Paulo, SP: Brasiliense, 1987.
REIS, Moura. Ozualdo Candeias: pedras e sonhos no Cineboca. São Paulo/SP: Imprensa Oficial, 2010.
TELES, Ângela Aparecida. Ozualdo Candeias na Boca do Lixo: a estética da precariedade no cinema paulista. São Paulo/SP, EDUC e FAPESP, 2012.
UCHÔA, Fábio Raddi. Ozualdo Candeias e o cinema de sua época (1967-83) ”“ perambulação, silêncio e erotismo. São Paulo/SP, Alameda, 2019.
XAVIER, Ismail. O cinema brasileiro moderno. São Paulo/SP: Paz e Terra, 2001.
________. Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo/SP: Duas Cidades e Editora 34, 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2020 Em Tempo de Histórias
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).