Mueda: memória e massacre (1979) e a construção do mito fundacional da Independência de Moçambique (1975)
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i41.43304Keywords:
Massacre, Mueda, MoçambiqueAbstract
The article's proposal is to reflect on how the film Mueda: memory and massacre (1979), by director Ruy Guerra, collaborated in the construction of the Mueda Massacre (1960) as one of the main political myths in the recent history of Mozambique, marking the beginning of the anticolonial struggle in the country. Based on the concept of myth in the configuration of imaginaries, it is intended to analyze how the Mueda Massacre was appropriated by the Mozambique Liberation Front (FRELIMO) and narrated by official history as a tipping point of colonialism in the country, by inciting the formation of nationalist movements that culminated in the armed struggle and subsequent Independence in 1975. Produced a few years after independence, commissioned by the State, Ruy Guerra's film is part of the post-Independence political debate and projects - through cinema - the myth of Mueda in the social and political imaginary of the country.
References
ALPERS, Edward. The Role of culture in the libertation Mozambique. Ufahamu, 12 (3): 1983, 143-189.
BACZKO, Bronislaw. Imaginário social. In: LEACH, Edmund et alii. Enciclopédia Einaudi Anthropos-Homem. Lisboa: Imprensa Nacional / Casa de Moeda, 1985.
BORGES, Vavy Pacheco. Ruy Guerra: paixão escancarada. São Paulo: Editora Boitempo, 2017.
CABAÇO, José Luís; CHAVES, Rita. Entrevista: Ruy Guerra cidadão de várias, passageiro de várias revoluções. REVISTA VIA ATLÂNTICA, SÃO PAULO, N. 21, 133-143, JUL/2012.
COELHO, João Paulo Borges. Política e história contemporânea em Moçambique: dez notas epistemológicas. Revista de História, São Paulo, n°178, 2019.
FRODON, Jean-Michel. La projection nationale: cinema et nation. Odile Jacob, 1998.
GUERRA, Ruy. Entrevista: Mueda é o respeito pela realidade histórica - Revista Tempo, Maputo, n°512, 3 de Agosto de 1980, pg. 50.
GUERRA, Ruy. Esta Janela in. 20 Navios. Rio de Janeiro, Editora Francisco Alves: 1996.
GUERRA, Ruy. Meu país. (1981).
GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
OLIVEIRA, Cintia Mary de. O Massacre de Mueda (1960) e a constituição das narrativas nacionais em Moçambique (1962-1986).
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2019.
MARIÁTEGUI, José Carlos. O homem e o mito. In. MARIÁTEGUI, José Carlos. Por um socialismo indo-americano. LOWY, Michael (seleção e introdução). Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005. Pg. 57.
MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique. 2ª Edição. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1976.
MONDLANE, Eduardo. Nationalism and Development in Mozambique. Trabalho apresentado ao Projeto "Brasil-África Portuguesa" da Universidade da Califórnia, 27 e 28 de fevereiro de 1968. Para acessar, basta clicar aqui.
PIÇARRA, Maria do Carmo. Moçambique: criar a nação com música e projectá-la através do cinema. In. Coleção Colonial da Cinemateca – campo, contracampo, fora-de-campo. Museu do Cinema em colaboração com a ALEPH. 2018. Págs. 132-145.
SOREL, Georges. Reflexões sobre a violência. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
WEST, Harry. Kupilikula: o poder invisível em Mueda, Moçambique. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 2009.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Em Tempo de Histórias

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).