Movimento de Sankofa
uma nova abordagem de análise da literatura negra
DOI :
https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i65.54167Mots-clés :
Movimento de Sankofa, Ancestralidade, Literatura negra, Tempo espiralarRésumé
O Movimento de Sankofa é uma estratégia essencial para a população negra lidar com as consequências do racismo e do colonialismo, buscando resgatar a identidade pessoal e coletiva perdidas. Este estudo destaca a importância da literatura negra, especialmente a escrita por mulheres, que conecta ancestralidades e constrói narrativas representativas. Para isso, dialogamos com a visão de tempo espiralar de Leda Maria Martins, que oferece uma visão alternativa da temporalidade, permitindo acessar passado, presente e futuro simultaneamente, diferindo da visão linear ocidental. Isso viabiliza o resgate da literatura negra, crucial para a transformação positiva da realidade negra, desafiando a hegemonia cultural anglo-europeia e valorizando a diversidade cultural e epistemológica.
Références
ANI, Marimba. Yurugu: na african-centered critique of European cultural thought and behavior. New Jersey: Africa World Press Inc., 1994. Disponível em: https://archive.org/details/yuruguafricancen0000anim/page/n675/mode/2up Acesso em: 30 maio 2023.
CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de racialidade: A construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2023.
CIPRIANO, Nathalia Grilo. Imaginação radical negra: um fruto-mistério. Amarello. Disponível em: https://amarello.com.br/2023/07/arte/imaginacao-radical-negra-um-fruto-misterio/ Acesso em: 25 maio 2024.
EVARISTO, Conceição. Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Dissertação (mestrado) – PUC-RJ, Rio de Janeiro, 1996.
GLOVER, E. Abade. Adinkra symbolism. Kumasi e Acra, Gana: National Cultural Center; Geo Art Gallery, 1969.
KELLEY, Robin D.G. Freedom Dreams: The Black Radical Imagination. Boston: Beacon Press, 2002.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MARTINS, Leda Maria. Performances da oralitura: corpo, lugar da memória. Letras, n. 26, p. 63–81, 2003. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11881/7308 Acesso em: 17 maio 2024.
MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Editora Cobogó, 2021.
MBITI, John. Samuel. African Religions and Philosophy. London; Naiorobi; Ibadan: Heinemann, 1969.
NASCIMENTO, Elisa (Org.). A matriz africana no mundo. São Paulo : Selo Negro, 2008.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009. p. 93-110.
NJERI, Aza (Viviane Moraes). Reflexões artístico-filosóficas sobre a humanidade negra. Revista Ítaca, n. 36, p. 164-226, 2019. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/Itaca/article/view/31895 Acesso em: 17 maio 2024.
OLIVEIRA, David Eduardo de. Cosmovisão africana no Brasil: elementos para uma filosofia afrodescendente. Fortaleza, CE: L.C.R., 2003. 182 p.
RAMOSE, Mogobe. Sobre a legitimidade e o estudo da Filosofia Africana. Ensaios filosóficos, v. 4, p. 6-23, 2011.
RIBEIRO, Ronilda. Alma Africana no Brasil: os iorubás. São Paulo: Editora Oduduwa, 1996.
SANTOS, Antonio Bispo dos. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu Editora, 2023.
DICIONÁRIO DE SÍMBOLOS. Sankofa: significado desse símbolo africano. Disponível em: https://www.dicionariodesimbolos.com.br/sankofa-significado-desse-simbolo-africano/ Acesso em: 17 maio 2024.
Téléchargements
Publié
Numéro
Rubrique
Licence
© Revista Cerrados 2024
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Déclaration des droits d’auteur
Aucun élément de cette publication ne peut être reproduite, conservée dans un système de recherche ou transmise, sous quelque forme ou par quelque moyen que ce soit, électronique, mécanique, y compris par un procédé xérographique, sans l'autorisation écrite expresse de l'éditeur. (Lei n. 9.610 de 19/2/1998 )