Literatura negro-brasileira, vestibular e infâmia
uma educação antirracista passa pela representatividade da literatura negra
DOI :
https://doi.org/10.26512/cerrados.v30i57.37416Mots-clés :
Literatura negro-brasileira, Escrevivência, Quarto de despejo, Relações de poder e literatura, Sujeito infameRésumé
A partir da noção foucaultiana de sujeito infame, analisamos o discurso acerca da inclusão do livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus (1960), como indicação para vestibulares de universidades estaduais paranaenses. Junto a essa análise, atentamos para a escrevivência, conforme Evaristo (1996), e para a representatividade da literatura negra (CUTI, 2010). Ao considerar que estar neste tipo de vestibular significa estar nas escolas, tal literatura contribui para a formação de sujeitos críticos e antirracistas.
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