A Istambul de Orhan Pamuk: cronotopo, esquartejamento, memória e identidade
Mots-clés :
Topoanálise. Cronotopo. Memória. Identidade. Orhan Pamuk. Istambul.Résumé
O artigo busca inicialmente tratar da classificação formal da obra Istambul: memória e cidade de Orhan Pamuk enquanto gênero literário. Em seguida, reflete, sob a inspiração da reflexão teórica de Gaston Bachelard e da Topoanálise sobre a representação espacial da obra, na sua generalidade. Finalmente, realiza exaustiva análise do texto fundada na teoria sobre o cronotopo de Bakhtin, para concluir que a obra apresenta a junção de tempo e espaço (cronotopo) na consideração da cidade de Istambul relembrada e contada pelo narrador. Ao servir-se desses procedimentos literários o autor pretende não interessar o leitor numa empatia para com a cidade retratada, mas firmar-se nas suas próprias lembranças (memória) e na construção de sua própria identidade, enquanto sujeito literário.
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