A morte africana no Brasil

Autores

  • Ordep José Trindade-Serra

Palavras-chave:

Antropologia, Crítica, Minorias

Resumo

Percorrendo o acervo da etnografia “afro-brasileira”, e sobretudo ao deter-se nas obras dedicadas ao rito do Candomblé, dificilmente escapará o leitor mais corajoso a um profundo desalento. Excluindo os que o mérito do pioneirismo ”” com freqüência exaltado além da medida ”” sempre justifica, mais um pequeno número de outros estudos transformados em clássicos pela seriedade e legítimo espírito científico dos autores, ta n to quanto pela riqueza de informes e amplidão de perspectiva (podem citar-se como exemplo os ensaios de Bastide e Herskowits), se, também, puser de p a rte os escassos traba lhos acadêmicos produzidos nos últimos anos que ten tam re novar a abordagem antropológica do tema, ficará o estudioso a b ra ços com uma pilha inane de livros superadcs e inúteis, compêndios repetitivos e levianos, exercícios de diletantes carregados de preconceitos, notícias “folclóricas”, notas de pé de! página transfiguradas em ensaios, resenhas convertidas em dissertações, etc.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BASTIDE, R. Le candomblé de Bahia (rite Nagô). Paris, Mouton, 1958.
”” ””. As religiões africanas no Brasil. São Paulo, livraria PioneiraEditora, 1971.
----------------. Estudos afro-brasileiros. São Paulo, Perspectiva, 1973.
--------------- . BELMONT, N. “Las creencias populares como relato mitológico”. In: VERóN, Eliseo. (ed.) El proceso ideológico. Buenos Aires, Tiempo Contemporâneo, 1971.
BINON; COSSARD, G. Contribution à l’étude des candomblés du Brésil _ le rite Angola. Paris, Faculté des Lettres et Sciences Humaines, 1970.
COSTA LIMA, V. da. “Os Obâs de Xangô”. In: Afro-Ásia. CEAO, n ° 2-3 1966.
”” ”¢ “O conceito de ‘Nação’ nos candomblés da Bahia”. In: AfroÁsia. CEAO, n.» 12, p. 65-90, 1976.
DENNET, R. E. How the Yoruba count”. In: Journal of the African Soliety v. XVI, n.° XLIII, -917.
DOS SANTOS, D. M., e DOS SANTOS, J. E. L'Afrique noire. Cotonu, S.A.C. et UNESCO, 1971.
GADAMER, H. G. Wahrheit und Methode. Tübingen, Paul Siebieck Verlag, 1972.
GEERTZ, C. ‘‘Religion as a cultural symbol”. In: BANTON, M. (ed.) Anthropological approaches to the study of religion. London, Tavistock Publications, 1969.
HABERMAS, J. “Towards a theory of communicative competence”. In. Inquiry, v. 13, n.° 4, 1970.
HYMES, D. Foundations in sociolinguistics: an ethnographic approach. Philadelphia, University of Pennsylvania Press, 1974.
JUNG, G., e KERÉNIY, K. Einführung in das Wesen der Mythologie. Zürich, Rhein Verlag, 1961.
KRAMER, S. N. La historia empieza en sumer. Barcelona, Aymá, 1961.
LANGER, S. Philosophy in a new key. Harvard University Press, 1951.
LAW, R. C. C. “The heritage of Oduduwa: traditional history and politicalpropaganda among the Yoruba”. In: Journal of African History, XIV,2. 1973.
SEARLE, J. R. “The classification of illocutionary acts”. In: Language and society, col. 5, 1, p. 1, 1976.
SOUSA, E. Dionisio em Creta e outros ensaios. São Paulo, Duas Cidades, 1973.
TURNER, V. “Colour symbolism in Ndembu ritual”. In: BANTON, M. (ed.) Anthropological approaches to the study of religion. London, Tovistock Publications, 1969.
---------------- The forest of symbols: aspects of Ndembu ritual. New York, Cornell University Press, 1967.
ZIEGLER, J. Os vivos e a morte ”” uma “sociologia da morte” no ocidente e na diáspora africana no Brasil, e seus mecanismos culturais. Rio de Janeiro, Zahar, 1977.

Downloads

Publicado

2018-01-12

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)