Integração Lavoura-Pecuaria-Floresta no Brasil:
uma estratégia de agricultura sustentável baseada nos conceitos da Green Economy Initiative
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v7n1.2016.18061Palabras clave:
Economia Verde, Agricultura Sustentável, Sistemas AgrossilvipastorisResumen
Esse artigo tem como objetivo inserir a proposta de organização da agricultura baseada nos conceitos da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no âmbito das discussões relacionadas à necessidade de transformação do modelo produtivo vigente. Utilizamos as diretrizes e os conceitos relacionados com a proposta Green Economy Initiative (GEI), que é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Isso porque o setor agrícola é identificado, dentro dessa proposta, como um setor importante, pois apresenta uma estreita relação com aspectos econômicos, sociais e ambientais. Busca-se mostrar que a proposta ILPF, além de alinhada com os aspectos de agricultura sustentável proposta na GEI e no PNUMA, coloca-se como uma importante estratégia do Brasil - incentivada por programas de governo específicos, como o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) para atender ao aumento da produção agropecuária, de forma sustentável.
Referencias
ALMEIDA, L. T. Economia verde: a reiteração de ideias à espera de ações. Estudos Avançados. São Paulo, v. 26, n. 74, p. 93-103, 2012.
ALVARENGA, R. C.; NOCE, M. A. Integração lavoura e pecuária. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2005. 16p. (Embrapa Milho e Sorgo. Documentos, 47).
ASSAD, E. D. Agricultura de Baixa Emissão de Carbono: a evolução de um novo paradigma. Observatório ABC, 2013. Disponível em: <http://www.observatorioabc.com.br>. Acesso em: 20 jan. 2016.
BALBINO, L. C.; BARCELLOS, A. de O.; STONE, L. F. Marco referencial: integração lavoura-pecuária-floresta ILPF. Brasília: Embrapa, 2011. 130p.
BALSAN, R. Impactos decorrentes da modernização da agricultura brasileira. CAMPO TERRITÓRIO: Revista de Geografia Agrária, v. 1, n. 2, p. 123151, ago. 2006.
BANCO MUNDIAL: banco de dados. 2011. Disponível em: <http://data.worldbank.org/>. Acesso em: 03 jul. 2011.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Plano setorial de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas para a consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura: Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). Brasília, DF, 2012.173 p.
BRASIL. Lei nº 12.805, de 29 de abril de 2013. Brasília, DF, 29 abr. 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12805.htm>. Acesso em: 8 set. 2015.
BRASIL. Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada para Consecução do Objetivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Brasília, DF, 2015. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/BRASIL-iNDC-portugues.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2015.
CARVALHO, P. C. F. et al. Managing grazing animals to achieve nutrient cycling and oil improvement in no-till integrated systems. Nutr. Cycl. Agroecosyst., v. 88, p. 259-273, 2010.
CECHIN, A.; PACINI, H. Economia verde:”¨por que o otimismo deve ser aliado ao ceticismo da razão. Estudos Avançados. São Paulo, v. 26, n. 74, 2012.
COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA (CEPAL). Santiago, 2011. Disponível em: <http://www.eclac.org/>. Acesso em: 01 jul. 2011.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. O Nosso Futuro Comum. 1. ed., Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1988.
CORNELL, S. On the System Properties of the Planetary Boundaries. Ecology and Society, v. 17, n. 1, 2012.
DA VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2008.
DINIZ, E. M.; BERMANN, C. Economia verde e sustentabilidade. Estudos Avançados. São Paulo, v. 26, n. 74, p. 323-330, 2012.
FLORES, J. P. C. et al. Atributos químicos do solo em função da aplicação superficial de calcário em sistema de integração lavoura-pecuária submetido a pressões de pastejo em plantio direto. Rev. Bras. Ciênc. Solo, v. 32, p. 2385-2396, 2008.
FOLEY, J. A. et al. Solutions for a cultivated planet. Nature, v. 478, p. 337-342, 2011.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF UNITED NATIONS (FAO), 2011. Disponível em: <http://www.fao.org/>. Acesso em: 05 jul. 2011.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF UNITED NATIONS STATISTICS (FAOSTAT). 2011. Disponível em: <http://faostat.fao.org/>. Acesso em: 05 jul. 2011.
FURTADO, C. Introdução ao desenvolvimento: enfoque histórico-estrutural. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2000.
FURTADO, C. Raízes do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Record, 2003.
GASQUES, J. G.; FILHO, J. E. R. V.; NAVARRO, Z. A Agricultura Brasileira: desempenho, desafios e perspectivas. Brasília: IPEA, 2010.
GRAZIANO DA SILVA, J. F. A Nova Dinâmica da Agricultura Brasileira. Campinas, Instituto de Economia/Unicamp, 1996. 217 p.
GRAZIANO DA SILVA, J. F. Os desafios da agricultura brasileira. In: GASQUES, J. G.; FILHO, J. E. R. V.; NAVARRO, Z. A Agricultura Brasileira: desempenho, desafios e perspectivas. Brasília: IPEA, 2010.
KLUTHCOUSKI, J. et al. Integração lavoura-pecuária: estudo de caso vivenciado pela Embrapa Arroz e Feijão. In: PATERNIANI, E. (Ed.) Ciência, agricultura e sociedade. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2006.
KLUTHCOUSKI, J; STONE, L. F.; AIDAR, H. Integração Lavoura-Pecuária. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2003.
LAZZAROTTO, J. J. Volatilidade dos retornos econômicos associados à integração lavoura-pecuária no Estado do Paraná. Revista de Economia e Agronegócio, v. 7, p. 259-283, 2009.
MACEDO, M. C. M. Integração lavoura-pecuária: o estado da arte e inovações tecnológicas. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 28, p. 133-146, 2009.
MARTHA Jr., G. B. et al. Pecuária de corte no Cerrado: aspectos históricos e conjunturais. In: MARTHA Jr., G. B.; VILELA, L.; SOUZA, D. M. G. de. (Ed.). Cerrado: uso eficiente de corretivos e fertilizantes em pastagens. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2007a.
MARTHA Jr., G. B.; VILELA, L.; MACIEL, G. A. A prática da integração lavoura-pecuária como ferramenta de sustentabilidade econômica na exploração pecuária. In: SIMPÓSIO DE FORRAGICULTURA E PASTAGENS, Anais. Lavras, MG: UFLA, 2007b.
MARTHA Jr., G. B.; VILELA, L. Efeito poupa-terra de sistemas de integração lavoura-pecuária: comunicado técnico. Planaltina: Embrapa Cerrados, 2009.
MARTHA Jr., G. B.; VILELA, L.; SANTOS, D. de C. Dimensão econômica da soja na integração lavoura-pecuária. In: REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL. Brasília, DF: Embrapa, 2010.
MARTHA Jr., G. B.; ALVES, E.; CONTINI, E. Dimensão econômica de sistemas de integração lavoura-pecuária. Pesq. Agropec. Bras., v. 46, p. 1117-1126, 2011.
MENDES, I. de C.; REIS Jr., F. B. dos. Uso de parâmetros biológicos como indicadores para avaliar a qualidade dos solos e a sustentabilidade dos agrossistemas. Brasília, DF: Embrapa Cerrados, 2004.
NAIR, P. K. R. State of the art of agroforestry systems. Forest Ecology and Management, v. 45, p. 5-29, 1991.
NETO, S. N. de O. et al. Sistema Agrossilvipastoril: integração lavoura, pecuária e floresta. Viçosa, MG: Sociedade de Investigações Florestais, 2010.
OBSERVATÓRIO DO PLANO ABC. 2016. Disponível em: <http://observatorioabc.com.br/>. Acesso em: 20 jan. 2016.
ONU. Transformando Nosso Mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2015. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>. Acesso em: 20 jan. 2016.
PNUD. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 2015. Disponível em:
<http://www.pnud.org.br/ods.aspx>. Acesso em: 20 jan. 2016.
PORFÍRIO-DA-SILVA, V. A integração “lavoura-pecuária-floresta” como proposta de mudança do uso da terra. In: FERNANDES, E. N.; MARTIN, P. do C.; MOREIRA, M. S. de P.; ARCURI, P. B. (Ed.). Novos desafios para o leite no Brasil. Juiz de Fora, MG: Embrapa Gado de Leite, 2007.
PORFÍRIO-DA-SILVA, V. et al. Arborização de pastagens com espécies florestais madeireiras: implantação e manejo. Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2010.
SACHS, I. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Edições Vértice, 1986.
SCHROEDER, P. Agroforestry systems: integrated land use to store and conserve carbon. Climate Research, v. 3, n. 1, p. 53-60, 1993.
SEROA DA MOTTA, R. Valoração e precificação dos recursos ambientais para uma economia verde. Política Ambiental. Economia Verde: Desafios e Oportunidades, Belo Horizonte, n. 8, p. 179-190, jun. 2011.
SEROA DA MOTTA, R.; DUBEUX, C. B. S. Mensuração nas políticas de transição rumo à economia verde. Política Ambiental. Economia Verde: Desafios e Oportunidades, Belo Horizonte, n. 8, p. 197-207, jun. 2011.
SMITH, P. Malthus is still wrong: we can feed a world of 9”“10 billion, but only by reducing food demand. Proceedings of the Nutrition Society., v. 74, p. 187-190, 2015.
SPEHAR, C. R. Conquista do Cerrado e consolidação da agropecuária. In: PATERNIANI, E. (Ed.) Ciência, agricultura e sociedade. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, p. 19-40. 2006.
STEFFEN, W. et al. Planetary boundaries: Guiding human development on a changing planet. Science, v. 347, 2015.
TRECENTI, R.; OLIVEIRA, M. C. de; HASS, G. (Ed.). Integração lavoura-pecuária-silvicultura: boletim técnico. Brasília: MAPA/SDC, 2008.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). Rethinking the Economic Recovery: A Global Green New Deal. Geneva, Switzerland, 2009a.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). Global Green New Deal Policy. Geneva, Switzerland, 2009b.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). Driving a Green Economy Through Public Finance and Fiscal Policy Reform. Geneva, Switzerland, 2010a.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). A Brief For Policymakers on the Green Economy and Millennium Development Goals. Geneva, Switzerland, 2010b.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). Developing Countries Success Stories. Geneva, Switzerland, 2010c.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). Towards a Green Economy: Pathways to Sustainable Development and Poverty Eradication. Geneva, Switzerland, 2011a.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). Why a Green Economy Matters for the Least Developed Countries. Geneva, Switzerland, 2011b.
VILELA, L. et al. Integração Lavoura-Pecuária. In: FALEIRO, F. G.; NETO; A. L. de F. Savanas: desafios e estratégias para o equilíbrio entre sociedade, agronegócio e recursos naturais. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2008.
YOUNG, C. E. F. Potencial de crescimento da economia verde no Brasil. Política Ambiental. Economia Verde: Desafios e Oportunidades, Belo Horizonte, n. 8, p. 88-97, jun. 2011.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
La presentación de la(s) obra(s) científica(s) original(es) por parte de los autores, como titulares de los derechos de autor de los textos enviados a la revista, de conformidad con la Ley 9.610/98, implica la cesión de derechos de autor de publicaciones impresas y/o digitales a la Revista de Sustenibilidad en Debate de los artículos aprobados para fines de publicación, en un único número de la Revista, autorizando también que la(s) obra(s) científica(s) aprobada(s) se divulguen de forma gratuita, sin ningún tipo de reembolso de derechos de autor, a través del sitio web de a Revista, para leer, imprimir y/o descargar el archivo de texto, a partir de la fecha de aceptación para publicación. Por lo tanto, los autores, al presentar los artículos a la Revista y, en consecuencia, la libre cesión de derechos de autor relacionados con el trabajo científico presentado, son plenamente conscientes de que no serán remunerados por la publicación de los artículos en la revista.Â
La Revista está licenciada bajo una licencia no comercial y sin derivaciones Creative Commons (No permite la realización de obras derivadas) 3.0 Brasil, con el propósito de difundir conocimientos científicos, como se indica en el sitio web de la publicación, que permite el intercambio del texto y el reconocimiento de su autoría y publicación original en esta revista.
Los autores pueden asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de las obras publicadas en la revista Sustenibilidad en Debate (por ejemplo, en un capítulo de libro), siempre que se indique que los textos se publicaron originalmente en esta revista y que se menciona el DOI correspondiente. Se permite y incentiva a los autores a publicar y distribuir su texto online después de su publicación (por ejemplo, en repositorios institucionales o en sus páginas personales).Â
Los autores aceptan expresamente los términos de esta Declaración de Derechos de Autor, que se aplicará a la presentación si es publicada por esta Revista.