O kuduro como expressão da juventude em Portugal:

estilos de vida e processos de identificação

Autores/as

  • Frank Marcon Universidade Federal de Sergipe

Palabras clave:

Kuduro, Juventudes, Identidades, Estilos de Vida, Imigração, Africanos em Portugal

Resumen

O artigo em questão é fruto de uma pesquisa etnográfica realizada em Lisboa, no ano de 2010. O kuduro é um estilo de dança e música que surgiu em Luanda, nos anos 1990, e que chegou a Portugal logo em seguida, por meio das relações entre os imigran­tes com o país de origem: a Angola. O objetivo é compreender como, ao lado de outras formas de expressão cultural juvenis, em Lisboa, o kuduro, assim como o hip-hop, o rap e o reggae, passou a fazer parte integrante do consumo e da produção cultural dos jovens da periferia. Em meio à música e à dança como formas de entretenimento, um univer­so de tensões sociais, étnicas e geracionais faz-se presente e faz emergir interessantes processos de identificação social. A escola, a rua e a Internet tornaram-se os principais espaços de socialização do kuduro, que perpassa um estilo de vida que parece constituir laços de afinidade entre imigrantes e descendentes, tendo como referência o país de origem ou mesmo uma África imaginada pela relação de solidariedade entre descenden­tes da imigração originária dos Países Africanos de Língua Portuguesa. A análise de tais questões está implicada pelas novas dinâmicas dos fluxos contemporâneos transnacio­nais de pessoas, de produtos culturais e de informações, em contextos metropolitanos e pós-coloniais.

Biografía del autor/a

  • Frank Marcon, Universidade Federal de Sergipe

     Doutor em Antro­pologia Social, pela UFSC, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Fe­deral de Sergipe e dos mestrados em Antropologia e em Sociologia da mes­ma universidade. Coordenador do Grupo de Estudos Culturais, Identida­des e Relações Inte­rétnicas.

Publicado

2016-03-01

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

O kuduro como expressão da juventude em Portugal:: estilos de vida e processos de identificação. (2016). Sociedade E Estado, 28(1), 75-90. https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5707

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