Transfeminilidade, tradição e matrigestão nos candomblés: um caso em estudo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v8i2.55951

Palabras clave:

Transfeminidad, Identidad de género, Religiosidad, Tradición, Matrigestión

Resumen

El objetivo de este estudio fue conocer y analizar las prácticas y vivencias religioso-ancestrales de una mujer trans* candomblecista residente en un municipio del interior de São Paulo (Brasil). Se utilizaron los estudios de género de Oyěwùmí (1997;2004; 2016) como marco teórico principal, posibilitando un análisis afro-referenciado del tema. Así, analizando los aportes de las entrevistadas y la literatura utilizada en este artículo, pude identificar tres consideraciones oportunas: a) es necesario entrecruzar lostemas género-transfeminidad-candomblés, especialmente a partir de una lente que considere las bases etimológicas de los cultos a los orixás y sus (re)creaciones en elcontexto afrodiaspórico, b) la discriminación de género es un fenómeno encontrado en muchos terreiros de candomblé, aunque no forme parte de su organización social enesencia, y c) es necesario insistir en el tema, cosiendo nuevas investigaciones sobre cuestiones interseccionales, amplificando las voces de las personas trans* y partiendo de una perspectiva más amplia sobre el género, especialmente para grupos social esculturalmente diversos como los candomblés.

Biografía del autor/a

  • Brasil, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

    Bàbá ìgbín Aládé. Olórí Egbé da Ilé Àṣẹ Òpó Adélékè Òṣàlúfọ́n. Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Mestre em Ciências pela EERP-USP. Bolsista CAPES. Pesquisador Associado ao 'Tierno Bokar: Núcleo de pesquisas e estudos sobre o fenômeno religioso' (IH - UNILAB/CNPq).

Referencias

ANI, M. Yurugu: An African-centered critique of European cultural thought and behavior. Trenton: Africa World Press, 1994.

ARAÚJO, P. C. “Awo Òrìsà: o segredo ritual como fonte do poder dos ègbónmi”. Revista Nures, n. 22, p. 1-23, 2012.

ARAÚJO, P. C. Segredos do Poder: hierarquia e autoridade no candomblé. São Paulo: Arché, 2018.

BARROS, J. F. P; TEIXEIRA, M. L. L. (Org.) “O código do corpo: inscrições e marcas dos orixás. In: MOURA, C. E. M.”. Meu sinal está no corpo. São Paulo: EDICON/EDUSP, 1989. p. 36-62.

BENTO, B. A Reinvenção do Corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

BRASIL. Lei nº 12.288, de julho de 2010. Institui o Estatuto da Igualdade Racial. Brasília, DF, 2010.

CAPONE, S. A Busca da África no Candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2004.

CARNEIRO, E. Candomblés da Bahia. 9 ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008.

DIAS, C. S. Identidades trans* e Vivências em Candomblés de Salvador: entre aceitações e rejeições. 2017. Dissertação (Mestrado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo), Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2017.

DIAS, C.; COLLING, L. “Resistências e rejeições nas vivências de pessoas trans no Candomblé da Bahia”. Ex aequo, v. 38, p. 95-110, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.22355/exaequo.2018.38.07.

FLOR DO NASCIMENTO. W. “Sobre os candomblés como modo de vida: imagens filosóficas entre Áfricas e Brasis”. Ensaios Filosóficos, v. XIII, p. 153-170, 2016.

FLOR DO NASCIMENTO, W. “Transgeneridade e Candomblés: notas para um debate”. Revista Calundu, v. 3, n. 2, p. 123-141, 2019.

GAIA, R. S. P. “Ancestralidade, comensalidade e equilíbrio dos corpos: a festa do Olùbàje em um terreiro de candomblé Ketu”. In: ARAÚJO, P. C.; GAIA, R. S. P. (Orgs.). Religiões e Culturas Alimentares: do cuidado ao controle dos corpos. Florianópolis: Fogo Editorial, 2023. p. 234-246.

GAIA, R. S. P. Mulheres transexuais no Candomblé Ketu em Ribeirão Preto-SP: costuras identitárias na interface com a saúde mental. 2021a. Dissertação (Mestrado em Enfermagem Psiquiátrica), Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. 2021.

GAIA, R. S. P. “Sobre a construção dos vínculos ancestrais-religiosos nos candomblés: (des)afetos, hierarquia e coletividade”. Revista Latino-Americana de Estudos Científico. v. 2, n. 7, p. 47-55, 2021b.

GAIA, R. S. P.; VITÓRIA, A. S.; ROQUE, A. T. Candomblé no Brasil: resistência negra na diáspora africana. Jundiaí: Paco Editorial, 2020.

JORGE, M. A. C. Travassos, N. P. Transexualidade: o corpo entre o sujeito e a ciência. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.

NJERI. AZA. “Mulherismo Africana”. In: Katiúscia Ribeiro Mulherismo Africana: Katúscia Ribeiro e Aza Njeri – Programa Ciência & Letras. YouTube. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wFKi_GrZXak.

KILEURY, O.; OXAGUIÃ, V. O Candomblé Bem Explicado: naçõeṣ Bantu, Iorubá e Fon. Rio de Janeiro: Pallas, 2009.

LEMOS, K. S. No Candomblé, Quem é Homem e Quem Não é?. Rio de Janeiro: Metanoia, 2019.

LEMOS, K. S. “O corpo transmasculino como um campo de batalha: espaços de narrativas e construções tecno-semióticas”. Revista Estudos Transviades, v. 1, n. 1, p. 119-127, 2020.

MESQUITA, R. R. “Entre homens, mulheres e deuses: identidade, gênero e (homo) sexualidade no contexto religioso afro-brasileiro”. Revista Gênero, v. 4, n. 2, p. 95-117, 2004.

NASCIMENTO, A. O Genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2016. (Original publicado em 1978)

NONATO, G. “O Candomblé na visão de uma travesti.” In: Medium. 2017. Disponível em: https://medium.com/@giunonato/o-candombl%C3%A9-na-vis%C3%A3o-de-uma-travesti-f2d8d1118b79.

OYĚWÙMÍ, O. “Conceptualizing Gender: the Eurocentric Foundations of Feminist Concepts and the challenge of African Epistemologies”. African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms. CODESRIA Gender Series. Volume 1, Dakar, CODESRIA, 2004.

OYĚWÙMÍ, O. The Invention of Women: making an african sense of western gender discourses. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997.

OYĚWÙMÍ, O. What Gender is Motherhood: changing Yorùbá ideals of power, procreation, and identity in the age of modernity. New York: Palgrave Macmillan, 2016.

PERLONGHER, N. O. O negócio do michê: prostituição viril em São Paulo. 1986. Dissertação. (Mestrado em Antropologia Social). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP. 1986.

PRANDI, R. “As religiões afro-brasileiras e seus seguidores”. Civitas – Revista de Ciências Sociais, v. 3, n. 1, p. 15-33, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2003.1.108.

PRANDI, R. “Exu, de mensageiro a diabo: sincretismo católico e demonização do orixá Exu”. Revista USP, v. 50, p. 46-65, 2001. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i50p46-63.

PRANDI, R. Os Candomblés de São Paulo: a velha magia na metrópole nova. São Paulo: Editora HUCITEC, 1991.

SILVA, V. G. Candomblé e Umbanda: caminhos da devoção brasileira. 5 ed. São Paulo. Selo Negro, 2005.

STAKE, R. E. The Art of Case Study Research. London: SAGE Publications, 1995.

VERGER, P. F. Orixás: Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. Trad. M. A. Nóbrega. Salvador: Corrupio, 2002. (Original publicado em 1981).

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Trad. D. Grassi. Porto Alegre: Artmed, 2001.

Publicado

2025-02-02

Cómo citar

Transfeminilidade, tradição e matrigestão nos candomblés: um caso em estudo. (2025). Revista Calundu, 8(2), 62-74. https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v8i2.55951