A Negritude como Memória, Revolta e Solidariedade em Aimé Césaire
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv14n3.2020.32682Palabras clave:
Aimé Césaire, Negritud, Pensamiento Caribeño, Historia de los Conceptos.Resumen
Considerado uma das contribuições mais importantes e características do pensamento caribenho, o conceito de Negritude é geralmente traduzido como uma reação ao colonialismo francês e uma glorificação da identidade das culturas e sociedades africanas. No entanto, desde que Aimé Césaire o apresentou, o conceito internacionalizou-se e não parou o seu movimento de criação contínua, transformando e expandindo o seu significado original, o que tem gerado muitas controvérsias na sua interpretação. A fim de contribuir para o debate sobre o que seria a Negritude para Aimé Césaire, neste artigo propomos investigar o conceito a partir da análise das obras e entrevistas mais importantes do autor à luz da História dos Conceitos de Reinhart Koselleck. O objetivo é examinar os significados dados por Césaire desde o aparecimento do termo pela primeira vez em 1935, no seu artigo Nègrerie: jeunesse noire et assimilation, até o seu Discurso sobre Negritude de 1987. Césaire apresenta a Negritude como uma memória coletiva, uma revolta necessária contra o reducionismo europeu, uma consciência da diferença, e como fidelidade e solidariedade. Veremos que o conceito de Negritude de Césaire não pode ser compreendido se não for relacionado com sua crítica ao colonialismo e que a questão identitária deve também estar vinculada aos seus conceitos de memória e solidariedade. No entanto, mais do que ideologia política, mais do que retórica identitária, veremos que, para compreender a complexidade e alcance do conceito, é necessário, como queria Césaire, considerá-lo do ponto de vista literário e poético e como uma ética pessoal.
Referencias
AMIN, Samir. “De la crítica del racialismo a la crítica del eurooccidentalismo culturalista”. In: CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre el Colonialismo. Madrid: Ediciones Akal, 2006, p. 95 - 146.
BERND, Zilá. O que é Negritude. Coleção Primeiros Passos, n. 209, São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.
CÉSAIRE, Aimé. Cahier d’un retour au pays natal. Publicado pela primeira vez, parcialmente na Revista Volontés, Paris, 1939. Paris: Présence africaine, 1956.
______. Diário de um retorno ao país natal, São Paulo: EdUsp, 2012.
______. Lettre à Maurice Thorez, Paris: Éditions Présence africaine, 1956.
______. Discours sur le colonialisme, Paris: Éditions Présence africaine, 1955.
______. Culture et Colonisation, communicação de Aimé Césaire no Primeiro Congresso International dos Escritores e Artistas negros, Paris: Sorbonne, 19-22 setembro 1956, Revue Présence africaine, n° spécial, 190-205.
______. Nègre je suis, nègre je resterai, Entretiens avec Françoise Vergès. Paris: Éditions Albin Michel, 2005.
______. “Discurso sobre la negritud. Negritud, etnicidad y culturas afroamericanas”. Tomado de Discurso sobre el colonialismo, Madrid: Ediciones Akal, 2006.
______. “Négrerie: jeunesse et assimilation”, Les Temps Modernes, n. 676, 2013, p. 246 – 248.
CONFIANT, Raphaël. Aimé Césaire: une traversée paradoxale du siècle. Paris: Éditions Stock, 1993.
DEPESTRE, Rene. Bom dia e adeus a negritude. Trad. de Maria Nazareth Fonseca e Ivan Cupertino. Disponivel em: http://www.ufrgs.br/cdrom/depestre/depestre.pdf.
DOMINGUES, Petrônio. “Movimento da negritude: uma breve reconstrução histórica”, Mediações – Revista de Ciências Sociais. Londrina, vol. 10, nº 1, jan.-jul. 2005, p. 25 – 40. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/viewFile/2137/2707.
ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminacao nas poeticas contemporaneas. Sao Paulo: Perspectiva, 2008.
FONKOUA, Romuald. « Aimé Césaire. La chair des mots, une conscience noire du XXème siècle », Cahiers d’Études Africaines, 2008/3, n. 191, pp. 399 – 412.
GARCIA, Félix Valdés. “Las trampas del color. La negritud como concepto del pensamiento del Sur”. s/d.
______. La in-disciplina de Caliban. Filosofia en el Caribe más allá de la academia. La Habana: Editorial filosofi@.cu, 2017.
GROSFOGUEL, Ramon. “Actualidad del pensamiento de Césaire : redefinición del sistema-mundo y producción desde la diferencia colonial”. In: CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre el Colonialismo. Madrid: Ediciones Akal, 2006, p. 147 – 172.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
KESTELOOT, Lilyan. Les Grandes Figures de la négritude. Paris: Éditions L’Harmattan, 2006.
______. Comprendre le Cahier d’un retour au pays natal d’Aimé Césaire. Paris: Les Classiques africains, 1982.
KHALFA, Jean. « La naissance de la Négritude », Les Temps Modernes, 2009/5, n. 656, pp. 38 – 63.
KISUKIDI, Nadia Yala. « Négritude et philosophie », Rue Descartes, 2014/4 n° 83, p. 1-10.
______. “La negritud y las politicas del universal”, Revista Latinoamericana del Colegio Internacional de Filosofía, n. 01, 2016, pp. 107 – 121. Disponível em: http://www.revistalatinoamericana-ciph.org/wp-content/uploads/2016/11/Kisukidi-RLCIF1.pdf.
KOSELLECK, Reinhart. “Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos”. Estudos Históricos, vol. 5, n. 10. Rio de Janeiro, 1992, pp. 134 – 146.
______. Futuro passado: contribuição a uma semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
MALDONADO-TORRES, Nelson. “Aimé Césaire y la crisis del hombre europeo”.In: CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre el Colonialismo. Madrid: Ediciones Akal, 2006, p. 174 – 196.
MBEMBE, Achille. “Aimé Césaire: le volcan s’est éteint” , Médiapart, 21 de abril de 2008. Disponível em: https://blogs.mediapart.fr/achille-mbembe/blog/210408/aime-cesaire-le-volcan-s-est-eteint.
MIGNOLO, Walter D. “El giro gnoseológico decolonial : la contribucción de Aimé Césaire a la geopolítica y la corpo-política del conocimiento”. In: CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre el Colonialismo. Madrid: Ediciones Akal, 2006, p. 197 – 221).
MUNANGA, Kabengele. Negritude. Usos e Sentidos, 3a. ed., Coleção Cultura Negra e Identidades. São Paulo/Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2009.
OLIVA, María Elena. La negritud, el indigenismo y sus intelectuales: Aimé Césaire y Fausto Reinaga. Santiago de Chile: Universitaria, 2014.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
ROYNETTE, Claude. “À propos de négritude: Senghor et Fanon”, VST – Vie sociale et traitements, 2005/3, nº 87, p. 70 – 72. Disponível em: http://www.cairn.info/resume.php?ID_ARTICLE=VST_087_0070.
SARTRE, Jean-Paul. “O Orfeu Negro”. In: Reflexões sobre o racismo, 2° ed. São Paulo: Difel, 1960.
SENGHOR, Léopold S. “Qu’est-ce que la négritude? ”, Études françaises, Volume 3, numéro 1, 1967.
VIANNA NETO, Arnaldo Rosa. “A Negritude de Aimé Césaire », Conserveries Mémorielles [En ligne], 2007. Disponível em: https://cm.revues.org/133.
VERGÈS, Françoise. “Aimé Césaire et la lutte inachevée”, Alea, volume 11, n. 1, jan.-junho 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/alea/v11n1/v11n1a03.pdf.
WALLERSTEIN, Immanuel. “Aimé Césaire: colonialismo, comunismo y negritud”. In: CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre el Colonialismo. Madrid: Ediciones Akal, 2006, p. 7 – 12.
Documentário/Fonte audiovisual
Aimé Césaire: une voix pour l’histoire. (1994), Direção de Euzhan PALCY. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yhhnpv_fGlg&t=2741s.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
La materia publicada es propiedad de la Revista, pudiendo ser reproducida total o parcialmente con indicación de la fuente.
Copyright: Los autores serán responsables de obtener el copyright del material utilizado.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a. Los autores mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
b. Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
c. Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado (Vea el efecto del aceso libre)













