Território, patrimônio cultural e bioética: diálogos por uma perspectiva decolonial

Authors

  • Flora Campos Barros Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
  • Ana Júlia Tomasini Universidade de Brasília
  • Renata Bernardes David Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.24534

Keywords:

Território. Patrimônio Cultural. Bioética. Bioética de Intervenção. Decolonialidade.

Abstract

Para o Geógrafo Milton Santos, o território é formado na interação de fluxos e fixos, em uma relação entre aspectos físicos, sociais e simbólicos. Nessa perspectiva o território não é isento nas relações de poder, ao contrário, é no espaço e tempo que as situações da vida se desenrolam através do cotidiano, no espaço geográfico de produção e reprodução da vida. Na modernidade, atual fase da globalização, se pretende unificar o discurso, as formas de pensar, ser, vestir, querer e amar, em busca de uma universalidade. Esta unificação se dá a partir de um discurso capitalista com padrão eurocêntrico, que considera os países ditos desenvolvidos como espelhos para todos os outros, negando ou não considerando as especificidades socioterritoriais, pretendendo nos universalizar e nos tornar mais vendáveis ao mercado, mas sempre nos separando enquanto seres sociais em nossas diferenças.

Author Biographies

  • Flora Campos Barros, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

    Mestranda no programa de Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do IPHAN.

  • Ana Júlia Tomasini, Universidade de Brasília


    Doutoranda na Cátedra Unesco de Bioética ”“ Universidade de Brasília.

  • Renata Bernardes David, Fundação Oswaldo Cruz


    Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

References

Bastos, R. L. Patrimônio, Memória, Direito Cultural e Território. In: NOGUEIRA, J. C.; NASCIMENTO, T. T. DO (Org.). Patrimônio cultural, territórios e identidades. Florianópolis: Atilènde, 2012.

Garrafa V. De una “bioética de princípios” a una “bioética interventiva” crítica y socialmente comprometida. Rev Argent Cir Cardiovasc. 2005;3(2):99-103.

MIGNOLO, W. D. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF, n. 34, p. 38, 2008.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005. p. 27.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 26ª Ed: Record, 2000.

Published

2019-04-12

How to Cite

Território, patrimônio cultural e bioética: diálogos por uma perspectiva decolonial. (2019). Revista Brasileira De Bioética, 14(edsup), 58. https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.24534