O PRINCÍPIO DA INÉRCIA É RELATIVAMENTE/FUNCIONALMENTE A PRIORI?
aspectos constitutivos do conhecimento científico e a teoria funcional do a priori
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v8i16.26983Palavras-chave:
Filosofia da Ciência. A Priori Relativizado. Teoria Funcional do A Priori. Michael Friedman. Arthur Pap.Resumo
Neste artigo, busca-se uma reconstrução racional e apropriação crítica da caracterização feita a partir da teoria funcional do a priori de Arthur Pap (1943, 1944 & [1946] 1968) do status ou estatuto epistêmico do princípio da inércia. O principal objetivo é revitalizar o autor, que permaneceu marginal em um debate em relação ao qual sua obra se mostra fecunda. Para tal propósito, a teoria funcional do a priori é apresentada em linhas gerais e é apresentado também o debate em torno do qual se caracteriza o conhecimento dos princípios mais basilares das ciências naturais como relativamente/funcionalmente a priori. Após a apresentação de seu pano de fundo, o princípio da inércia é caracterizado a partir da concepção funcional do a priori de modo contextual: no contexto em que o princípio da inércia é tomado como critério para determinar o “movimento real” de objetos, a física newtoniana, ele é conhecido a priori. No sentido de condição de acesso cognitivo ou inteligibilidade, portanto, ele funciona como se fosse a priori (é constitutivo dos objetos conhecidos).
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