A RACIONALIDADE ANTROPOLÓGICA

a moral histórica em Rousseau

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v11i24.46046

Palavras-chave:

Rousseau. Razão. Moralidade.

Resumo

O objetivo do presente artigo é discutir a moralidade intrínseca ao desenvolvimento histórico da razão segundo Rousseau. Explora-se, conjuntamente, o lastro antropológico da obra de Rousseau, de acordo com a análise da antropologia moderna. Neste contexto, busca-se defender que, segundo Rousseau, consciência e razão são sociais e históricas, uma vez que seu desenvolvimento depende do contato contínuo com o ‘outro’, dialogicamente. Por isso, a razão é sempre moral, pois se desenvolve historicamente a partir do contato constante com o ‘outro’. Por fim, busca-se apresentar que a moralidade é intrínseca tanto ao conteúdo dos escritos, quanto à leitura da unidade da obra de Rousseau.

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Biografia do Autor

  • Gabriel Lazaro, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

    Graduando em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) - Campus Marília (FFC). É Membro do grupo de estudos Filosofia e Democracia (FIDEMO) e desenvolve pesquisa de iniciação científica financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) denominada: "O nascimento da justiça: uma análise sobre a razão comparativa no Segundo Discurso de Rousseau". Ademais, possui interesse em Filosofia Moderna, com ênfase em Rousseau, Condillac, Locke e Hobbes.

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Publicado

26-06-2023

Edição

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Artigos

Como Citar

A RACIONALIDADE ANTROPOLÓGICA: a moral histórica em Rousseau. (2023). PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 11(24), 42-61. https://doi.org/10.26512/pl.v11i24.46046