Patrimonialização e circuitos espaciais produtivos do Museu do Amanha, Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v3i5.25518Palavras-chave:
Espaço. patrimonialização. patrimônio cultural. circuito espacial produtivo. Museu do Amanhã.Resumo
Em tempos de globalização, o artigo propõe a aplicação do conceito de circuitos espaciais produtivos como procedimento metodológico para a análise da patrimonialização no mundo contemporâneo. O contexto em discussão envolve inter-relações dos projetos de reestruturação urbana com bens patrimoniais e, como estratégia de city marketing, políticas de patrimonialização que se valem da proliferação de equipamentos culturais, tombados ou não, para participar ativamente da indústria cultural globalizada. Por meio de pesquisa visando identificar os circuitos espaciais produtivos envolvidos na construção e operação do Museu do Amanhã, o estudo compreende a espacialização dos agentes envolvidos nessas atividades, bem como o papel desempenhado por organizações nacionais e internacionais responsáveis pela produção desse novo ícone da paisagem e do imaginário carioca.
Downloads
Referências
Almeida, J. F. G. (2012). Edifícios icônicos e lugares urbanos. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Recuperado de https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/60595.
Arroyo, M. (2008). A economia invisível dos pequenos. Le Monde Diplomatique Brasil, p. 31. Recuperado de https://diplomatique.org.br/a-economia-invisivel-dos-pequenos/.
Barrios, S. (1980). Metodologia para el Diagnóstico Regional: MORVEN. Caracas: CENDES. [Versão digital] Recuperado de http://www.ucv.ve/organizacion/vrac/gerencia-de-investigacion-cientifica-y-humanistica/cendes/publicaciones/textos-completos-cendes.html.
Barrios, S. (1986) A produção do espaço. In Souza, M. A. A. de & Santos M. (Eds.), A construção do espaço (pp. 1”“24). São Paulo: Nobel.
Carlos, C. A. S. L. (2010). Um olhar crítico à zona portuária do Rio de Janeiro. Bitacora 17 (2), 23-54. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia. Recuperado de https://portomaravilhaparaquem.wordpress.com/2012/05/06/uma-olhar-critico-a-zona-portuaria-do-rio-de-janeiro/.
Castillo, R., & Frederico, S. (2010). Espaço geográfico, produção e movimento: uma reflexão sobre o conceito de circuito espacial produtivo. Sociedade & Natureza, 22(3), 461”“474. doi: https://doi.org/10.1590/S1982-45132010000300004.
Choay, F. (2006). Alegoria do patrimônio. (4a Edição). São Paulo: Estação Liberdade - UNESP.
De Bona, L. & Silva Neto, M. L. (2018). A Construção de (no) Patrimônio: Considerações sobre o Museu do Amanhã ”“ RJ. En Anais do V Encontro Nacional Da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa Em Arquitetura e Urbanismo ”“ ENANPARQ (5216”“5238). Recuperado de https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/27744/4/eixo-3.pdf
De Bona, L. & Silva Neto, M. L. (2019). Por uma outra patrimonialização das belas paisagens cariocas: ou, pequenos achados de pesquisa sobre o Porto. En Anais do XVIII Encontro Nacional Da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa Em Planejamento Urbano e Regional ”“ ENANPUR, (1”“35). Recuperado de http://anpur.org.br/xviiienanpur/anaisadmin/capapdf.php?reqid=1109
De Bona, L. (2018). Do Porto Maravilha ao Cais: patrimonialização e globalização na zona portuária do Rio de Janeiro. (Dissertação de Mestrado). Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinias. Recuperado de http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/handle/tede/1203.
Díaz Parra, I. & Salinas Arreortua, L. A. (2016). La producción del consumidor: Valorización simbolica y gentrificación en el centro de la Ciudad de México. Andamios, 13(32), 107-130. Recuperado de http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-00632016000300107&lng=es&tlng=es.
Fernandes, A. (2006). Cidade e cultura: rompimento e promessa. En Jeudy, H.P. & Jacques, P. B. (Eds.), Corpos e cenários urbanos: territórios urbanos e cenários culturais (pp. 51-66). Salvador: EDUFBA - PPG-AU - FAUFBA.
Gomes, T. M. (2003). Para além da casa da Tia Ciata: outras experiências no universo cultural carioca, 1830-1930. Afro-Ásia (29/30) 175-198.
Hobsbawm, E. J. & Ranger, T. (2015). A invenção das Tradições. (10ª Edição). São Paulo: Paz na Terra.
Jeudy, H. P. (2005). Espelho das Cidades. Rio de Janeiro: Casa da Palavra.
Lefebvre, H. (2013). La producción del espacio, Madrid: Capitan Swin.
Leite, R. P.; Peixoto, P. (2009). Políticas urbanas de patrimonialização e contrarrevanchismo: o Recife Antigo e a Zona Histórica da Cidade do Porto. In: Cadernos Metrópole (21) 93-104. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/5957
Lynch, K. (1997). A imagem da cidade. São Paulo: Ed. Martins Fontes.
Moreira, C. C. (2004). A cidade contemporânea entre a tabula rasa e a conservação: cenários para o porto do Rio de Janeiro. São Paulo: UNESP.
Nora, P. (1993). Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História (10), 7-28. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101.
Paes-Luchiari, M. T. D. (2005). A reinvenção do patrimônio arquitetônico no consumo das cidades. GEOUSP ”“ Espaço e tempo (17), 95”“105. Recuperado de http://geografia.fflch.usp.br/publicacoes/Geousp/Geousp17/Artigo6_Maria.pdf.
Santos, M. (1986). Circuitos espaciais de produção: um comentário. En Souza, M. A. A. de & Santos, M. (Eds.), A construção do espaço (pp. 121”“134). São Paulo: Nobel.
Santos, M. (1993). A aceleração contemporânea: tempo-mundo e espaço-mundo. Boletim Geográfico, 19, 1-10. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4997807
Santos, M. (1999). O território e o saber local: algumas categorias de análise. Cadernos Ippur, XIII(2), 15”“26. Recuperado de https://revistas.ufrj.br/index.php/ippur/issue/viewFile/277/86.
Santos, M. (2014). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção (4a Edição). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
Silva, M. L. P., Andrade, L. S. & Canedo, J. (2012). Múltiplas faces do porto do Rio ou Onde reside a maravilha: a riqueza socioespacial da moradia popular. In: Vaz, L. F. & Rezende, V. F. & Machado, D. P. (Eds.) Centros Urbanos: transformações e permanências (pp. 73-91). Rio de Janeiro: PROURB - FAU - UFRJ - CASA8.
Stöhr, W. (1981). Desarrollo desde abajo: el paradigma de desarrollo de abajo hacia arriba, y de la periferia hacia adentro. Documento CPRD-D/80 Do Programa de Capacitación ”“ Instituto Latinoamericano de Planificación Económica y Social. Chile: Naciones Unidas ”“ CEPAL - ILPES.
Torelly, L. P. (2012). Patrimônio cultural: Notas sobre a evolução do conceito. Arquitextos, 13 (149.04). Recuperado de http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.149/4539.
Vainer, C. B. (2000). Pátria, empresa e mercadoria: notas sobre a estratégia discursiva do Planejamento Estratégico Urbano. In O. Arantes & C. B. Vainer & E. Maricato (Eds), A cidade do pensamento único: desmanchando consensos (pp. 75”“104). Petrópolis: Vozes.
Vaz, L. F. (2004). A “culturalização” do planejamento e da cidade: novos modelos? Cadernos PPG-AU/UFBA, 3(Edição Especial). Recuperado de https://portalseer.ufba.br/index.php/ppgau/article/view/1685.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Informamos que a Revista Patryter está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDer
Autores que publicam na Revista PatryTer concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição (CC BY) o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- A contribuição é original e inédita, não está sendo avaliada para publicação por outra revista. Quando da submissão do artigo, os(as) autores(as) devem anexar como documento suplementar uma Carta dirigida ao Editor da PatryTer, indicando os méritos acadêmicos do trabalho submetido [relevância, originalidade e origem do artigo, ou seja, oriundo de que tipo de investigação]. Essa carta deve ser assinada por todos(as) os(as) autores(as).
- Autores cedem os direitos de autor do trabalho que ora apresentam à apreciação do Conselho Editorial da Revista PatryTer, que poderá veicular o artigo na Revista PatryTer e em bases de dados públicas e privadas, no Brasil e no exterior.
- Autores declaram que são integralmente responsáveis pela totalidade do conteúdo da contribuição que ora submetem ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores declaram que não há conflito de interesse que possa interferir na imparcialidade dos trabalhos científico apresentados ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não- exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).