Uma leitura do patrimônio goiano: perspectivas escalares e metodológicas
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v1i1.7085Palabras clave:
Patrimônio, Goiás, Escala de Análise, LugarResumen
O artigo sintetiza as perspectivas escalares e metodológicas que direcionaram a tese intitulada “Lugar e memória: o patrimônio goiano entre o “esquecimento” e a resistência”. Os procedimentos metodológicos seguiram de pesquisa bibliográfica, histórica e documental, e a base empírica ocorreu em trabalhos de campo de forma localizada e aprofundada em três cidades goianas, no Centro-Oeste brasileiro. A primeira análise escalar diz respeito à modernização do território goiano, que conduziu ao abandono muitas localidades do patrimônio, mediante a distância econômica e sociocultural em relação à s centralidades em desenvolvimento. A segunda escala refere-se à dimensão do lugar nas cidades, cujas quais consideramos detentoras de um patrimônio vivo e vivido no cotidiano, onde são identificadas as memórias individuais e coletivas associadas a objetos, manifestações culturais, tradições, saberes e localidades. A análise nessas diferentes perspectivas mostraram uma dinâmica própria de resistência do patrimônio de Goiás em muitas de suas cidades. Ainda que não permaneça na materialidade, ou não se inclua nos projetos de patrimonialização nacionais, esse patrimônio se mantém no mundo vivido: valores, práticas simbólicas, lembranças e vivência cotidiana, se manifestando não pelo viés da patrimonialização, mas sim, da patrimonialidade.
Descargas
Referencias
Bertrand, P. (2006). A memória consútil e a modernidade. Revista UFG, VIII (1), pp. 62 ”“ 67. Recuperado de http://www.proec.ufg.br/up/694/o/memoria.pdf
Bosi, E. (1992). Memória da cidade: lembranças paulistanas. In M. C. P. Cunha (Org.), O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania (pp. 145-149). São Paulo-SP: Departamento do Patrimônio Histórico/ SMC/ Prefeitura do Município de São Paulo.
Bosi, E. (1994). Memória e sociedade: lembrança dos velhos. São Paulo, SP: Companhia das letras.
Buttimer, A. Apreendendo o dinamismo do Mundo Vivido. In A. Christofoletti (Org.), Perspectivas da Geografia (pp. 165 ”“ 93). São Paulo, SP: Difel.
Chaul, N. F. (2010). Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. Goiânia, GO: Ed. UFG.
Chaveiro, E. F. (2004). A Urbanização do Sertão Goiano e a Criação de Goiânia. In H. Gomes (Org.), O Espaço Goiano: abordagens geográficas (pp. 93-144). Goiânia, GO: AGB.
Chuva, M. (2009). Os arquitetos da memória: sociogênese das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: UFRJ.
Chuva, M. (2012). Preservação do patrimônio cultural no Brasil: uma perspectiva histórica, ética e política. In M. Chuva & A. G. R. Nogueira (Orgs.), Patrimônio cultural: políticas e perspectivas de preservação no Brasil, (pp. 67 ”“ 74). Rio de Janeiro, RJ: Mauad X: FAPERJ.
Coelho, G. N. (1996). Goiás: uma reflexão sobre a formação do espaço urbano. Goiânia, GO: Ed. UCG.
COSTA, E. B. (2015). Cidades da Patrimonialização Global: simultaneidade totalidade-urbana ”“ totalidade-mundo. São Paulo, SP: Humanitas, FAPESP.
COSTA, E. B. (2016). Utopismos patrimoniais pela América Latina, resistências à colonialidade do poder. In Anais do XIV Colóquio Internacional de Geocrítica (pp. 1-30, v. 1). Barcelona: Universitat de Barcelona.
COSTA, E. B. (2017). Ativação popular do patrimônio territorial na América Latina: notas teórico-metodológicos. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, 26 (2). Recuperado de http://www.scielo.org.co/pdf/rcdg/v26n2/0121-215X-rcdg-26-02-00053.pdf
COSTA, E. B. & Scarlato, F. C. Patrimônio da Humanidade: universalismo de um apoderamento territorial soberano. In E. B. Costa, L. B. Brusadin & M. C. Pires (Orgs.). Valor patrimonial e turismo: limiar entre história, território e poder, (pp.103 ”“ 136). São Paulo, SP: Outras Expressões.
Etzel, E. ( 1974). O barroco no Brasil: psicologia e remanescentes em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. São Paulo, SP: Melhoramentos.
Fonseca, M. C. L. (1997). O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Ed. UFRJ: IPHAN.
Guimarães, R. (2012). A região norte e a historiografia: insulamento e decadência como categorias explicativas da história da província e do estado de Goiás. In Anais do Simpósio Internacional de História Pública (pp. 60 ”“ 71). São Paulo, SP: RBHP.
Jodelet, D. (2009). A cidade e a memória. In V. Del Rio, C. Rose & P. A. Rheingantz (Orgs.), Projeto do Lugar: colaboração entre Psicologia, Arquitetura e Urbanismo, (p. 31 - 43). Rio de Janeiro, RJ: Contracapa.
Lima, L. N. M. (2017). Lugar e memória: o patrimônio goiano entre o “esquecimento” e a resistência (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade de Brasília, Brasília-DF.
Lima Filho, M. F. (2009). Da Matéria ao Sujeito: inquietação patrimonial brasileira. Revista de Antropologia (USP), 52 (2), pp. 605 ”“ 632. Recuperado de https://www.revistas.usp.br/ ra/article/view/27320/29092
Lowenthal, D. (1996). Possessed by the past: the heritage crusade and the spoils of History. Nova York: The Free Press.
Luchiari, M. T. D. P. (2005). A reinvenção do patrimônio arquitetônico no consumo das cidades. GEOUSP ”“ Espaço e Tempo, (17), pp. 95 - 105. Recuperado de https://pt.scribd.com/document/59395281/Reinvencao-do-patrimonio-Maria-Tereza
Luchiari, M. T. D. P. (2006). Patrimônio cultural: uso público e privatização do espaço urbano. Geografia (Rio Claro), 31 (1), pp. 47 - 60. Recuperado de http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/1339/2042
Marandola Jr., E. (2014). Sobre ontologias. In E. Marandola Jr., W. Holzer & L. Oliveira (Orgs), Qual o espaço do lugar?: geografia, epistemologia, fenomenologia, (pp. III ”“ XVII). São Paulo, SP: Perspectiva.
Merleau-Ponty, M. (1999). Fenomenologia da percepção. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Oliveira, A. M. V. (2010). Fazendas Goianas: a casa como universo de fronteira. Goiânia, GO: Ed. UFG.
Ortiz, R. (2012). Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo, SP: Brasiliense.
Paes, M. T. D. (2012). Refuncionalização turística de sítios urbanos históricos no Brasil: das heranças simbólicas à reprodução de signos culturais. Geografia (Rio Claro), 37 (2), pp. 319-334. Recuperado de http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/ article/view/7695/5758
Paes, M. T. D. (2015). As cidades coloniais brasileiras: ideologias espaciais, valores histórico, urbanístico e cultural. GEOgraphia, 17 (33), pp. 41 ”“ 68. Recuperado de http://www.geographia.uff.br/index.php/geographia/article/viewFile/786/525
Pelegrini, S. C. A. (2006). O patrimônio cultural no discurso e na lei: trajetória do debate sobre a preservação no Brasil. Patrimônio e Memória, 2 (2), pp. 54-77. Recuperado de http://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/37/445
Poulot, D. (2009). Uma história do patrimônio no Ocidente. São Paulo, SP: Estação Liberdade.
Tuan, Y. F. (2013). Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. Londrina, PR: Eduel.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 PatryTer

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Informamos que la Revista Patryter tiene licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinDerivaciones 4.0 Licencia internacional (CC BY 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
- Los autores y autoras que publiquen en la Revista PatryTer concuerdan con los siguientes terminos: - Los autores o autoras mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo Creative Commons Attribution License (CC BY), lo que permite compartir la publicación con reconocimiento de autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
- La contribución es original e inédita, no está siendo evaluada para publicación por otra revista. En el momento del envío del artículo, los(las) autores(as) deben anexar como documento adicional una Carta dirigida al Editor de la Revista PatryTer, indicando los méritos académicos del trabajo enviado [relevancia, originalidad y origen del articulo, o sea, proveniente de que tipo de investigación]. Esta carta debe ser firmada por todos(as) los(las) autores(as)
- Los autores o autoras ceden los derechos de autor del presente trabajo a la evaluación del Consejo Editorial de la Revista PatryTer, que podrá encaminar el articulo en la Revista PatryTer y en bases de datos públicas e privadas, en Brasil y en el exterior.
- Los autores o autoras declaran que son integralmente responsables por la totalidad del contenido de la presente contribución enviada al Consejo Editorial de la Revista PatryTer.
- Los autores o autoras declaran que no existe conflicto de intereses que pueda interferir em la imparcialidad de los trabajos científicos presentados al Consejo Editorial de la Revista PatryTer.
- Los autores o autoras tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente para distribución no- exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.