Editorial: Paisagens de poder

Luciana Saboia Fonseca Cruz; Carolina Pescatori Candido da Silva; Leandro de Sousa Cruz; Maria do Carmo Lima de Bezerra

doi:10.18830/1679-09442024v17e53376

Auteurs-es

Luciana Saboia Fonseca Cruz Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo https://orcid.org/0000-0002-9169-0515
Carolina Pescatori Candido da Silva Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo https://orcid.org/0000-0002-4361-2598
Leandro de Sousa Cruz Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo https://orcid.org/0000-0002-1305-9306
Maria do Carmo Lima de Bezerra Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo https://orcid.org/0000-0002-7736-5265

DOI :

https://doi.org/10.18830/1679-09442024v17e53376

Mots-clés :

Cidades capitais, Cidades novas, Urbanismo Moderno, Urbanismo da Paisagem

Résumé

No século XX, diversas cidades capitais foram projetadas e construídas com base em novos princípios de planejamento, sendo a paisagem um importante meio para esta nova configuração urbana. O urbanismo modernista, diretamente relacionado com as vanguardas artísticas e arquitetônicas, priorizou soluções para problemas urbanos através de arranha-céus, espaços verdes e de uma infraestrutura integrada tendo os sistemas de transporte no centro do debate. No entanto, muitas foram as críticas que apontaram a falta de consideração de aspectos sociais, ambientais e culturais, resultando em uma separação entre planejamento urbano e desenho urbano. Capitais como Canberra, na Austrália (1912); Ankara, na Turquia (1923); Chandigarh, na Índia (1947); Brasília, no Brasil (1957); Islamabad, no Paquistão (1959); e Abuja, na Nigéria (1974), exemplificam esse paradigma, mostram a sua distribuição no globo e apontam para a necessidade de mais estudos comparativos. Reflexões do Seminário Internacional TOPOS – Landscapes of Power, em 2022, levaram à criação de uma seção temática na Revista Paranoá, explorando temas como urbanismo, arquitetura, ecologia e engajamento social, vislumbrando novas perspectivas para o urbanismo contemporâneo e a equidade no planejamento urbano.

Biographies de l'auteur-e

Luciana Saboia Fonseca Cruz, Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Luciana Saboia é arquiteta e urbanista, professora associada da Universidade de Brasília. Pesquisadora visitante do Office for Urbanization na Harvard University Graduate School of Design, nos Estados Unidos (2017), e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2022). Desde 2019, é pesquisadora bolsista do CNPq. Suas pesquisas e atividades de ensino centram-se em questões de paisagem, modernismo e apropriação social na arquitectura. Suas publicações incluem os livros "Cidade pós-compacta: estratégias de projeto a partir de Brasília" (2021), e "Brasília 50+50: cidade, história e projeto (2014).
Carolina Pescatori Candido da Silva, Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Carolina é arquiteta e urbanista, professora da FAU-UnB. Possui doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-UnB e mestrado em Arquitetura Paisagista pela Pennsylvania State University/EUA. A sua investigação aborda a expansão urbana a partir de uma perspectiva histórica, reconhecendo precedentes importantes para este fenómeno no pensamento urbano e na prática profissional, e discutindo criticamente o papel do sector privado.
Leandro de Sousa Cruz, Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Professor do Departamento de Projeto, Expressão e Representação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. Doutor em Arquitetura e Urbanismo (2020) pela Universidade de Brasília, concluiu graduação (2008) e mestrado (2013) na mesma área pela Universidade Federal da Bahia. Realizou atividade de pós-doutorado na Université Catholique de Louvain em 2023, com bolsa do CNPq. Tem experiência em atividades de pesquisa e ensino (centrando-se em História, Teoria e Crítica de Arquitetura e Urbanismo) e colaboração na elaboração de projetos arquitetônicos e urbanísticos.
Maria do Carmo Lima de Bezerra, Universidade de Brasília; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará, possui mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade de Brasília e doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas pela Universidade de São Paulo. Realizou pesquisa de pós-doutorado na AAP, Cornell Univiersity, EUA (2009-2010) e no DUyOT da Universidade Politécnica de Madrid. Maria do Carmo é professora titular da Universidade de Brasília, atuando no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo desde 1996. Atualmente é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ e lidera o Grupo de Pesquisa em Gestão Ambiental Urbana. Como pesquisadora, tem trabalhado em Projetos de Regularização Fundiária Urbana, Planejamento Urbano e Regional, Infraestrutura Verde, Mobilidade, Drenagem Sustentável e Avaliação Ambiental, temas sobre os quais publicou diversos artigos em periódicos e organizou Congressos Nacionais e Internacionais.

Références

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