STREET ART, POETICS OF MOURNING AND POLITICAL MEMORY IN A SEMIOTIC LANDSCAPE IN SÃO PAULO, BRAZIL
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v25i2.55236Palavras-chave:
Marielle Franco Staircase, semiotic landscape, heterotopia, collective mourning, popular memoryResumo
A proposta deste estudo é refletir sobre o processo de produção de uma intervenção artístico-ativista em uma escada pública em São Paulo, em homenagem a Marielle Franco. A ação de sobre o espaço público é interpretada como a montagem de uma paisagem semiótica urbana que tem vinculação com movimentos sociais que reivindicam a resolução do crime e denunciam as políticas de morte direcionadas contra mulheres e populações periféricas e negras. Metodologicamente, a pesquisa empreendeu um trabalho empírico de visitas à escada e de formação de um corpus documental. Teoricamente, o texto trabalha com noções de paisagem (Jaworski; Thurlow, 2010; Zukin, 1991), monumento (García Canclini, 1995), heterotopia (Foucault, 1986) e montagem (Pignatari,1981). As análises exploram: a) a relação da paisagem com o ambiente em que se insere por parâmetros de indexicalidade de lugar; b) o processo de produção da paisagem em perspectivas diacrônicas e sincrônicas; c) a confluência de tempos como efeito comunicativo da intervenção urbana e d) as marcas das disputas na materialidade do monumento e nas performances ativistas.
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