MEDICINA MODERNA, PRÁTICAS DISCURSIVAS E SUBJETIVAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/les.v25i2.53589

Palavras-chave:

desempenho, psicopolítica, sofrimento, subjetivação, biopoder, narrativa

Resumo

A produção de discursos numa sociedade é historicamente controlada. Pautada no saber médico, a racionalidade científica continua atual para pensarmos na exclusão do sofrimento daqueles que adoecem. O presente artigo articula a complexidade entre poder, conhecimento e subjetividade na prática médica, a partir da produção do discurso institucionalizado da clínica. Pretende-se ainda jogar luz ao debate de como os conceitos de biopoder (Michel Foucault) e psicopolítica (Byung Chul-Han) nos ajudam a entender a atual crise de narrativa, diante do modelo neoliberal que marginaliza a experiência subjetiva em nome de uma pretensa liberdade individual do desempenho, culminando no adoecimento psíquico.

Palavras-chave: biopoder, desempenho, narrativa, psicopolítica, sofrimento, subjetivação.

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Biografia do Autor

  • Juliana Guerra, Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS)

    Juliana Guerra, jornalista, doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco, Docente da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). Atua na área de comunicação e saúde. Pesquisa processos de subjetivação na contemporaneidade. E-mail: juliana.guerra@fps.edu.br

               

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Publicado

2024-12-29

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Seção

Artigos

Como Citar

MEDICINA MODERNA, PRÁTICAS DISCURSIVAS E SUBJETIVAÇÃO. (2024). Cadernos De Linguagem E Sociedade, 25(2), 108-123. https://doi.org/10.26512/les.v25i2.53589