Apresentação
DOI:
https://doi.org/10.26512/interethnica.v21i3.21196Keywords:
editorialAbstract
Este número apresenta três resumos ampliados e dois artigos resultantes de projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito do Programa de Iniciação Científica (ProIC) da Universidade de Brasília (UnB). Esse programa institucional volta-se para o despertar da vocação científica e incentivo à participação de estudantes de graduação em projetos de pesquisa que possam prepará-los para a carreira acadêmica. Nessa trilha, a opção da Interethnic@ por dedicar o terceiro volume de cada ano à publicação de resumos de monografias, dissertações e teses busca reforçar a missão de contribuir com a divulgação de produção científica sobre temas correlatos à s relações étnico-raciais compreendidas em termos abrangentes.
Entre os autores destaca-se a participação de Braulina Aurora do povo Baniwa e Rayanne França do povo Baré, estudantes indígenas dos cursos de Ciências Sociais e de Enfermagem na UnB, respectivamente. Destaca-se que as pesquisas de ambas autoras receberam menção honrosa do ProIC, em 2017. Essas contribuições, na forma de resumo amplo, encaminham-se para o propósito da Interethnic@ de divulgar trabalhos que estimulem o diálogo intercultural. O trabalho de Braulina Aurora intitula-se “Estudantes indígenas: a invisibilidade nas instituições de ensino e nos dados estatísticos”, nele argumenta que é necessário escancarar as práticas de racismo institucional nas universidades que implementaram programas de ingresso diferenciado para os indígenas. No caso da UnB, após 10 anos desse programa ainda é preciso “garantir o reconhecimento dos direitos aos indígenas” incidindo efetivamente nos empecilhos institucionais que incidem na desistência escolar.
O resumo de Rayanne França intitula-se “Análise das repercussões do ambulatório de saúde indígena nos processos de formação acadêmica na UnB: olhares indígenas”. Nesse texto, a autora afirma que o engajamento dos estudantes indígenas nesse processo “permitiu entender melhor o sistema de saúde e refletir sobre a melhoria de seus serviços, a partir da diversidade de olhares e da compreensão das questões étnicas, culturais e sociais”. Segundo ela, a criação desse ambulatório de saúde indígena no Hospital Universitário de Brasília (HUB) sensibilizou sobre a importância da formação universitária de profissionais conhecedores da “importância da interculturalidade e da melhoria da qualidade de atenção à saúde dos povos indígenas”.
Victoria Oliveira e Gabriel Bizerril apresentam recortes analíticos de duas pesquisas voltadas para compreender a presença dos estudantes indígenas na UnB, na perspectiva desses agentes. Bizerril tratou da “Resistência e existência indígena no ensino superior: uma análise de eventos étnicos na UnB”. No artigo intitulado “AAIUnB e a Maloca: presença e espacialidade indígena no campus Darcy Ribeiro” Oliveira afirma que a “presença acadêmica, política e organizacional dos indígenas nessa universidade revela-se fundamental para evidenciar os desafios da institucionalização, nem sempre dinâmica, de políticas universitárias que garantam seu acesso e permanência”.
Wallace Coelho de Sousa, in memoriam (2018), contribuiu com o artigo titulado “Indígenas presos no Distrito Federal na perspectiva da antropologia da jurisprudência: desenho de pesquisa”. Trata-se de um desenho de pesquisa de cunho etnográfico voltado para o cotidiano das varas de execuções penais e estabelecimentos penais no Distrito Federal. Segundo o autor, essa abordagem permite visualizar as relações interétnicas em um quadro sociológico amplo demarcado por práticas jurídico-penais do Estado brasileiro.
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