Experiencias decoloniales: Graça Graúna, Mel Duarte, Gabz y Stephanie Borges
Palabras clave:
experiencias decoloniales; poesía contemporánea; indianidad; Slam de poesía; reexistenciaResumen
Novos espaços de fala são novos espaços de escuta. Essa possibilidade de diálogo, associada à reconfiguração dos lugares cristalizados de fala (colonizador) e de escuta (colonizado), atravessa as discussões acerca do empoderamento de grupos que foram subalternizados em seus processos de autoafirmação, de autovalorização, de autorreconhecimento e de extravasamento de demandas sociais sufocadas. Ao percebermos o cenário contemporâneo como espaço de disputa, é importante que nos atentemos a que vozes têm sido silenciadas ao longo do tempo e ao que podemos fazer, a como podemos atuar para que elas se tornem verdadeiramente vocais, e não apenas visuais, não mais tratadas como objeto de estudo daqueles que, ao longo da história, dominaram o debate cultural para tentar explicar o mundo de um ponto de vista europeu, ou pretensamente europeu. Nesse sentido, a poesia indígena de Graça Graúna, caracterizada por sua indianidade e pela metáfora do corte-vínculo, e o poetry slam de Mel Duarte, Gabz e Stephanie Borges, repletos de escrevivências, de ancestralidades e de corporeidades, marcam a insurreição de um corpo — individual e coletivo — que busca a palavra como instrumento de luta e de empoderamento no caminho da decolonialidade. Para tais análises estéticas, serão utilizados poemas presentes nos livros Tear da palavra (2007), Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta (2019), As 29 poetas hoje (2021) e no canal do YouTube do Slam Grito.
Referencias
BERGAMASCHI, Maria Aparecida (2014). Intelectuais Indígenas, Interculturalidade e Educação. Tellus, Campo Grande, v. 14, n. 26, p. 11-29. Disponível em: https://www.tellus.ucdb.br/tellus/article/view/297 Acesso em: 28 nov. 2022.
» https://www.tellus.ucdb.br/tellus/article/view/297
BERTH, Joice (2018). O que é empoderamento? Belo Horizonte: Letramento / Justificando.
BETONI, Camila (2014). O perspectivo ameríndio Disponível em: https://www.infoescola.com/autor/camila-betoni/3295/ Acesso em: 22 ago. 2022.
» https://www.infoescola.com/autor/camila-betoni/3295/
BORGES, Stephanie (2021). Poema. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). As 29 poetas hoje São Paulo: Companhia das Letras. p. 194-201.
CONCEIÇÃO, Evaristo (2019). Prefácio. In: DUARTE, Mel (org.). Poemas para serem lidos em voz alta Ilustrações de Lela Brandão. São Paulo: Planeta Brasil. p. 5.
DUARTE, Mel (2019). Se querem nos calar, vamos falar mais alto. In: DUARTE, Mel (org.). Poemas para serem lidos em voz alta Ilustrações de Lela Brandão. São Paulo: Planeta Brasil. p. 12.
FREITAS, Daniela Silva de (2018). Ensaios sobre o rap e o slam na São Paulo contemporânea Tese (Doutorado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade) – Programa de Pós-graduação em Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/34815/34815.PDF Acesso em: 10 dez. 2021.
» https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/34815/34815.PDF
GONZALEZ, Lélia (1988). A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 92, n. 93, p. 69-81. Disponível em: https://institutoodara.org.br/public/gonzalez-lelia-a-categoria-politico-cultural-de-amefricanidade-tempo-brasileiro-rio-de-janeiro-v-92-n-93-p-69-82-jan-jun-1988b-p-69-82/ Acesso em: 20 nov. 2022
GRAÚNA, Graça (2007). Tear da palavra Belo Horizonte: Mazza.
GRAÚNA, Graça (2013). Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil Belo Horizonte: Mazza.
HALL, Stuart (2003). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de (2021). As 29 poetas hoje São Paulo: Companhia das Letras.
LÉVY, Pierre (1999). Cibercultura São Paulo: 34.
LUGONES, María (2008). Colonialidade e gênero. Tabula Rasa, n. 9, p. 73-102. Disponível em: https://revistas.unicolmayor.edu.co/index.php/tabularasa/article/view/1501 Acesso em: 1º dez 2022.
» https://revistas.unicolmayor.edu.co/index.php/tabularasa/article/view/1501
MAIA, Bruna Soraia Ribeiro; MELO, Vico Denis Sousa de (2020). A colonialidade do poder e suas subjetividades. Teoria e Cultura, v. 15, n. 2, p. 231-242. https://doi.org/10.34019/2318-101X.2020.v15.30132
» https://doi.org/10.34019/2318-101X.2020.v15.30132
NUNES, Gabrielly (Gabz) (2017). Se pelo menos eu soubesse. Grito Filmes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kZhPvruoeFw Acesso em: 28 jan. 2022.
» https://www.youtube.com/watch?v=kZhPvruoeFw
QUIJANO, Aníbal (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales.
SANTIAGO, Silviano (1982). O entre-lugar do discurso latino-americano Rio de Janeiro: Rocco.
SANTOS, Ana Carolina Oliveira dos (2019). Meu cabelo não é duro, meu cabelo não é crespo. Portal Geledés Disponível em: https://www.geledes.org.br/meu-cabelo-nao-e-duro-meu-cabelo-nao-e-crespo/ Acesso em: 28 jan. 2022.
» https://www.geledes.org.br/meu-cabelo-nao-e-duro-meu-cabelo-nao-e-crespo/
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.) (2009). Epistemologias do Sul São Paulo: Cortez.
SOUZA, Ana Lúcia Silva (2009). Letramentos de Reexistência: culturas e identidades no movimento hip-hop. Tese (Doutorado) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty (2010). Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart, Marcos Pereira Feitosa Almeida e André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
STROMQUIST, Nelly P. (2002). Education as a means for empowering women. In: PARPART, J. L.; SHIRIN, Rai M.; STAUDT, Kathleen (org.). Rethinking Empowerment: gender and development in a global/local world. Londres: Routledge. p. 65.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.