Autoficción y experiência em O pai da menina morta, de Tiago Ferro

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40185710

Palabras clave:

experiencia del afuera, experiencia literaria, Tiago Ferro, autoficción

Resumen

Con base en los conceptos de “experiencia del afuera” de Maurice Blanchot y “experiencia interior” de Georges Bataille, analizo, en este artículo, el desplazamiento del sujeto hacia el exterior en la novela O pai da menina morta [El padre de la chica muerta], de Tiago Ferro. Aunque Blanchot rechaza el Yo que habla en la obra literaria y su discurso personal, propongo, todavía, como clave de lectura, la autoficción, que se concreta en el texto no como un recurso estilístico y crítico (como se percibe a menudo en la literatura contemporánea), sino como el desplazamiento del yo empírico del escritor hacia el otro, dando origen a un doble que ya no remite a un real precedente y tampoco constituye una copia, cuyo sentido sólo se concretiza con el lector y su experiencia personal que llena los espacios vacíos de la narrativa. Mí objetivo es, por lo tanto, demonstrar cómo las dos lecturas no son contradictorias, sino complementarias en la medida en que el centro de la narrativa está en el desplazamiento, después de la experiencia de pérdida vivida por el personaje anónimo y de su necesidad de encontrarse ante la ausencia. A partir de su propia experiencia, Ferro crea una novela lírica y fragmentada que, nacida de la muerte, busca lo que aún queda de vivo en ese sujeto que no es, ni puede ser, llamado Yo.

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Publicado

2019-07-09

Cómo citar

Autoficción y experiência em O pai da menina morta, de Tiago Ferro. (2019). Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, 57, 1-14. https://doi.org/10.1590/2316-40185710