Eliane Potiguara e Daniel Munduruku:
por uma cosmovisão ameríndia
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40185312Resumen
O objetivo deste artigo é analisar como a questão identitária se exprime na literatura indígena contemporânea, em especial em Metade cara metade máscara, de Eliane Potiguara, e Todas as coisas são pequenas, de Daniel Munduruku. Se o livro de Potiguara é um híbrido que mistura discurso mítico, poesia e testemunho pessoal, o de Munduruku se aproxima do modelo do romance barroco tal como analisado por Bakhtin. Através da abordagem desses dois livros, o artigo pretende demonstrar que os autores indígenas estão começando uma nova tradição literária no Brasil.
Referencias
ACHUGAR, Hugo (2006). Planetas sem boca. Escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Tradução de Lyslei Nascimento. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
BAKHTIN, Mikhaïl (2003). Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes.
GLISSANT, Edouard (1996). Introdução a uma poética da diversidade. Tradução de Enilce Albergaria Rocha. Juiz de Fora: Editora da UFJF.
GRAÚNA, Graça (2004). Identidade indígena: uma leitura das diferenças. In: POTIGUARA, Eliane. Metade cara metade máscara. São Paulo: Global. (Série Visões Indígenas).
MARIÁTEGUI, José Maria (1975). Sete ensaios de interpretação da realidade peruana. São Paulo: Alfa-Ômega.
MIGNOLO, Walter D. (2008) Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Tradução de Ângela Lopes Norte. Caderno de Letras, Niterói, n. 34, p. 287-324, 1º sem.
MONTAIGNE, Michel de (2000). Des cannibales. Paris: Fayard/Mille-et-une-Nuits.
MUNDURUKU, Daniel (2008). Todas as coisas são pequenas. São Paulo: Arx.
MUNDURUKU, Daniel (2004). Visões de ontem, hoje e amanhã: é hora de ler as palavras. Prefácio. In: POTIGUARA, Eliane. Metade cara, metade máscara. São Paulo: Global.
MUNDURUKU, Daniel (2009). Meu vô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória. São Paulo: Studio Nobel.
POTIGUARA, Eliane (2004). Metade cara, metade máscara. São Paulo: Global.
RIBEIRO, Darcy (2003). Maíra. Rio de Janeiro: Record, 2003.
ROBIN, Régine (2003). La mémoire saturée. Paris: Stock.
SANTIAGO, Silviano (2004). O cosmopolitismo do pobre. Crítica literária e crítica cultural. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
SANTIAGO, Silviano (2011). Destino: globalização. Atalho: nacionalismo. Recurso: cordialidade. In: REIS, Lívia, FIGUEIREDO, Eurídice. América Latina: integração e interlocução. Rio de Janeiro: 7Letras; Santiago (Chile): USACH.
SANTOS, Boaventura de Souza (2010). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: SANTOS, Boaventura de Souza, MENEZES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez. p. 31-83.
VELLOSO, Mônica. As tias baianas tomam conta do pedaço: espaço e identidade cultural no Rio de Janeiro. In: SÜSSEKIND, Flora; DIAS, Tânia; AZEVEDO, Carlito (Org.). Vozes femininas: gêneros, mediações e práticas de escrita. Rio de Janeiro: 7Letras; Casa Rui Barbosa. p. 92-117.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.