Carta branca:
embates entre a voz emergente e a escrita circunscrita
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40185311Resumen
Neste artigo é traçado um panorama geral de um movimento literário contemporaneamente observado no Brasil, comumente identificado como literatura indígena. Inicialmente, levantam-se alguns questionamentos referentes a essa literatura a partir da leitura antropológica de Gell e Danto acerca das idiossincrasias da obra de arte indígena e das questões concernentes a sua recepção no Ocidente. Referencia-se, ainda, a aplicabilidade das considerações sobre a literatura indígena norte-americana empreendidas nos anos 1980 por Roemer. Por fim, a partir da análise de corpus composto por 13 obras indígenas brasileiras, apresentam-se suas principais características e realiza-se o levantamento de uma série de reflexões, ora pautadas nas teorias pregressas dos autores mencionados e, portanto, abrangentes, ora exclusivamente pertinentes à questão nacional.
Referencias
BURKE, Peter; HSIA, RonniePo-chia (Org.) (2009). A tradução cultural nos primórdios da Europa moderna. Tradução de Roger Maioli dos Santos. São Paulo: Unesp.
CHADE, Jamil (2009). Relatório da ONU critica políticas indigenistas do Brasil. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 ago. On-line. Disponível em: <https://goo.gl/gWosSF>. Acesso em: 12 nov. 2016.
COMPAGNON, Antoine (1999). O demônio da teoria: literatura e o senso comum. Tradução de Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: UFMG.
CULLER, Jonathan (1999). Teoria literária: uma introdução. Tradução de Sandra G.T Vasconcelos. São Paulo: Becca.
EAGLEATON, Terry (2003). Teoria da literatura: uma introdução. 6. ed. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes.
ELOY, Luiz Henrique (2017). A Funai precisa de um desfibrilador. Mídia Ninja, 19 abr. On-line. Disponível em: <https://goo.gl/pRj9Ww>. Acesso em: 15 dez. 2017.
FIGUEROA, Celso Lara (1993) Algunos problemas teóricos de la literatura oral. Oralidad: anuario para el rescate de la tradición oral de América Latina y el Caribe, La Habana, n. 5. Disponível em: <https://goo.gl/qrDjfa>. Acesso em: 14 abr. 2017.
JECUPÉ, Kaka Werá (2002). Oré awé roiru’a ma: todas as vezes que dissemos adeus. São Paulo: Triom.
JECUPÉ, Kaka Werá (2016). O trovão e o vento: um caminho de evolução pelo xamanismo tupi-guarani. São Paulo: Polar.
JEKUPE, Olívio (2003). O Saci verdadeiro. 2. ed. Londrina: Eduel.
JEKUPE, Olívio; KEREXU, Maria (2011). A mulher que virou urutau: Kunha urutau reojepota. São Paulo: Panda Books.
LAGROU, Els (2009). Arte indígena do Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: C/Arte.
MINAPOTY, Lia (2015). Lua menina e menino onça. Belo Horizonte: RHJ.
MUNDURUKU, Daniel (2005). Contos indígenas brasileiros. 2. ed. São Paulo: Global.
MUNDURUKU, Daniel (2006). O banquete dos deuses: conversa sobre a origem e a cultura brasileira. 2. ed. São Paulo: Global.
MUNDURUKU, Daniel (2009). Meu vô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória. 3. ed. São Paulo: Studio Nobel.
MUNDURUKU, Daniel (2012a). O caráter educativo do movimento indígena brasileiro (1970 -1990). São Paulo: Paulinas.
MUNDURUKU, Daniel (2012 b). Coisas de índio. 2. ed. São Paulo: Callis.
ONG, Walter (1998). Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Tradução de Enid Abreu Dobránszky. Campinas: Papirus.
PÃRÕKUMU, UmusÄ©; KẼHÃRI, TõrãmÅ© (1995). Antes o mundo não existia. 2. ed. São João Batista do Rio Tiquié e São Gabriel da Cachoeira: Unirt/Foirn.
RISÉRIO, Antônio (1993). Textos e tribos: poéticas extraocidentais nos trópicos brasileiros. Rio de Janeiro: Imago.
ROEMER, Kenneth, M (1983). Native American oral narratives: context and continuity. In: SWANN, Brian (Ed.). Smoothing the ground: essays on native American oral literature. Londres: University of California Press.
ROSE, Jacqueline S (1998). The case of Peter Pan. In: JENKINS, Henry (Ed.). The children’s culture reader. Nova Iorque: NYPress.
SECIN, Viviam Kazue Andó Vianna (2016). A visão binocular dos Guarani Mbya: ortóptica, oralidade e letramento. Curitiba: Appris.
SOUZA, Lynn Mario T. Menezes (2003). Que história é essa? A escrita indígena no Brasil. In: SANTOS, Eloína Prati dos (Org.). Perspectivas da literatura ameríndia no Brasil, Estados Unidos e Canadá. Feira de Santana: UEFS, 2003, p. 125-137.
TICUNA (2008). O livro das árvores. 6. ed. São Paulo: Benjamin Constant.
VENUTTI, Lawrence (2002). Escândalos da tradução. Tradução de Laureano Pelegrin, Lucineia Villela, Marileide Esqueda e Valéria Biondo. Bauru: Edusc.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.