Entre literaturas - Os Oríkì e as Interpretações que nunca cessam
Palavras-chave:
teoria literária; semiologia; religiosidade afro-brasileira; oríkìResumo
No entre-espaço conceitual só é possível considerar o outro observando as organizações conotativas que persistem as hegemonias opressivas. Configurações que não buscam achar as leis ordenativas, mas os sentidos que são movidos por suas advinhas e segredos. Esboçar equações, notificando os tipos de pensamentos que essas perspectivas epistemológicas soam, é um dos objetivos aqui. Observar o pensamento vinculado aos atos de viver, pelo que se compreende que toda reflexão sobre o humano é engajada e “teorizável”. É nesse duelo elegante que as compreensões de Roger Bastide e as de Juana Elbein dos Santos se distinguem ao compor, por meio de interpretação, análises das composições literárias narrativas e poéticas. Esses dois interlocutores, de origens estrangeiras, estão mergulhados em pensamento influenciado por sistema simbólico, mais conhecido como candomblé. Nesse arqueamento conceitual pode-se verificar a definição do que sejam os oríkìs e os itãs. Bastide olha para o mito, Elbein considera o rito, no que a acompanharemos, olhando para a função que essas formas poéticas assumem em suas expressividades.
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