Entre literaturas - Os Oríkì e as Interpretações que nunca cessam

Autores

  • Waldelice Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em cooperação técnica com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil Autor https://orcid.org/0009-0000-9134-3794

Palavras-chave:

teoria literária; semiologia; religiosidade afro-brasileira; oríkì

Resumo

No entre-espaço conceitual só é possível considerar o outro observando as organizações conotativas que persistem as hegemonias opressivas. Configurações que não buscam achar as leis ordenativas, mas os sentidos que são movidos por suas advinhas e segredos. Esboçar equações, notificando os tipos de pensamentos que essas perspectivas epistemológicas soam, é um dos objetivos aqui. Observar o pensamento vinculado aos atos de viver, pelo que se compreende que toda reflexão sobre o humano é engajada e “teorizável”. É nesse duelo elegante que as compreensões de Roger Bastide e as de Juana Elbein dos Santos se distinguem ao compor, por meio de interpretação, análises das composições literárias narrativas e poéticas. Esses dois interlocutores, de origens estrangeiras, estão mergulhados em pensamento influenciado por sistema simbólico, mais conhecido como candomblé. Nesse arqueamento conceitual pode-se verificar a definição do que sejam os oríkìs e os itãs. Bastide olha para o mito, Elbein considera o rito, no que a acompanharemos, olhando para a função que essas formas poéticas assumem em suas expressividades.

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Publicado

09/10/2025

Como Citar

Entre literaturas - Os Oríkì e as Interpretações que nunca cessam. (2025). Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, 74. https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/estudos/article/view/60126