Voos de um livro-pássaro: construção estética em Fios do tempo: (quase haikais)
Palavras-chave:
autorias indígenas; Graça Graúna; livro cartonero; Fios do tempoResumo
As literaturas de autorias indígenas apresentam pluralidade de línguas, gêneros (poemas, contos, romances, entre outros), temáticas e, principalmente, de própria confecção do livro. Há uma frequente necessidade de sugerir diferentes sentidos na estética da obra, para além do texto escrito em si. Diante da relevância de se ampliar as perspectivas de estudos acerca dessas produções, busca-se analisar a construção do livro Fios do tempo: (quase haikais), 2021, da autora potiguara Graça Graúna, editado pela Baleia Cartonera, defendendo que a elaboração artesanal da obra e seus poemas em forma de haicai tecem uma construção estética singular. A pesquisa predominantemente qualitativa, de cunho bibliográfico, recorre ao pensamento de intelectuais indígenas (Graúna, 2013; Potiguara, 2020); e estudiosos sobre a produção do livro em forma cartonera (Santana, 2015; Noury, 2021). Assim, este artigo mostra que Fios do tempo: (quase haikais) convida leitores a mergulharem em uma perspectiva anti-antropocêntrica da vida, no contato com esse livro-objeto, ampliando as investigações sobre literaturas indígenas contemporâneas e editoras alternativas no Brasil.
Referências
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