A DINÂMICA ESPACIAL DO IMPERIALISMO NO SÉCULO XXI

Autores

  • Lucas Gama Lima Universidade Federal de Alagoas – UFAL Campus do Sertão, Delmiro Gouveia (AL), Brasil Rua Tavares Bastos, 142A, Campo Grande, Delmiro Gouveia

DOI:

https://doi.org/10.26512/2236-56562016e40104

Palavras-chave:

Escala, Imperialismo, Capital

Resumo

O presente artigo objetiva refl etir acerca das singularidades do imperialismo contemporâneo. O imperialismo recrudesceu sua capacidade expropriadora e perdulária, através da formação de um sistema imperialista em escala mundial, que entrecruza os interesses dos diversos capitais situados em distintas formações sociais. O alcance hegemônico do capital financeiro e a disseminação de sua face parasitária, o capital fi ctício, instou em escala mundial a interpenetração de propósitos entre as corporações sediadas em inúmeros países e os Estados. Nas novas condições em que se delineia o processo de acumulação do capital, verifica-se a (res) significação de sua escala de atuação. O capitalismo continua a depender da escala local para a valorização do capital, produção/realização de mais-valor por meio do trabalho explorado, porém, o processo de acumulação, descolou-se da escala local, forjando um processo de auferição de lucros (fictícios) que se consuma em escala mundial. Ou seja, a produção puramente abstrata de riqueza (res)significou a produção espacial, pois mesmo sendo imprescindível a subordinação do espaço absoluto – enquanto relativo – para a continuidade da produção de mais-valor, este espaço absoluto inscreve-se numa trama muito mais complexa que outrora, uma vez que seu destino está lançado em outra escala. O que se deseja afi rmar é que no imperialismo contemporâneo, os interesses traçados em escala mundial, mais que em qualquer outro momento, exerce uma prevalência sobre a reprodução espacial. A permanência dos investimentos de uma empresa situada em um determinado lugar está em função da capacidade de promoção de lucros e da continuidade do ciclo vicioso que remunera o capital portador de juros e sua derivação mais abstrata, o capital fi ctício, ambos, integrantes do capital fi nanceiro. Logo, o que rege a localização e deslocalização dessas empresas, portanto, é a capacidade de atender a este diverso e seleto grupo de usurpadores da riqueza social.

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Publicado

01/21/2022

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A DINÂMICA ESPACIAL DO IMPERIALISMO NO SÉCULO XXI. (2022). Revista Espaço E Geografia, 19(2), 461:489. https://doi.org/10.26512/2236-56562016e40104