URBS E CIVITAS EM BRASÍLIA: UM DIÁLOGO IMPOSSÍVEL?
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562002e39704Palavras-chave:
Distrito Federal, Brasília, modernidade, conflitos urbanosResumo
O projeto original de Brasília definia, de antemão, as direções espaciais tomadas posteriormente pela capital. O projeto, unitário ao ser concebido, visava a uma harmonia entre civitas e urbs. Mostrou-se sujeito a três escalas de conflito: entre centralidade e dispersão, entre moderno e tradicional e entre permanência e transformação, o que tornou necessário uma contínua reposição da ordem, para substituir a desordem espacial resultante dos conflitos. A geografia histórica mostra que dualidades não são exclusivas de Brasília nem do planejamento de cidades. Elas têm estado presentes no difícil percurso da modernidade. As dualidades que caracterizam o sistema hegemônico manifestam-se, ainda que de forma não direta, sobre processos urbanos. A compreensão de dualidades características do sistema pode contribuir para desvelar os tipos de conflito manifestos em Brasília.
Referências
CAPRA, F. (1987). O ponto de mutação; a ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, 452p.
CIDADE, L. C. F (2001a). Modernidade, visões de mundo, natureza e geografia no século dezenove. Espaço e Geografia, 4(1): 149-168.
CIDADE, L. C. F (2001b). Visões de mundo, visões da Natureza e a formação de paradigmas geográficos. Terra Livre, n. 17, 99-118.
CIDADE, L. C. F (1998). Planejamento das cidades: modelos tradicionais e tendências contemporâneas. Espaço e Geografia. 1(1): 25-45.
CIDADE, L. C. F (1987). Peripheral Fordism and regional wage differentials in Brazil. Ithaca, NY: Cornell University. Tese de doutorado. 309p.
CORRÊA, R. L. (1997). Trajetórias geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 304p.
DIAS, P. (2002). Passos perdidos: Um estudo sobre a prostituição feminina na cidade de Planaltina/DF. Dissertação de Mestrado, Programa de Mestrado em Geografia, Universidade de Brasília, Brasília. 150p.
GOMES, P. C. C. (1996). Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil:. 368p.
GOTTDIENER, M. (1997). A produção social do espaço urbano. São Paulo: Edusp. 312p.
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – GDF, Instituto de Planejamento Territorial e Urbano – IPDF. (1996). Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT; documento de referência; perfil do Distrito Federal – estudos setoriais; proposta do PDOT. Brasília. 241p.
HARVEY, D. (1998). Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 352p.
HAESBAERT, R. (2002). Territórios alternativos. São Paulo: Contexto, 188p.
HOLFORD, W. (1965). Impressões de Sir William Holford sobre o projeto Lúcio Costa para Brasília. In: Leituras de planejamento e urbanismo, Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Administração Municipal, p. 355-361.
ADORNO, T. W. & HORKHEIMER, M. (1985). Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução: Almeida, Guido de. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 254p.
LEFEBVRE, H. (1991). O direito à cidade. São Paulo: Editora Moraes. 146p.
OLIVEIRA, M. L. P. (1983). O mercado imobiliário urbano na periferia do Distrito Federal: Um estudo de caso – a Cidade Ocidental. Dissertação para o Mestrado, Curso de Pós-Graduação em Planejamento Urbano, Dau, UnB, Brasília.
PECHMAN, R. M. (1998). O urbano: invenção ou descoberta? Para pensar uma história urbana. In PADILHA, N. (org). Cidade e urbanismo. História, teorias e práticas. Salvador: FAUFBA.
PELUSO, M. L. (1998). O morar na constituição subjetiva do espaço urbano. As representações sociais da moradia na cidade-satélite de Samambaia/DF. Tese de Doutorado, Programa de Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.
PELUSO, M. L. (1997). O indivíduo como sujeito de territorialidades coletivas. In VII Encontro Nacional da ANPUR. In: Anais... Recife, vol. 2, p. 1090-1115.
RAGON, M. (1986). Histoire de l’architecture et de l’urbanisme modernes. De Brasilia au post-modernisme 1940-1991. Paris: Casterman, 402p.
RONCAYOLO, M. (1997). La ville et ses territoires. França: Gallimard, 280p.
SAHTOURIS, E. (1991). Gaia: do caos ao cosmos. São Paulo: Interação, 308p.
SANTOS, M. (1994). Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 124p.
SILVA, E. (1971). História de Brasília. Brasília: Coordenada.
SMITH, N. (1988). Desenvolvimento desigual. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 220p.
VILLAÇA, F. (1998). Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Nobel, 373p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.