INVENTÁRIO DAS ESPÉCIES VEGETAIS NA SERRA DA CANASTRA, PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA, MINAS GERAIS, BRASIL

Otacílio  Antunes Santana; Osmar Abílio de Carvalho Júnior; Roberto Arnaldo  Trancoso Gomes; Antônio Felipe  Couto Júnior; Vinícius  Vasconcelos de Souza; Sandro  Nunes de Oliveira; Leonardo  Figueiredo de Freitas; Renato  Fontes Guimarães; Éder  de Souza Martins

doi:10.26512/2236-56562011e39886

Autores/as

Otacílio Antunes Santana 1Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biofísica e Radiobiologia
Osmar Abílio de Carvalho Júnior Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, Laboratório de Sistemas de Informações Espaciais
Roberto Arnaldo Trancoso Gomes Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, Laboratório de Sistemas de Informações Espaciais
Antônio Felipe Couto Júnior Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, Laboratório de Sistemas de Informações Espaciais
Vinícius Vasconcelos de Souza Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, Laboratório de Sistemas de Informações Espaciais
Sandro Nunes de Oliveira Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, Laboratório de Sistemas de Informações Espaciais
Leonardo Figueiredo de Freitas Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, Laboratório de Sistemas de Informações Espaciais
Renato Fontes Guimarães Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, Laboratório de Sistemas de Informações Espaciais
Éder de Souza Martins EMBRAPA Cerrados

DOI:

https://doi.org/10.26512/2236-56562011e39886

Palabras clave:

florística, fitossociologia, Cerrado

Resumen

O Bioma Cerrado está dentro das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade do planeta, devido a alta diversidade florística existente entre as savanas mundiais, e pela ameaça de devastação pela mudança do uso da terra. O levantamento das espécies arbóreas, arbustivas, gramíneas, ervas e trepadeiras foi realizado na Serra da Canastra, no Parque Nacional da Serra Canastra (MG), em pontos de amostragem de 2 em 2 Km. As espécies vegetais amostradas somaram-se em 269, sendo 84 espécies arbóreas, 66 arbustivas, 45 ervas, 70 gramíneas e quatro trepadeiras, distribuídas em 43 famílias botânicas. As espécies que tiveram maior densidade por hectares, segundo sua forma de vida foram: A) Cariniana legalis (Mart.) Kuntze., arbórea; B) Dasiphyllum brasiliense (Spreng.) Cabrera, trepadeira; C) Clibadium armanii (Balbis) Sch. Bip. ex Baker, arbustiva; D) Ichnanthus pallens (Sw.) Munro ex Benth., gramínea; e E) Thelypteris patens (Sw.) Small, erva.

Referencias

ANDRADE, L. A. Z., FELFILI, J. M. & VIOLATTI, L. (2002). Fitossociologia de uma área de cerrado denso na RECOR-IBGE, Brasília-DF. Acta Bot. Bras., 16(2): 225-240.

BALDUINO, A. P. C., SOUZA, A. L., MEIRA NETO, J. A. A., SILVA, A. F. & SILVA JÚNIOR, M. C. (2005). Fitossociologia e análise comparativa da composição florística do cerrado da flora de Paraopeba-MG. Rev. Árvore, 29(1): 25-34.

BATALHA, M. A., MANTOVANI, W. & MESQUITA JÚNIOR, H. N. (2001). Vegetation structure in cerrado physiognomies in South-eastern Brazil. Braz. J. Biol., 61(3): 475-483.

BORGES, H. B. N. & SHEPHERD, G. J. (2005). Flora e estrutura do estrato lenhoso numa comunidade de Cerrado em Santo Antônio do Leverger, MT, Brasil. Rev. Bras. Bot. 28(1), 61-74.

BRASIL. (2005). Plano de Manejo do Parque Nacional da Serra da Canastra. São Roque de Minas: MMA/IBAMA, 2005. 828p.

CARVALHO, A. R. & MARQUES-ALVES, S. (2008). Diversidade e índice sucessional de uma vegetação de cerrado sensu stricto na Universidade Estadual de Goiás-UEG, campus de Anápolis. Rev. Árvore, 32(1): 81-90.

COSTA, I. R. & ARAÚJO, F. S. (2007). Organização comunitária de um encrave de cerrado sensu stricto no bioma Caatinga, chapada do Araripe, Barbalha, Ceará. Acta Bot. Bras., 21(2): 281-291.

COSTA, A. A. & ARAÚJO, G. M. (2001). Comparação da vegetação arbórea de cerradão e de cerrado na Reserva do Panga, Uberlândia, Minas Gerais. Acta Bot. Bras., 15(1): 63-72.

DURIGAN, G., NISHIKAWA, D. L. L., ROCHA, E., SILVEIRA, É. R., PULITANO, F. M., REGALADO, L. B., CARVALHAES, M. A., PARANAGUÁ, P. A. & RANIERI, V. E. L. (2002). Caracterização de dois estratos da vegetação em uma área de cerrado no município de Brotas, SP, Brasil. Acta Bot. Bras., 16(3): 251-262.

FARIAS, R. R. S. & CASTRO, A. A. J. F. (2004). Fitossociologia de trechos da vegetação do Complexo de Campo Maior, Campo Maior, PI, Brasil. Acta Bot. Bras., 18(4): 949- 963.

FELFILI, J., NASCIMENTO, A. R. T., FAGG, C. W. & MEIRELLES, E. M. (2007). Floristic composition and community structure of a seasonally deciduous forest on limestone outcrops in Central Brazil. Rev. Bras. Bot., 30(4): 611-621.

FELFILI, J. M., NOGUEIRA, P. E., SILVA JÚNIOR, M. C., MARIMON, B. S. & DELITTI, W. B. C. (2002). Composição florística e fitossociologia do cerrado sentido restrito no município de Água Boa - MT. Acta Bot. Bras., 16(1): 103-112.

FELFILI, J. M., SILVA JÚNIOR, M. C., SEVILHA, A. C., FAGG, C. W., WALTER, B. M. T., NOGUEIRA, P. E. & REZENDE, A. V. (2004). Diversity, floristic and structural patterns of cerrado vegetation in Central Brazil. Plant Ecology, 175(1): 37-46.

FIDELIS, A. T. & GODOY, S. A. P. (2003). Estrutura de um cerrado strico sensu na Gleba Cerrado Pé-de-Gigante, Santa Rita do Passa Quatro, SP. Acta Bot. Bras., 17(4): 531- 539.

FIEDLER, N. C., AZEVEDO, I. N. C., REZENDE, A. V, MEDEIROS, M. B. & VENTUROILI, F. (2004). Efeito de incêndios florestais na estrutura e composição florística de uma área de cerrado sensu stricto na fazenda Água Limpa-DF. Rev. Árvore, 28(1): 129- 138.

FONSECA, M. S. & SILVA JÚNIOR, M. C. (2004). Fitossociologia e similaridade florística entre trechos de Cerrado sentido restrito em interflúvio e em vale no Jardim Botânico de Brasília, DF. Acta Bot. Bras., 18(1): 19-29.

GUILHERME, F. A. G. & NAKAJIMA, J. N. (2007). Estrutura da vegetação arbórea de um remanescente ecotonal urbano floresta-savana no Parque do Sabiá, em Uberlândia, MG. Rev. Árvore, 31(2): 329-338.

KLINK, C. A., MACHADO, R. B. (2005). Conservation of the Brazilian Cerrado. Conservation Biology, 19(3): 707-713.

LIBANO, A. M. & FELFILI, J. M. (2006). Mudanças temporais na composição florística e na diversidade de um cerrado sensu stricto do Brasil Central em um período de 18 anos (1985-2003). Acta Botanica Brasilica, 20: 927-936.

MARIMON JUNIOR, B. H. & HARIDASAN, M. (2005). Comparação da vegetação arbórea e características edáficas de um cerradão e um cerrado sensu stricto em áreas adjacentes sobre solo distrófico no leste de Mato Grosso, Brasil. Acta Bot. Bras., 19(4): 913-926.

MEDEIROS, M. B., WALTER, B. M. T. & SILVA, G. P. (2008). Fitossociologia do cerrado stricto sensu no município Carolina, MA, Brasil. Cerne, 14(4): 285-294.

MIRANDA, I. S. ALMEIDA, S. S. & DANTAS, P. J. (2006). Florística e estrutura de comunidades arbóreas em cerrados de Rondônia, Brasil. Acta Amaz., 36(4): 419-430.

MYERS, N., MITTERMEIER, R. A., MITTERMEIER, C. G., FONSECA, G. A. B. & KENT, J. (2000). Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, 403:853-858.

NERI, A. V., MEIRA NETO, J. A. A., SILVA, A. F., MARTINS, S. V. & BATISTA, M. L. (2007). Análise da estrutura de uma comunidade lenhosa em área de cerrado sensu stricto no município de Senador Modestino Gonçalves, Norte de Minas Gerais, Brasil. Rev. Árvore, 31(1): 123-134.

RATTER, J. A. & DARGIE, T. C. D. (1992). An analysis of the floristic composition of 26 cerrado areas in Brazil. Edinburgh Journal of Botany, 49: 235–250.

SAINT-HILAIRE, A. (1840). Leçons de botanique comprenant principalement la morphologia végétale..., Paris, J-P Loss, Disponível em: <http://delicious.com/ nimuendaju/saint-hilaire>. (último acesso em 21/08/2008).

SANTANA, O. A. & IMAÑA-ENCINAS, J. (2008). Levantamento das espécies exóticas arbóreas e seu impacto nas espécies nativas em áreas adjacentes a depósitos de resíduos domiciliares. Revista Biotemas, 21(4): 29-38.

SAPORETTI JR, A. W., MEIRA NETO, J. A. A. & ALMADO, R. P. (2003). Fitossociologia de cerrado sensu stricto no município de Abaeté-MG. Rev. Árvore, 27(3): 413-419.

SCHEINER, S. M. (2003). Six types of species-area curves. Global Ecology and Biogeography, 12:441-447.

SILVA, L. O.;. COSTA, D. A.; SANTO FILHO, K. E.; FERREIRA, H. D.; BRANDÃO, D. (2002). Levantamento florístico e fitossociológico em duas áreas de cerrado sensu stricto no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, Goiás. Acta Bot. Bras., 16(1): 43-53.

SOUZA, P. B.; ALVES, J. A.; SILVA, A. F. & SOUZA, A. L. (2008). Composição florística da vegetação arbórea de um remanescente de cerração, Paraopeba, MG. Rev. Árvore, 32(4): 781-790.

STATSOFT. (2008). Statistic für Windows 8,0. CD ROM. Tulsa, StatSoft Inc. 526p.

TEIXEIRA, M. I. J. G.; ARAUJO, A. R. B.; VALERI, S. V. & RODRIGUES, R. R. (2004). Florística e fitossociologia de área de cerrado S.S. no município de Patrocínio Paulista, nordeste do Estado de São Paulo. Bragantia, 63(1): 1-11.

WALTER, B. M. T. & GUARINO, E. S. G. (2006). Comparação do método de parcelas com o “levantamento rápido” para amostragem da vegetação arbórea do Cerrado sentido restrito. Acta Bot. Bras., 20(2): 285-297.