Ecolinguística: um enquadramento conceitual

Autores/as

  • Jørgen Christian Bang Universidade de Odense
  • Jørgen Døør Universidade de Odense

Palabras clave:

Ecolinguística, contradições nucleares, matriz semântica, modelo dialógico, referência.

Resumen

A linguística e a linguística aplicada têm tentado se apresentar como neutras, tentando imitar as ciências naturais. A linguagem e a linguística são avaliadas como parte da atividade social, constituídas por e constituindo a práxis social, como parte de um processo significativo que se baseia em valores. A práxis social é constituída por várias contradições nucleares, como cultura-naturezaprivado-público, cidade-campo. A ecolinguística é a parte da linguística aplicada crítica que focaliza as maneiras pelas quais a linguagem e a linguística são envolvidas na crise ecológica. Ela é uma teoria crítica de linguagem e é tanto partidária quanto objetiva. Esse modelo dialético de linguagem inclui também uma matriz semântica, que explicita os diversos tipos de significado. Ele inclui ainda o modelo dialógico que, na verdade, não é 'duológico' como os modelos tradicionais, mas inclui um terceiro participante, vale dizer, ele compreende sujeito 1 (S1), sujeito 2 (S2) e sujeito 3 (S3). Tudo deve ser encarado da perspectiva das dimensões bio-lógica, sócio-lógica e ideo-lógica. A referência compreende as dimensões lexical, anafórica e dêitica. A nossa teoria ecológica e dialética de linguagem e de linguística é uma crítica tanto da cultura que produz a crise ecológica quanto das suas teorias tradicionais de linguagem. O artigo termina com a análise de dois textos legais sobre a produção orgânica.

 

Biografía del autor/a

  • Jørgen Christian Bang, Universidade de Odense

    Jørgen Christian Bang desde 1974 é professor de linguística escandinava na Universidade de Odense, Dinamarca. Tem publicações nas áreas de linguística geral, semântica e linguagem infantil. Desde 1971 tem colaborado com Jørgen Døør no desenvolvimento de uma teoria dialética da linguagem (linguística dialética) e ecolinguística. Organizou vários simpósios nos encontros da AILA sobre "gênero e língua" e "ecologia da língua". Além de diversos artigos, é coautor do livro Language, ecology and society (2007) com Jørgen Døør. 

  • Jørgen Døør, Universidade de Odense

    Jørgen Døør foi professor de filosofia na Universidade de Odense, Dinamarca,  desde 1966. Suas áreas de interesse incluem filosofia, história da filosofia, filosofia da linguagem e linguagem e ecologia. Tem participado dos simpósios sobre "gênero e língua" e "ecologia da língua" da AILA, juntamente com Jørgen Christian Bang, além dos encontros de ecolinguística realizados na Europa. É coautor do livro Language, ecology and society (2007).

Referencias

CHOMSKY, N. Aspects of the theory of syntax. Cambridge: M.I.T. Press, 1965.

CRYSTAL, D. A dictionary of linguistics and phonetics. Londres: Blackwell, 1985, 2a. ed.

HALLIDAY, M. A. K. New ways of meaning ”“ a challenge to applied linguistics. In: PÜTZ, M. (org.). Thirty years of linguistic evolution. Philadelphia.

HURFORD, J. R.; HEASLEY, B. Semantics: A coursebook. Cambridge: Cambridge University Press, 1983, p. 63.

LYONS, John. Semantics. Cambridge: Cambridge University Press, 1977.

Publicado

2015-10-11

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

Ecolinguística: um enquadramento conceitual. (2015). Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 1(2), 84-103. https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/erbel/article/view/10067