“Vai pensandinho aí”: por que usar o gerúndio no diminutivo?

Resumo

Este trabalho analisa a construção gerúndio+diminutivo, em casos como Está chovendinho, comuns na região de Curitiba. A intenção é verificar suas características semântico-pragmáticas, propondo uma aproximação com a implicatura convencional. Para isso, analisamos algumas propriedades do gerúndio e do diminutivo, levantando a hipótese de que essa combinação oferece pistas para o entendimento do caso em questão. Nossos dados revelam uma restrição semântica dos casos de gerúndio+diminutivo em contextos sem atividades; uma ocorrência dessa construção em diferentes perífrases; e uma impossibilidade de associá-la à implicatura convencional, ao contrário do que imaginávamos. Concluímos, assim, que, apesar no avanço na caracterização do fato, ainda é necessária uma maior investigação sobre a contribuição semântico-pragmática dela em português.