Sátira, ironia, alegoria?
Um problema n’ “As academias de Sião”, de Machado de Assis
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i68.57697Palabras clave:
As academias de Sião, crítica literária dialética, sátira, ironia, alegoriaResumen
A sátira na obra de Machado de Assis – estudada como eixo central e motor da composição e não como um gênero literário – suscita questões que, a cada narrativa do autor, sugerem novos impasses estético-históricos. No conto “As academias de Sião”, uma pequena obra-prima, o modo satírico dá forma sensível a uma complexa rede de problemas ao reduzi-los artisticamente ao nível popular da charada, da adivinhação. Neste artigo, tento desembaraçar essa rede, puxando apenas um, dentre os vários fios que a compõem: os dilemas da crítica literária dialética entre sátira, ironia e alegoria frente à obra machadiana.
Referencias
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. A nova geração. In: LEITE, Aluízio, CECÍLIO, Ana Lima, JAHN, Heloisa, LACERDA, Rodrigo (org.). Machado de Assis: obra completa em quatro volumes. V. 3. São Paulo: Nova Aguilar, 2015a, p. 1230-1254.
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. As academias de Sião. In: GLEDSON, John (org.). 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 303-310.
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Instinto de nacionalidade. Notícia atual da literatura brasileira. In: LEITE, Aluízio, CECÍLIO, Ana Lima, JAHN, Heloisa, LACERDA, Rodrigo (org.). Machado de Assis: obra completa em quatro volumes. V. 3. São Paulo: Nova Aguilar, 2015b, p. 1177-1183.
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Literatura realista. O primo Basílio, romance do sr. Eça de Queirós, Porto, 1878. In: LEITE, Aluízio, CECÍLIO, Ana Lima, JAHN, Heloisa, LACERDA, Rodrigo (org.). Machado de Assis: obra completa em quatro volumes. V. 3. São Paulo: Nova Aguilar, 2015c, p. 1206-1215.
CANDIDO, Antonio. Crítica e sociologia. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2010, p. 13-26.
CANDIDO, Antonio. Dialética da malandragem. In: O discurso e a cidade. São Paulo; Rio de janeiro: Duas Cidades; Ouro sobre Azul, 2004, p. 17-46.
CANDIDO, Antonio. O método crítico de Sílvio Romero. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
CORDEIRO, Rogério. Quincas Borba: romance da modernização tardia. Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2022.
GUERRA, Vitor de Oliveira. Ironia e sátira na figuração do progresso na periferia do capitalismo: Eça de Queirós e Machado de Assis. 2024. 155p. Dissertação (Mestrado em Literatura e práticas sociais). Programa de Pós-Graduação em Literatura, Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
KAFKA, Franz. Um relatório para uma academia. In: KAFKA, Franz. Um médico rural. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 44-52.
LUKÁCS, György. A questão da sátira. In: LUKÁCS, György. Arte e sociedade: escritos estéticos 1932-1967. Trad. Carlos Nelson Coutinho e José Paulo Netto. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2011, p.163-191.
MARX, Karl. Escritos ficcionais: Escorpião e Félix; Oulanem. Trad. Claudio Cardinali, Flávio Aguiar, Tercio Redondo. São Paulo: Boitempo, 2018.
SCHWARZ, Roberto. Pressupostos, salvo engano, de “Dialética da malandragem”. In: Que horas são?: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p.129-155.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Cerrados

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Proibida a reprodução parcial ou integral desta obra, por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem permissão expressa do editor (Lei n. 9.610 de 19/2/1998 )
