Representações da modernização capitalista no modernismo brasileiro

o surrealismo crítico de Tarsila do Amaral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i68.57696

Palavras-chave:

Tarsila do Amaral, Surrealismo, Modernismo

Resumo

Objetivamos com esse trabalho analisar um aspecto particular do modo de representação da considerada como a terceira fase da pintura de Tarsila do Amaral, chamada de antropofágica, que é marcada por um uso maior da abstração e da montagem surrealista. Tais técnicas comumente são atreladas à representação do mundo do sonho e da interioridade do sujeito (o que não deixa de ser verdade), mas buscaremos discutir a partir de Adorno e de Benjamin como tais procedimentos e seu objeto de representação (o humano) também comunicam algo do mundo concreto em transformação, que conforma esses mesmos sujeitos: os representados e também o artista.

Biografia do Autor

  • Henrique Barros Ferreira, UFMG

    Bacharel em Letras, na habilitação Português - ênfase em Estudos Literários (2015/UFMG). Mestre em Literatura Brasileira (2018/UFMG). Doutorando em Literatura Brasileira (UFMG). Atualmente pesquisa as produções da década de 1920 de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral sob a perspectiva da crítica literária dialética.

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Publicado

30-08-2025

Edição

Seção

O realismo e sua atualidade: 25 anos de crítica literária dialética na UnB

Como Citar

Representações da modernização capitalista no modernismo brasileiro: o surrealismo crítico de Tarsila do Amaral. (2025). Revista Cerrados, 34(68). https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i68.57696

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