Representações da modernização capitalista no modernismo brasileiro
o surrealismo crítico de Tarsila do Amaral
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i68.57696Palavras-chave:
Tarsila do Amaral, Surrealismo, ModernismoResumo
Objetivamos com esse trabalho analisar um aspecto particular do modo de representação da considerada como a terceira fase da pintura de Tarsila do Amaral, chamada de antropofágica, que é marcada por um uso maior da abstração e da montagem surrealista. Tais técnicas comumente são atreladas à representação do mundo do sonho e da interioridade do sujeito (o que não deixa de ser verdade), mas buscaremos discutir a partir de Adorno e de Benjamin como tais procedimentos e seu objeto de representação (o humano) também comunicam algo do mundo concreto em transformação, que conforma esses mesmos sujeitos: os representados e também o artista.
Referências
ADORNO, Theodor. “Revendo o Surrealismo”. In: ADORNO, Theodor. Notas de literatura I. Trad. de Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2012.
ALBERA, François. Eisenstein e o construtivismo russo - A dramaturgia da forma em “Stuttgart”. Trad. de Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
AMARAL, Aracy A. Tarsila: sua obra e seu tempo. São Paulo: Editora 34; Edusp, 2010
BATISTA, Marta Rossetti. “O meio artístico”. In: BATISTA, Marta Rossetti. Os artistas brasileiros na Escola de Paris: anos 1920. São Paulo: Editora 34, 2012.
BAUDELAIRE, Charles. “O pintor da vida moderna”. In: BARROSO, Ivo (Org.). Charles Baudelaire, Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte reprodutibilidade”. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BENJAMIN, Walter. “O Surrealismo. O último instantâneo da inteligência europeia”. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BRETON, André. “Manifesto do Surrealismo”. In: TELES, Gilberto Mendonça (Org.). Vanguarda europeia e modernismo brasileiro; apresentação dos principais poemas metalinguísticos, manifestos, prefácios e conferências vanguardistas, de 1857 a 1972. Petrópolis: Vozes, 2009.
BÜRGER, Peter. “Sobre o problema da autonomia da arte na sociedade burguesa”. In: BÜRGER, Peter. Teoria da vanguarda. Trad. de José Pedro Antunes. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
CATTANI, Icleia Borsa. “Rupturas e continuidades modernas: o desenvolvimento da primeira modernidade (1921 a 1930). In: CATTANI, Icleia Borsa. Arte moderna no Brasil: constituição e desenvolvimento nas artes visuais 1900-1950. Belo Horizonte: C/Arte, 2011.
FERRO, Sérgio. Artes plásticas e trabalho livre: de Dürer a Velásquez. São Paulo: Editora 34, 2015.
JUSTINO, Maria José. “O banquete canibal: antropofagia”. In: JUSTINO, Maria José. O banquete canibal: a modernidade em Tarsila do Amaral. Curitiba: Editora UFPR, 2002
KOFLER, Leo. História e Dialética: estudos sobre a metodologia da dialética marxista. Trad. de José Paulo Netto. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2010.
SCHAPIRO, Meyer. A unidade da arte de Picasso. Trad. de Ana Luíza Dantas Borges. São Paulo: Cosac Naify, 2002
SOUZA, Gilda de Mello e. “Vanguarda e nacionalismo na década de 20”. In: SOUZA, Gilda de Mello e. Exercícios de Leitura. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2009.
ZÍLIO, Carlos. “A questão política no modernismo”. In: FABRIS, Annateresa (Org.). Modernidade e modernismo no Brasil. Porto Alegre: Zouk, 2010.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Cerrados

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Proibida a reprodução parcial ou integral desta obra, por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem permissão expressa do editor (Lei n. 9.610 de 19/2/1998 )
