Questão Social e Assistência na formação do Brasil: o papel da polícia.
DOI:
https://doi.org/10.26512/sersocial.v24i50.38763Palavras-chave:
Questão social. Assistência social. Polícia e forma- ção do Brasil.Resumo
O presente artigo é resultado das pesquisas documentais realizadas para obtenção do grau de Doutor em Serviço Social. Ficou evidenciado na documentação analisada que a assistência social deve ser considerada uma “política” de Estado, voltada para o enfrentamen- to da pobreza urbana e ordenamento do mundo do trabalho, já na se- gunda metade do século XIX e, que as instituições policiais aparecem como um dos executores e idealizadores destas práticas. Nosso estudo permite afirmar que a assistência social foi um importante fator na consolidação do Estado-nação e na “civilização” da cidade do Rio de Janeiro. Identificamos as lógicas presentes nas práticas sociais e sabe- res construído pela polícia que influenciaram na formulação de leis, na administração pública, e na gestão de instituições assistenciais para o enfrentamento da pobreza urbana. Demonstraremos como a assistên- cia social é historicamente um mecanismo legitimador do Estado e uma expressão da questão social na formação do Brasil.
Referências
ABREU, Laurinda de. Um Sistema Antigo num Regime Novo.
Permanências e Mudanças nas Políticas de Assistência e Saúde.
O Caso do Alentejo. In: O Alentejo entre o Antigo Regime e a
Regeneração. Mudanças e permanências. Teresa Fonseca, Jorge
Fonseca (Ed.) Edições Colibri. CIDEHUS/Universidade de Évora.
Lisboa, 2011.
ABREU, Laurinda de. Limites e fronteiras das políticas assistenciais
entre os séculos XVI e XVIII continuidades e alteridades. Varia
História, Belo Horizonte, vol. 26, no 44: p.347-371, jul/dez 2010.
ABREU, Laurinda de. Outra visão do purgatório. In Revista
Portuguesa de História. Tomo XXXIII. Portugal e Brasil rotas de
culturas. Volume II. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Instituto de História e Comunicação Social. Coimbra .1999.
BRANDÃO. B. C.; MATTOS, I. R.; CARVALHO, M. A. R. Estudos
das características histórico-sociais das instituições policiais
brasileiras, militares e paramilitares, de suas origens até 1930. A
polícia e força policial no Rio de Janeiro. Série Estudos - Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1981
BRAUDEL, F. Escritos sobre a história. 2.ed. São Paulo: Perspectiva.
CARVALHO, J. M. de. A Formação das Almas. O Imaginário da
República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
FOUCAULT, M. Segurança, Território, População. Curso dado no
Collège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GONÇALVES. G. R. Modernização policial: as múltiplas dimensões
de um objecto historiográfico. CIES e-Working Paper N.o 116/2011
Lisboa, Portugal. Centro de Investigação e Estudos de Sociologia.
Instituo Universitário de Lisboa. 2011.
GONÇALVES. G. R. A construção de uma polícia urbana
(Lisboa, 1890 – 1940) institucionalização, organização e práticas.
Dissertação de mestrado em Sociologia. Instituto Superior de Ciências
do Trabalho e da Empresa. Departamento de Sociologia. Lisboa, julho
de 2007.
HARRING, Sidney. Policing a Class Society: the experience
of american cities (1865-1915). New Brunswick, N. J., Rutgers
University Press, 1983.
LANE, R. Polícia urbana e crime na América do século XIX. In
TONRY, Michael & MORRIS, Norval (orgs) Policiamento Moderno.
São Paulo, Edusp, 2003, p. 47.
MONKKONEN, E. H. História da Polícia Urbana, in TONRY,
Michael; MORRIS, Norval (Orgs.). Policiamento Moderno. Edusp,
São Paulo, 2003.
MONKKONEN, E. H. Police in urban America, 1860-1920.
Cambridge: Cambridge University Press, 1981.
NEDER, G. Cidade, Identidade e Exclusão Social. Tempo, Rio de
Janeiro, Vol. 2, n° 3, 1997, pp. 106-134.
QUIROGA. A. M. A construção da Assistência Social no Rio
de Janeiro: cenários da 1a República. In: Em Debate, no 08.
Departamento de Serviço Social, PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2009.
RANGEL R. F. Assistência no Rio de Janeiro: elite filantropia e
poder na Primeira República. Tese de Doutorado. Programa de Pós-
Graduação em Serviço Social. PUC-Rio. Rio de Janeiro, 2013.
SANGLARD, G. Assistência entre o liberalismo e o bem-estar
social. Anais do XIII Encontro de História. ANPUH, 2008.
SANGLARD, G. Filantropia e assistencialismo no Brasil. Hist.
cienc. saude-Manguinhos [on-line]. 2003, vol.10, n.3.
SANTOS, Marco Antonio Cabral dos. A polícia e a organização dos
trabalhadores urbanos em São Paulo (1890- 1920). Texto integrante
dos Anais do XVIII Encontro Regional de História – O historiador e
seu tempo. ANPUH/SP – UNESP/Assis, 24 a 28 de julho de 2006.
SANTOS, W. G. dos. Cidadania e Justiça: a política social na
ordem brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1979.
SOUZA, A. R. M. de. O papel do Estado na construção da
Assistência Social através da ação da polícia do Rio de janeiro:
-1930. (Tese) Programa de Pós-graduação em Serviço Social,
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-RIO, Rio
de Janeiro, 2015.
SOUZA, A. R. M. de. Da Desumanização e da Norma: A construção
social das noções de vadio e vagabundo em meio as atribulações da
fabricação do Estado-Nação no Brasil (1870-1900). (Dissertação)
Programa de Pós-graduação em Serviço Social, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro - PUC-RIO, Rio de Janeiro, 2010.
THOMPSON, E. P. A miséria da teoria ou um planetário de erros.
Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
VIANNA, A. de R. B. O mal que se adivinha: Polícia e Menoridade
no Rio de Janeiro 1910-1920. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional,
WERNECK DA SILVA, J. L. A polícia no Município da Corte: 1831-
In Estudos das características histórico-sociais das instituições
policiais brasileiras, militares e paramilitares, de suas origens até
A Polícia na Corte e no Distrito Federal 1831-1930. NEDER,
Gizlene; NARO, Nancy e WERNECK DA SILVA, J. L. Série Estudos
- Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 SER Social

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma https://creativecommons.
Copyright: Os autores serão responsáveis por obter o copyright do material incluído no artigo, quando necessário.
Excepcionalmente serão aceitos trabalhos já publicados (seja em versão impressa, seja virtual), desde que devidamente acompanhados da autorização escrita e assinada pelo autor e pelo Editor Chefe do veículo no qual o trabalho tenha sido originalmente publicado.